Reportagem do The Guardian, traduzida por Tania Pacheco
Quem se descarta de aparelhos eletrônicos espera que eles sejam reciclados apropriadamente. Mas quase todos eles contêm materiais químicos tóxicos que tornariam sua reciclagem bastante cara. Por isso, o descarte ilegal tornou-se um negócio lucrativo.
O fotógrafo Kevin McElvaney documentou o que acontece em Agbogbloshie, um antigo pântano em Accra, Gana, que foi transformado no maior depósito de e-lixo do mundo. Meninos e jovens destroem os materiais eletrônicos para retirar metais, especialmente cobre. Queimaduras, feridas não tratadas, danos aos olhos pulmões e coluna se misturam com náusea crônica, anorexia, dores de cabeça e problemas respiratórios. A maioria dos trabalhadores morre de câncer aos 20 anos de idade.
Veja algumas das fotos:
Enviada para Combate Racismo Ambiental por Zyleica Nycz, com o comentário: “Os países ‘desenvolvidos’ enviam o lixo eletrônico para países que não têm como lidar com esse lixo. É bem possível que o Brasil esteja recebendo esse lixo, pois não fiscaliza todos os contêineres que entram no país.”.
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Destaque: Adjoa, 9 anos, vende água para os trabalhadores. Eles usam para beber e apagar o fogo.