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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.
Day: 13 de outubro de 2013
Ocupação na USP: A universidade pública não é empresa para ser privatizada, por Leonardo Sakamoto
Desde que começou a ocupação da Reitoria da Universidade de São Paulo por alunos que reivindicam uma universidade pública mais democrática tem sido comum setores contrários veicularem reclamações denunciando um suposto “viés político” da ação. Os alunos estariam querendo “outras coisas” além dos interesses acadêmicos.
A mesma crítica sofrem os movimentos sociais que lutam pela reforma agrária ou os que defendem o acesso universal à moradia de qualidade nas cidades. São taxados de estarem “fazendo política” e não de lutarem para conseguirem um teto ou uma terra.
(Suspiro de preguiça…)
Essas críticas são estúpidas. É claro que as ocupações da USP, de terras improdutivas ou de prédios abandonados têm um objetivo muito maior do que apenas obter concessões de curto prazo. Elas não servem apenas para eleger um reitor de forma direta, desapropriar uma fazenda ou destinar um prédio aos sem-teto. Isso é importante, mas não é tudo. (mais…)
“Briga entre filho de Amarildo e PM da UPP da Rocinha termina em confusão na delegacia”
Rafael Soares, no Extra
O jovem voltava do trabalho — no Parque Lage, no Jardim Botânico —, por volta das 18h pela Estrada da Gávea quando encontrou um grupo de PMs que acompanhava a procissão de Nossa Senhora, no Largo do Boiadeiro. Segundo Emerson, o PM o abordou e o chamou para uma “conversa”. O jovem resistiu e afirmou ter sido agarrado pelo PM, que lhe deu voz de prisão por desacato.
— O nome do PM é Atanázio. Ele me chamou para conversar num canto escuro. Falei que não ia. Ele disse: “Você não é homem?”. Respondi que ele é que não era homem e que ia conversar ali, na frente de todo mundo e com uma câmera da UPP nos filmando — afirmou o jovem ao EXTRA.
Ele se desvencilhou e fugiu do PM. Na 15ª DP, mostrou um arranhão no tórax, que diz ter sido provocado pelo policial. Segundo Emerson, o PM é o mesmo que o prendeu em outubro de 2012 por porte de maconha e cocaína. (mais…)
Denúncia revela suborno à alta cúpula do Exército antes do golpe de 64
O Instituto João Goulart, presidido por João Vicente Goulart, primogênito do presidente deposto em 1964, no golpe de Estado que gerou uma ditadura de mais de 20 anos e mudou, até hoje, a face política do país, publicou neste domingo um vídeo que, na Comissão da Verdade, será autoexplicativo para o papel dos EUA na derrubada do governo eleito democraticamente. Malas de dólares foram entregues ao general-de-Exército Amaury Kruel, peça fundamental na queda de Jango, segundo denuncia o major farmacêutico Erimar Pinheiro Moreira, nascido em Alvinópolis e radicado em Juiz de Fora. Os fatos teriam ocorrido às vésperas do dia 1º de Abril de 1964.
– O general Amaury Kruel esteve com a gente lá e garantiu, com a vida dele, que o presidente João Goulart não ia cair – anotou o major Moreira. (mais…)
Postando com o estômago embrulhado: “Críticas de Marina Silva a ruralista não se estendem ao agronegócio, diz Rede”
A Rede divulgou nota neste sábado (12) para tentar desfazer o mal-estar criado com ruralistas após críticas de Marina Silva ao deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO).
O texto diz que essas opiniões “não se estendem ao agronegócio“. A legenda “reafirma seu compromisso com esse setor essencial da economia“.
Recém-filiada ao PSB, após a Justiça Eleitoral rejeitar a criação da Rede, a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente foi acusada de preconceito por representantes do setor. (mais…)
Terra de conflitos: como anda perigoso ter cara de índio
Demora em demarcação de terras, avanços dos ruralistas e lentidão no Ministério da Justiça afloram tensões anti e pró-indígenas pelo país
Por Carlos Minuano e Tadeu Breda, em Rede Brasil Atual
Os últimos meses têm sido de acirramento das tensões movidas a interesses que rondam a (falta de) demarcação de terras indígenas. Parlamentares da bancada ruralista apresentam projetos que, segundo antropólogos e lideranças indígenas, dificultariam ou inviabilizariam processos de demarcação que vêm sendo protelados há décadas. Um desses projetos é uma Proposta de Emenda Constitucional, a PEC 215. (mais…)
Chile: Apoyo masivo en el Día de la Resistencia Indígena [e repressão violenta ao final]
Santiago de Chile, 12 de Octubre 2013. Miles de personas asistieron esta mañana a la convocatoria de la “MARCHA POR LA RESISTENCIA INDÍGENA”. El punto de partida fue Plaza Italia lugar donde representantes del pueblo Mapuche se dirigieron a los asistentes indicando sus demandas y la invitación a luchar por el fin a la discriminación y represión a los pueblos originarios. La marcha se desarrolló en absoluta tranquilidad con presencia de muchos niños y jóvenes que portaban banderas y lienzos en apoyo al pueblo Mapuche.
Entre las demandas del pueblo Mapuche se señalaron: el fin de la criminalización y la represión las comunidades, la liberación de los presos políticos Mapuche, la devolución de los territorios y la autonomía de la Nación Mapuche. Un fuerte contingente policial de FFEE estuvo presente en todo el recorrido desde el inicio de la marcha, provocando la molestia de quienes participaron de manera pacífica en la marcha. Al finalizar la marcha las fuerzas policiales arremetieron con carros lanzaaguas, lanzagases y piquetes contra los asistentes.
Black blocs, luddismo pós-industrial
Por Joana Salém Vasconcelos, em Diário Liberdade
Em uma madrugada de 1812, no condado de York, um grupo de mais de 70 operários assaltou as dependências da indústria têxtil na qual trabalhavam e destruíram todas as máquinas que puderam com marretadas.
Foi uma das maiores ações do movimento dos “quebradores de máquinas” que se espalhava pelos distritos industriais da Inglaterra. O objetivo era, por um lado, chamar a atenção para as condições aviltantes de trabalho e, por outro, atacar física e economicamente seus patrões, corporificados nas máquinas. O inspirador daquele assalto era Ned Ludd, operário britânico que no século anterior havia destruído uma máquina de costura após ser repreendido pelo patrão. Outros grupos em outras cidades industriais da Inglaterra produziram ações semelhantes durante as décadas de 1810 e 1820. No entanto, a proposta luddista perdeu força em meados do século XIX, depois que passou a ser punida de modo particularmente cruel.
O Estado britânico acirrou a legislação repressiva e passou a perseguir, prender, torturar e executar centenas de integrantes do movimento. Ao mesmo tempo, os luddistas perderam espaço com a diversificação tática do movimento operário: o surgimento dos sindicatos e o fortalecimento dos cartistas em 1830 colocaram em cena a luta por direitos políticos e pela participação operária no parlamento. (mais…)
‘Negro não é só melanina, é atitude política’, diz Ferréz em Frankfurt
Os questionamentos sobre o que poderia ser visto como racismo na lista de escritores brasileiros na Feira de Frankfurt, levantados pela imprensa alemã deixaram de lado um grande defensor das causas negra e da periferia no Brasil, o escritor Ferréz, um dos autores levados ao maior evento editorial do mundo pelo governo brasileiro.
A imprensa alemã destacou ao longo das últimas semanas que o romancista Paulo Lins, autor de “Cidade de Deus”, era o único negro da lista – ao que Lins respondeu, em entrevista à reportagem , que “se há racismo não é na seleção de autores, e sim na sociedade, que permite a poucos negros serem escritores, jornalistas, engenheiros ou médicos”.
Hoje, após contar em debate no pavilhão brasileiro que foi confundido na Alemanha com árabe ou judeu, por causa da barba longa e do rabo de cavalo, Ferréz disse à reportagem:
`Sou mais negro que ele [Paulo Lins], falo mais do negro que ele. Ser negro não é só raça ou melanina, é atitude política perante o mundo. Nesse sentido, o Marçal [Aquino] é negro, o Lourenco [Mutarelli] é negro”, disse. (mais…)
Paulo Lins discursa no encerramento da Feira do Livro de Frankfurt
Feira chega ao último dia, mas cultura brasileira permanece na Alemanha. Paralelamente aos debates, exposições artíticas se espalham pela cidade.
Por Raquel Freitas, do G1, em Frankfurt
Depois de mais de cem horas dedicadas à literatura, a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, chegou ao último dia neste domingo (13). E o escritor Paulo Lins, autor de “Cidade de Deus” e “Desde que o samba é samba”, representa o Brasil, convidado de honra desta edição, no discurso de encerramento. Apesar do fim da presença brasileira no gigantesco centro de convenções que abrigou o evento desde a última semana, a cultura verde e amarela permanece espalhada por ruas e museus da cidade alemã em uma programação paralela.
Ao G1, Lins adiantou sua opinião sobre estas polêmicas. Em relação às biografias não autorizadas, ele se posicionou contrariamente à ideia defendida pelo grupo “Procure Saber”. O grupo, formado por compositores e músicos, defende a remuneração ao biografado ou à família da personalidade objeto do livro. “Acho que tem que liberar tudo, não tem que cercear nada. Está por fora esse papo de controle. Não existe mais isso, isso é coisa antiga. Isso é resquício da ditadura”, declarou. (mais…)