Por Sassá Tupinambá* – Rede Índios on Line
Quando se fala em igualdade racial, logo imaginamos a igualdade generalizada, como ela deve ser, porém a igualdade racial no Brasil não é tão igual assim. Mas como “quem não chora não mama”, a desigualdade racial da população indígena e cigana continuam mantidas na invisibilidade, assim não temos indígenas nem ciganos nas propagandas, nem nas tele-novelas, nem apresentando telejornais, nem nas caixinhas de leite, nem na universidade, nem ali e nem acolá. Nem é isso que queremos discutir em relação à igualdade racial, nem queremos ser justificativa de propagandas ou qualquer política ditas inclusivas, que tem mais de exclusão e para estereotipar grupos étnicos em desvantagem e saqueados no capitalismo. Não queremos ser usados como massa de manobra e legitimação da mentira, de que não existe racismo no Brasil, de que a Igreja e qualquer outra instituição estatal ou particular não sejam racistas.
O racismo existe e está aí despido, para todo mundo ver e só não o vê quem não quer. Não é o racismo que está mascarado, é quem não o enxerga que está usando tapas nos olhos.
A invisibilidade da população autóctone tem um perfil totalmente diferente da invisibilidade da população negra, por outro lado se tornou mais fácil a autodeclaração negra que indígena. Durante muitos anos, a política do Estado brasileiro para com a população autóctone foi a de integrar esta a nação brasileira, assim se proibiu idiomas destes povos, proibiu suas manifestações religiosas, espiritualistas e culturais em geral. Proibiu e puniu com veemência quem contraverteu. (mais…)
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