Manifesto contra o acordo nuclear entre o Japão e o Brasil

xo nuclearXô Nuclear

No dia 13 de setembro de 2013, data do 27º. aniversário do mais grave acidente radiológico ocorrido no mundo, com um aparelho de radioterapia abandonado em Goiânia, Brasil, será entregue, aos governos do Brasil e do Japão e às suas embaixadas e consulados, a Declaração abaixo, contra um eventual acordo nuclear Brasil-Japão.

Essa Declaração foi subscrita por 86 organizações da sociedade civil japonesa e 58 da sociedade civil brasileira, e recebeu o apoio de 30 Prêmios Nobel Alternativo, de 20 países (ver nomes abaixo).

Pedimos às organizações do Brasil, Japão e outros países do mundo, interessadas em subscrevê-la para se associar a esse protesto, que enviem seus nomes e respectivas cidades a [email protected].

Àquelas que quiserem também proceder à entrega de cópia da Declaração a uma Embaixada ou Consulado do Brasil e do Japão no dia 13 de setembro, pedimos que nos informem pelo mail acima, para a devida divulgação.

Agradecemos seu apoio, Xônuclear, Brasil.

Somos contrários ao acordo de tecnologia nuclear entre o Japão e o Brasil

Os jornais noticiaram que o governo japonês vai assinar um acordo com o governo brasileiro para preparar o caminho para a exportação de usinas nucleares japonesas para o Brasil.Passados mais de dois anos do acidente nuclear de Fukushima, sua verdadeira causa permanece desconhecida, o que nos obriga a uma profunda revisão da tecnologia nuclear japonesa.

Não é por outra razão que a opinião pública no Japão tem se mostrado contrária não somente à construção de novos reatores, mas também à reativação dos existentes.

As usinas de Fukushima ainda estão liberando radioatividade no meio ambiente e o governo japonês não consegue controlar essas contaminações.  Assim, o Japão está causando sérios danos para o mundo.

Como o governo pode apoiar a construção de usinas nucleares fora do Japão em tal situação? Isto só pode ser entendido como uma maneira de dar uma saída para a indústria nuclear japonesa, impedida de construir novas usinas no seu país.

No Brasil, cresce o temor de acidentes em suas usinas nucleares de Angra dos Reis, localizadas entre as duas maiores cidades brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo. Ao mesmo tempo, cresce a pressão para que se passe a usar fontes de energia menos perigosas, para atender as necessidades do país em eletricidade.

Existem outras formas do Japão contribuir para a solução dos problemas de energia do Brasil e do mundo – por exemplo, pela cooperação em torno de energias renováveis.

As organizações da sociedade civil japonesa e brasileira, abaixo assinadas, são contrárias ao acordo anunciado, entre o Brasil e o Japão, em torno da tecnologia nuclear. 

13 de setembro de 2013 

Nomes das 58 organizações brasileiras que assinam a presente Declaração 

Amigos da Terra Brasil – Porto Alegre  / Articulação Antinuclear Brasileira  / Articulação Antinuclear do Ceará – Fortaleza / Articulação dos Povos e Organizações Indigenas do NE, MG e ES – Olinda / Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – Brasília / Associação Brasileira de Medicina Antroposófica – São Paulo / Associação das Vítimas do Césio – Goiânia / Associação Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania – Salvador / Centro de Apoio a Pesca e Pescadores do Maranhão – São Luis / Centro de Dharma da Paz Shi De Tchö Tsog – São Paulo / Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares – São Paulo / Comissão de Justiça e Paz – Macau, Rio Grande do Norte / Comissão Paroquial de Meio Ambiente – Caetité, Bahia / Comissão Pastoral da Pesca – Olinda / Comunidade dos Cristãos no Brasil – São Paulo / CPP Regional Ceará – Fortaleza / CPT  Sudoeste da Bahia – Caetité, Bahia / CPT – São Francisco Vivo – Salvador / Fase –  Rio de Janeiro / Fase – Vitória / Fase Amazônia – Belém / Federação Waldorf no Brasil – São Paulo /Fórum Anti Petroleiro do Espírito Santo- Vitória / Fórum das Pastorais Sociais do Regional Sul 1 – São Paulo / Fórum dos Atingidos pela Indústria do Petróleo e Petroquímica nas Cercanias da Bahia da Guanabara – São João do Meriti/Caxias. Rio de Janeiro /Fórum Mudanças Climáticas e justiça Social – Brasília / Fórum pela Humanização do Social – São Paulo / Fundação Lama Gangchen para a Cultura de Paz – São Paulo / Gambá – Grupo Ambientalista da Bahia – Sa lvador / Goetheanum.de – São Paulo / Greenpeace – Brasil / Grupo de Estudos e Pesquisa em Populações Pesqueiras e Desenvolvimento no Espírito Santo – Vitória / Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais da UFMG – Belo Horizonte / Grupo de Riscos Ambientais – Salvador / Grupo Pindorama – São Paulo / Ibase – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Rio de Janeiro / INDESA – Instituto Nacional de Desenvolvimento Socioambiental –  Rio Grande do Sul / Instituto Madeira Vivo — IMV – Rondônia / Justiç a nos Trilhos – São Luis /Monteazul International.de – São Paulo / Movimento dos Pescadores e Pescadoras – Salvador / Movimento Ecosocialista de Pernambuco (MESPE) /Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente (MoGDeMA) – Rio Grande do Sul / Movimento Nacional de Afetados por Desastres Socioambientais – MONADES / Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela – Belo Horizonte / Movimento Tapajós Vivo – Pará / Movimento Wangari Mathai – Salvador / Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ) / Núcleo Tramas da UFCE – Fortaleza / Setorial Ecossocialista do PSOL – S ão Paulo /Sindimina – Aracaju / Sindimina – Caetité, Bahia / Sociedade Angrense de Proteção Ecológica – SAPÊ – Rio de Janeiro / Sociedade Antroposófica no Brasil / Tardö Ling – Centro de Desenvolvimento Humano Cultural e Filosófico – São Paulo / ZumKukuk.de – São Paulo/PROAM-Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental/ Coletivo de Entidades Ambientalistas do Estado de São Paulo/

Nomes das 86 organizações japonesas que assinam a presente  Declaração

“We don’t need Nuclear Power Plants” in Shimonoseki / Alternative People’s Linkage in Asia (APLA) / AM-Net / APFS Trade Union / Article 9, Ise committee / Atomkraftfreie Welt-Sayonara Genpatsu Düsseldorf e.V. / Beqerel Free Life in Hokkaido / Biodiversity Information Box / Buddhist Temple of Kokubun / Campaign for Nuclear-free Japan / Church of Christ in Japan / Citizens’ Nuclear Information Center / Citizen’s voice in Gifu Prefecture to protect Peace / Civil Committee to settle Fukushima Accident / Costarica Republican Village / Doggy scafe / Emergency Action on the Fukushima Nuclear Crisis / Escola de Samba Kumamoto / Firefly Solidarity against Nuclear Plants / From Earth & Cafe Ohana / Fukuoka Joint Trade Union / Greens Japan / Greenz, Yamaguchi / Group of stickers to say good bye to Nuclear Power plants / Group to protect children from radiation in the Southern Iwate prefecture and Northern Miyagi prefecture / Group to protect children’s future in Kawagoe / Group to say good bye to Nuclear Plant In Nakatsugawa / Groups of the Parents who protect the children’s future / Hattori Ryoichi Support Group / Human rights and Environment / Human Rights and Peace Network in Ube / Inadani Network to protect children from radiation / Japan Womens’ Council I / Kafka no Kai / Kannsai Madam Council to stop the nuclear power plants / Kansai Network to Stop Nuclear Power Plants / Kazashimo no Kai – Fukushima / Kiso Network for no nuclear power plants / Kita Settsu Citizen’s Stury Group / Kunizaki debris ML / Life Future Ube / National Council for education of local history / natural design ukA / NGO Civilian Activity Support Network / Nipponzanmyohoji – Buddhist Temple / No More Radiation / No Nukes Action in Kamimaki / No Nukes Asia Actions Japan(NNAA-J) / No Nukes Asia Forum Japan / No Nukes from shiga / No Nukes Tent @ Tsukuba / No Nukes, Kiso Network / Nonukes Network in Oita / nose?café / NPO Center for recreation of the damaged regions of East Japan Ea rthquake / Nuclear Phase-out Tepco Shareholder’s Movement / ODA reform network / ODA reform network in Kansai / Okinawa Outreach / (seguem-se 30 assinaturas –  consultar no site Xonuclear.net)

Nomes dos 30 Prêmios Nobel Alternativo (RLA – Right Livelihood Award) e membros do Conselho Mundial do Futuro (WFC – World Future Council) de 20 países, que apoiam a presente Declaração.

Andras Biro (Hungria) – RLA 1995 / Angie Zelter (Reino Unido) – RLA 2001 / Anna Oposa (Filipinas) – Conselheira WFC / Anwar Fazal (Malásia) – RLA – 1982 /Asociación de Trabajadores Campesinos del Carare (ATCC) (Colômbia)- RLA 2010 / A.Behar – Presidente da AMFPGR – Associação do Médicos Franceses pela prevenção da guerra nuclear (do IPPNW) (França) / Bianca Jagger (Nicaragua) – RLA 2004 / Chico Whitaker (Brasil) – RLA 2006 / David Suzuki (Canada) – RLA 2009 / Dom Erwin Kautler (Brasil)  – RLA 2010 / Dr.Hanumappa R. Sudarshan (India) / RLA 1994 /  Fernando Funes (Cuba) – RLA 1999 / Fernando Rendón(Colômbia) – RLA 2006  / France s Moore Lappe (EEUU) – RLA 1987 / Fundação Gaia – Legado Lutzenberger (Brasil) – RLA 1988 / Helen Mack  (Guatemala) – RLA 1992 / Ida Kuklina (Russia) – RLA 1996 / Juan Pablo Orrego S. (Chile) – RLA 1998 / L. Hunter Lovins (EEUU) – RLA 1983 / Manfred Max-Neef – (Chile) – RLA 1983 / Marcos Arana (Mexico) – International Baby Food Action Network, IBFAN (Suiça) – RLA 1998 / Martin von Hildebrand (Colombia) – RLA 1999 / Maude Barlow (Canada) – RLA  2005 / Raul Montenegro (Argentina) – RLA 2004 / S. Mohammed Idris (Malásia) – RLA 1988 / Sekem / Ibrahim Abouleish (Egito) – RLA 2003 / Sima Samar (Afganistão) – RLA 2012 / Swami Agnivesh (India) – RLA 2004 / Tony Clarke (Canada) – RLA 2005 / Vandana Shiva (India) – RLA 1993.

Comments (1)

  1. Quero energia limpa, solar, aeólica até hidroéletrica se não for derrubar e deslocar nativos… Energia Nuclear não! Somos capazes de fazer melhor, chega de corrupção, politicagem e mercenarismo!!!!

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.