A construção de um acordo de pesca foi o tema discutido por cerca de 45 pessoas, entre pescadores artesanais e técnicos, na Reserva Extrativista (Resex) da Lagoa de Jequiá, município de Jequiá da Praia, durante toda a quinta-feira (08). Representantes do Instituto do Meio Ambiente (IMA) participaram a convite do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela gestão da Unidade de Conservação federal.
Essa foi a quarta reunião realizada com pescadores que vivem e retiram o sustento a partir da Lagoa de Jequiá e seu entorno. Segundo Diana Alencar, analista do ICMBio que é a atual chefe da Resex, desde a primeira reunião está em discussão o acordo de pesca com a identificação dos pescadores, principais problemas e as possíveis soluções. “Esse é só um passo, dessas reuniões não sairá um documento, mas as indicações para a construção. Precisamos da comunidade junta para encontrar uma solução”, comentou.
Os pescadores indicam uma série de problemas, como a diminuição do pescado, a deposição de resíduos de modo irregular, desmatamento das matas ciliares e consecutivo assoreamento, a pesca predatória e outros. Eles apontam como alternativas a fiscalização permanente, a dragagem do rio, defeso de determinadas espécies e do camarão, a reposição de uma rede em toda a entrada do canal da lagoa em períodos de 15 dias por mês – esse é o ponto de maior controvérsia, porque os pescadores acreditam que com a rede os peixes não descerão para o mar e, dessa forma, ficarão dentro da lagoa. (mais…)