Prestes a Ressurgir – Entrevista de Ciro Flamarion Cardoso, falecido no final da tarde deste sábado, 29/6/2013, publicada na Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 84, setembro de 2012, p. 52-57.
“O Ciro Flamarion Cardoso foi muito importante. Mesmo eu cursando o mestrado na UFRJ, fiz créditos na UFF com o Ciro Cardoso. Assisti um curso de Metodologia com ele, li vários dos seus livros e admiro muito seus escritos sobre metodologia da história. Considero que ele é um dos maiores historiadores marxistas que temos no Brasil. O Ciro Cardoso me ajudou muito na elaboração da minha tese de doutorado, que foi orientada pela [Maria] Yedda Linhares.” (Anita Prestes falando de sua formação como historiadora. In: Revista Novos Temas, n. 7, 2012, p. 27)
Contracorrente, por Rodrigo Elias e Bruno Garcia
Ele nunca foge de polêmicas. Prestes a se aposentar do serviço público, recebendo homenagens de colegas e ex-alunos, o professor Ciro Flamarion Cardoso plantou ventos na historiografia durante décadas. De início, recusou-se a acreditar em teorias fatalistas sobre o passado brasileiro. Ao contrário do pensamento dominante nas décadas de 1960 e 1970, defendia que as sociedades americanas do período colonial não eram apenas uma extensão do sistema europeu, mas tinham lógicas próprias. Nos anos seguintes, viu a confirmação das suas suspeitas. Quando ninguém esperava, mudou de rumo: decidiu seguir uma antiga paixão e virar egiptólogo. (mais…)
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