Em audiência pública na Assembleia Legislativa, MPF e indígenas apontaram as prioridades para a educação nas aldeias
MPF
A educação escolar indígena foi discutida em audiência pública na Assembléia Legislativa de Rondônia. O Ministério Público Federal em Rondônia (MPF) estava presente e cobrou a realização do concurso público para contratação de professores indígenas.
O procurador da República Raphael Bevilaqua e os indígenas presentes apontaram quatro tópicos que precisam ser tratados com prioridade na educação indígena. O primeiro é a conclusão do Projeto Açaí, feito pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), que capacita indígenas para exercer o magistério. “Com indígenas capacitados, pode-se implementar o segundo ponto das prioridades: a realização do concurso público para professores indígenas”, argumentou o procurador. Os outros pontos cobrados foram a conclusão de 20 escolas indígenas e a implementação do ensino médio nas aldeias.
Na audiência estavam presentes Antenor Karitiana, Antônio Puruborá, Wellington Gavião e outras lideranças indígenas; o vereador Arão, indígena da aldeia Laje Novo, de Guajará-Mirim; representante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi); e os deputados Cláudio Carvalho, Zequinha Araújo e Ribamar Araújo. A Seduc não enviou nenhum representante, o que foi motivo de reclamação entre todos os presentes, uma vez que todos os pontos discutidos estão diretamente relacionados aos trabalhos daquela secretaria.
Os deputados se comprometeram a cobrar da Seduc e das secretarias municipais de Educação os pontos prioritários da educação indígena. “É importante que o poder legislativo fiscalize a atuação do poder executivo quanto às demandas dos povos indígenas de Rondônia na área de educação”, ressaltou o procurador.
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Compartilhada por Marina Cândido Marcos.