“Sem a nova formatação definida para o setor portuário, cuja lei foi sancionada ontem pela presidente Dilma Rousseff, não seria possível nem viável a construção do Porto Sul nos moldes em que está sendo planejado”, afirmou o governador Jaques Wagner, durante reunião realizada hoje (6), com o presidente da Bahia Mineração – Bamin, José Francisco de Viveiros, para assinatura do contrato de concessão de uma área de 494 hectares para implantação do Terminal de Uso Privativo (TUP) no Complexo Porto Sul, em Aritaguá, município de Ilhéus. Participaram ainda da solenidade secretários de Estado, autoridades políticas e executivos da Bamin.
“Não havia porque ficar restringindo atividades da iniciativa privada na área portuária”, opinou Wagner sobre a nova lei dos portos. A expectativa do governador é que o Porto Sul seja o primeiro a receber autorização do governo federal para implantação com base no novo marco regulatório do setor portuário. Previsto para iniciar as obras no início de 2014, o investimento no terminal privado da Bamin, que explora minério de ferro no município de Caetité, está orçado em R$ 2 bilhões, e prazo de conclusão em 3,5 anos, segundo o presidente da empresa, Francisco Viveiros. O terminal da Bamin será utilizado na estocagem e movimentação de minérios a serem embarcados no terminal portuário. Todas as obras de infraestrutura no Porto Sul realizadas pela Bamin serão compartilhadas com o poder público.
Projeto do governo da Bahia, o Porto Sul terá um investimento da ordem de R$ 3,5 bilhões e será construído em Ilhéus, no litoral sul baiano, compreendendo um Porto Público, para armazenamento e movimentação de cargas diversas; o Terminal de Uso Privativo (TUP) para exportação de minério de ferro da Bahia Mineração (Bamin); zona de apoio logístico, para armazenamento de cargas e minério; e Área de Proteção Ambiental. A área total do complexo é de 1.860 hectares. O Porto Sul será o ponto final da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), obra do Governo Federal que ligará a cidade de Figueirópolis, no Tocantins, a Ilhéus, na Bahia, em uma extensão de 1.527 km, para o escoamento da produção agroindustrial.
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Compartilhado por Stéphan Munduruku Kaiowá.