UFMG inaugura “caminhão-museu” Sentimentos da Terra

Exposição percorrerá estradas brasileiras contando a história das lutas pela terra no país; inauguração será dia 14 de março em Belo Horizonte (foto: divulgação)

Agência FAPESP – A luta pela terra é o tema de uma exposição montada dentro de um caminhão-museu, que será inaugurado em 14 de março em Belo Horizonte.

O projeto é resultado de uma parceria entre o Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Nead/MDA) e o Projeto República da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O Caminhão Museu Sentimentos da Terra será aberto ao público pela primeira vez no campus da UFMG. O arquiteto e designer Gringo Cardia é o responsável pelo projeto museográfico e pelos vídeos da exposição.

Narrados pelos artistas Caio Blat, Chico Buarque, Dira Paes, Gilberto Gil, José Wilker, Letícia Sabatella, Maria Bethânia, Regina Casé, Seu Jorge, Vera Holtz e Wagner Moura, os 11 vídeos usam técnicas modernas de computação, que transformam imagens, documentos históricos, ilustrações, desenhos e pinturas em maquetes 3D e animações.

O material tem como base textos de pesquisadores e documentos históricos e busca ser acessível a todos os públicos, sem perder o rigor. Movimentos como o dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e das Ligas Camponesas, assim como a legislação agrária e a repressão política no campo, são alguns dos temas abordados.

Além de duas salas para exibição dos vídeos, o caminhão possui um espaço com seis computadores e acesso à internet, monitor interativo e biblioteca com livros sobre arte, fotografia, geografia, costumes e tradições.

Os mediadores receberam capacitação especial para atuar também como contadores de histórias caracterizados, montando maquetes e cenários.

Após a inauguração em Minas Gerais, “Sentimentos da Terra” passará por Brasília, onde a abertura ocorre em 4 de abril.

História

O Nead identificou em 2004 uma lacuna na forma de disponibilização de material sobre a história da luta pela reforma agrária brasileira. Identificou-se que ocorreram eventos muito importantes nesse processo, mas o registro estava disperso.

Com isso, o Nead propôs ao Projeto República, ligado ao departamento de História da UFMG, um projeto para recuperar essa memória. Atualmente, a linha de pesquisa “Sentimento de Reforma Agrária, Sentimento de República”, do Projeto República, tem mais de 20 alunos participantes, entre graduandos, alunos de mestrado e doutorado.

Enviada por Pablo Matos Camargo para a lista CEDEFES.

http://agencia.fapesp.br/16958

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.