Grupo de 17 voluntários mineiros leva ajuda à Guiné Bissau

Agentes sociais abriram mão da família e das férias para fazer a viagem

Os missionários – homens e mulheres entre 20 e 40 anos – estão abrindo mão da família e das férias de janeiro para levar tratamento odontológico, carinho e esperança para centenas de crianças

Jefferson da Fonseca Coutinho – Estado de Minas

Quando 2012 for passado recente nos céus de Confins, um grupo de 17 voluntários mineiros já vai estar embarcado rumo à Guiné-Bissau. O voo com destino à costa ocidental da África está marcado para as 23h55 de hoje. Os missionários – homens e mulheres entre 20 e 40 anos – estão abrindo mão da família e das férias de janeiro para levar tratamento odontológico, carinho e esperança para centenas de crianças. Serão 20 dias, com previsão de 60 atendimentos diários, em pontos críticos da região, a cinco horas de canoa do Arquipélago dos Bijagós. Todos os agentes sociais são marinheiros de primeira viagem em território internacional, tomado por epidemias e solapado pela guerra civil. Em Bissau, meninos de 8, 9 anos, órfãos, chefiam famílias e muitos professores são analfabetos.

Mãe da Emanuele, de 12, e de Rubia, de 9, Mônica Alessandra Dias Rocha, de 40, acredita que o exemplo de ação humanitária vai ser importante para o futuro das filhas. A dentista está disposta a encarar a saudade da família e levar sua experiência na área de saúde pela cura dos mais necessitados. “O que mais me chama a atenção na Guiné- Bissau é a precariedade e a desordem política. Esse contraste, essa pobreza, é consequência do comportamento humano”, lamenta. Para a missionária, a doação é uma pequena contribuição capaz de diminuir diferenças.

Pacelli Henrique, de 23, fala em caráter e atitude. Mostra-se disposto a fazer o que for preciso pelas crianças de Bissau. “Estou certo de que essa experiência vai impactar muito em cada um de nós”, diz. A babá Rosemeire Gomes, de 39, está deixando o casal de filhos – Poliana, de 15, e Felipe, de 21 – para oferecer carinho aos pequenos guineenses. “É um sentimento de mãe. Quero dar carinho para essas crianças. Cuidar um pouco delas”, sorri, terna.

“Fé é um passo muito importante contra toda a precariedade que abate o povo de lá”, defende Claudinea Conceição, de 34. Para a missionária, além de problemas como falta de comida, saúde e educação, há ainda a ausência de esperança. Marido e mulher, Douglas Rafael, de 32, e Thayse Porto Arantes Rafael, de 28, embarcam cheios de expectativa. Douglas, advogado, prega que a esperança pode converter dificuldades. Thayse, olhos brilhantes, não esconde a alegria missionária, ao lado do marido.

Enviada para Combate ao Racismo Ambiental por José Carlos.

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2012/12/31/interna_gerais,340329/grupo-de-17-voluntarios-mineiros-leva-ajuda-a-guine-bissau.shtml#.UOFmq7iv7W4.gmail

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