Na última sexta-feira, um caminhão da Fundação Nacional de Saúde ( Funasa) , que transportava sete toneladas de alimentos para comunidades indígenas do Mato Grosso, foi saqueado e seus dois ocupantes – uma funcionária da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e o motorista da Funasa foram vítimas de cárcere privado e tortura.
– Os dois funcionários federais foram levados a um pequeno hotel em Posto da Mata e foram mantidos reféns por várias horas. Foram ameaçados de morte. Como a funcionária da Sesai começou a passar mal, pois tem problemas de pressão alta, um fazendeiro colocou os dois num carro e levou até Porto Alegre do Norte, onde foram liberados – disse Paulo Maldos, da Secretaria Nacional de Articulação Nacional.
O bloqueio feito em Posto da Mata exigia que as forças federais utilizassem um desvio de 300 km para ter acesso à terra indígena e às principais áreas de posse. Na maioria das outras áreas, os posseiros já retiraram seus pertences e desmancharam estruturas de madeira feitas para cuidar, principalmente, de gado.
Maldos informou que os responsáveis pelo sequestro dos dois funcionários federais e pela destruição do veículo foram identificados e serão processados. No total, cinco inquéritos para investigar ameaças de morte – entre elas ao bispo Dom Pedro Casaldáliga, de São Félix do Xingu – bloqueios de rodovias e incitação estão em curso na Polícia Federal e no Ministério Público Federal. Eles correm em segredo de Justiça.
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