3º bloco do Jornal da Cultura.
—
Compartilhada por Lúcia Carneiro.
BBC Brasil
Uma jornalista radicada nos Estados Unidos se dedica, há mais de uma década, à missão de registrar e divulgar a história de vítimas da escravidão e o destino de seus descentes.
O objetivo de Ana Alakija, que é descendente de um clã de um antigo reino iorubá, o segundo maior grupo étnico nigeriano, é destacar aspectos pouco explorados pela ensino oficial de história.
“Peço licença aos meus antepassados africanos para quebrar a tradição de passar nossa história oralmente e apresentar suas memórias de forma mais concreta”, disse à BBC Brasil.Desde 1997, a jornalista vem reunindo informações e documentos coletados no Brasil e também na África – especificamente em Lagos, na Nigéria – para onde um grupo de africanos e descendentes voltou após a abolição da escravatura.
O esforço resultou na produção de um documentário, um livro e uma série de exposições com fotos, documentos e artesanatos que ilustram a trajetória do grupo interconectado pelo Atlântico. (mais…)
Marina Silva, Folha de S.Paulo
Há um pensamento arrogante, derivado de um positivismo rudimentar, que prega a superioridade dos fatos objetivos sobre as opiniões, consideradas meras suposições subjetivas. Aí esconde-se uma esperteza: os fatos são cuidadosamente selecionados para comprovar uma opinião já formada com base em interesses, estes, sim, muito objetivos.
Os que contrariam tais interesses e contestam a escolha dos fatos são levianamente desqualificados como ideológicos e radicais. No debate sobre o ex-Código Florestal, cabe perguntar aos idólatras dos “fatos”:
1) É fato que o agronegócio (cuja importância na macroeconomia e no comércio internacional ninguém nega) não é que coloca “comida na mesa” do povo brasileiro, que 60% da cesta básica é garantida pela agricultura familiar, também responsável por 7 em cada 10 empregos no campo?
2) É fato que existem mais de 140 milhões de hectares de áreas degradadas, improdutivas ou com baixíssima produtividade e que é possível dobrar a produção agrícola e o rebanho bovino sem desmatar novas áreas, bastando agregar tecnologia simples e disponível?
3) As propriedades com menos de quatro módulos fiscais (na Amazônia são 400 hectares) nem sempre coincidem com a agricultura familiar, que muitas são agregadas à pecuária ou às empresas agrícolas?
Se assim for, as reformas no código perdem a justificativa de defender os pequenos agricultores e, de fato, atendem ao interesse de grandes empresas. Mesmo porque, entre as mudanças feitas, há fatos que vêm sendo omitidos. (mais…)
“O Estado não pode simplesmente deixar que aconteça a reintegração e ignorar a dor da população Guarani-Kaiowá”, afirmou Erika Kokay, presidenta interina da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.
—
Compartilhada por Lúcia Carneiro.
Crescimento na taxa de homicídios é de 96% em setembro na comparação com 2011; governador volta a pregar linha dura e Secretaria de Segurança Pública fala em aumento de crimes passionais
Por: Raimundo Oliveira, da Rede Brasil Atual
São Paulo – Com uma média de 4,5 homicídios por dia na cidade de São Paulo, o mês de setembro passou a liderar a série histórica publicada desde janeiro de 2011 pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. Os 135 casos registrados no mês passado representam um crescimento de 96% na comparação com o mesmo período de 2011. Nos seis primeiros meses de 2012 o número passou de 900 e o crescimento foi de cerca de 23% em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Para a diretora-executiva do grupo Conectas Direitos Humanos, Lucia Nader, estes aumentos consecutivos nos casos de homicídios em São Paulo revelam um quadro preocupante. “Onde a violência e o uso da força aparecem como recurso preferencial para a resolução dos impasses na maior cidade do País”, afirma, em nota emitida pela entidade. Após a divulgação dos números pela secretaria, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a ordem de seu governo é para “ir para cima”, na mesma linha daquilo que vinha pregando desde o começo da série de estatísticas negativas. (mais…)
Se o Brasil pretende ser respeitado pelos demais países e tem a intenção de exercer uma liderança efetiva em termos regionais e mundiais, é passada a hora de apagar o trabalho escravo de sua história. Aqui dentro e pelo resto do mundo, os setores democráticos e progressistas aguardam ansiosos por tal decisão.
Paulo Kliass*
Há quase quatro décadas atrás, o economista Edmar Bacha cunhou a expressão “Belíndia”, na tentativa de caracterizar o Brasil como país portador de uma série de contradições em sua estrutura social e econômica, a ponto de incorporar elementos de uma Bélgica e de uma Índia. Desde 1974, quando o artigo foi publicado, muita água passou debaixo da ponte. O Brasil fez sua transição democrática, vários planos de estabilização monetária foram tentados e falharam até o Real, nosso País conquistou 2 Copas do Mundo de futebol, o professor e pesquisador da PUC-RJ acabou virando banqueiro.
No entanto, continuamos a ser uma Nação que mantém um elevado nível de desigualdade, que incorpora de forma impressionante o equilíbrio entre o moderno e o arcaico, que assiste de forma quase passiva a práticas ancestrais de exploração em seu cotidiano. Em essência, uma pequena minoria da população que continua viver em um universo que Bacha aproximava da Bélgica dos anos 70 e a imensa maioria do povo que sobrevive em condições análogas à maioria da Índia daqueles tempos. (mais…)
Extra Online
Desde que a mulher morreu no parto, há um mês, Bablu Jatav tem levado a filha recém-nascida para o trabalho todos os dias. O indiano de 38 anos pedala por horas e horas com o bebê no peito, enroladinho em um sling de pano. Com uma mão, Bablu segura a filha, e com a outra guia a bicicleta.
Bablu Jatav não tem ninguém que possa cuidar da menina enquanto trabalha de riquexó, levando pessoas para todos os lados da cidade de Bharatpur, no estado de Rajasthan, na Índia.
– Desde que a minha mulher morreu, não há ninguém para cuidar da minha filha, e eu a levo comigo enquanto puxo meu riquixá (veículo que ele usa para trabalhar) – explicou. (mais…)
En el Reconocimiento del Legado Tradicional de los Pueblos Indígenas de nuestra América para las generaciones futuras en el compromiso de sembrar los valores, el respeto y la responsabilidad de preservar la vida, de poner la sabiduría y el conocimiento de nuestros abuelos al alcanze de la gente, del pueblo, para que vuelvan a conocer(se), para que vuelvan a recordar(se), para que vuelvan a la relación original con el Espíritu y el despertar de la “Antigua Memoria Futura” nos traiga un tiempo de paz, de Bien Estar y Bien Sentir. Agradeciendo las Medicinas tesoros de nuestros Ancestros. Agradeciendo al Gran Espíritu, a la Madre Tierra y al Padre Sol, al Abuelo Fuego, al Hermano Aire, a la Hermana Agua y a Todos los Abuelos y Abuelas Medicinas que hicieron posible este encuentro. (mais…)
Portal Uai
1 – Aos 2 anos, em 1942, Milton Nascimento já ensaiava os primeiros sons ao piano. Pouco depois, ganhou uma sanfona de dois baixos;
2 – Em 1944, o carioca Milton perde a mãe, Maria do Carmo, no Rio de Janeiro. Vai morar com a avó biológica em Juiz de Fora, mas não se adaptou à nova família;
3 – Conhecidos de Maria do Carmo, Lília e Josino de Brito Campos, ao ver a tristeza do menino, pedem à avó que o deixe morar com eles. Milton segue com o jovem casal para Três Pontas, no Sul de Minas Gerais;
4 – Antes dos 7 anos, ele ganha uma gaita e uma sanfona de quatro baixos. O primeiro violão chega aos 13, quando ele e Wagner Tiso formam o grupo Luar de Prata; (mais…)
Ana Flávia Gussen – Do Hoje em Dia
O Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais pagou, para pelo menos 30 servidores, vencimentos acima do teto salarial nos últimos quatro meses. Um servidor chegou a receber sozinho a bolada de R$162 mil líquidos em setembro, segundo folha de pagamento disponibilizada no site da instituição.
Ao contrário do que muitos pensam, no TJ Militar não são os juízes que levam os maiores salários mas, sim, os funcionários, na grande maioria ocupantes de cargos técnicos. O teto do funcionalismo está fixado em R$26,7 mil.
Recordes
Um dos maiores recebimentos registrados na folha do mês de junho deste ano foi de um técnico da área de Comunicação cujo vencimento bruto chegou a R$104 mil. Tirando as taxas e impostos, o assessor recebeu diretamente em sua conta R$68,5 mil.
Já um técnico da área de biblioteca e pesquisa recebeu R$58 mil também em junho desse ano. A média recebida por pelo menos cinco agentes técnicos do judiciário, foi de R$45 mil. Um oficial de finanças pode receber até R$56 mil. Um comissionado de um juiz do TJ Militar também recebeu acima do teto: R$27 mil. (mais…)