MG – Operação vai apurar 1.500 casos de abuso infantil

Lucas Simões, Jornal OTEMPO

Começou ontem uma megaoperação da Polícia Civil para apurar cerca de 1.500 denúncias e inquéritos ainda sem solução envolvendo casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes em Belo Horizonte. Os trabalhos têm a intenção de concluir, até meados de outubro, 500 inquéritos que se arrastam em delegacias – alguns iniciados há mais de dez anos.

A delegada Tânia Darc Vieira, chefe do Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família, ressaltou que houve aumento no número de casos de abuso sexual infantil, mas não revelou dados estatísticos. Ontem, foram analisados 30 casos e ouvidas cerca de cem pessoas na delegacia. Pelo menos três suspeitos deverão ter mandados de prisão ou busca e apreensão solicitados à Justiça ainda nesta semana, segundo a delegada.

Denominada Anti-Herodes, a operação é composta por três diferentes frentes. Na primeira, serão verificadas 500 denúncias de exploração sexual feitas de forma anônima e que ainda não puderam ser analisadas.  (mais…)

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RJ – Atentado contra político em Magé

Rio –  O candidato do PSB a prefeito de Magé, Ricardo Correa de Barros, o Ricardo da Karol, registrou queixa na 65ª DP depois que o seu carro, um Toyota Hilux, recebeu pelo menos quatro tiros quando passava por Guapimirim.

“Eu estava a caminho de um debate com os demais candidatos quando fui perseguido por outro carro e foram disparados os tiros. Sorte que meu carro é blindado e nada aconteceu, ninguém saiu ferido”, contou o candidato do PSB. Ele estava com três seguranças.

Ricardo disse que é o segundo atentado que ele sofre este ano. O primeiro foi em julho, quando dois homens o aguardavam na porta de sua casa. Eles estavam armados e com um carro roubado, mas foram presos em flagrante.

”Estou muito preocupado com o que está acontecendo. Não sei o que fazer”, disse Ricardo.

http://odia.ig.com.br/portal/brasil/eleicoes2012/atentado-contra-pol%C3%ADtico-em-mag%C3%A9-1.481700

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Ritual Quarup pode se tornar patrimônio histórico imaterial da humanidade

Por Secom – MT

A manutenção da cultura. A cultura de um povo que, de geração em geração se preserva viva e atrai olhares do mundo inteiro. Os povos indígenas do Xingu, mais especificamente no Alto Xingu, onde está localizada a etnia Yawalapiti, é exemplo da tradição, da memória que não se deixa morrer. A celebração do Quarup, um dos mais antigos rituais desses índios poderá se tornar patrimônio histórico imaterial da humanidade.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) esteve na aldeia e fez o registro dos 10 meses da celebração do ritual indígena, que iniciou em novembro e terminou no último dia 19. Este ano o etnólogo e antropólogo Darcy Ribeiro, um dos responsáveis pela criação do parque Nacional do Xingu, juntamente com Marechal Rondon, Eduardo Galvão e os irmãos Vilas Boas, foi um dos homenageados. Em outubro ele completaria 90 anos.

Para a superintendente de Assuntos Indígenas de Mato Grosso, Janaina de Oliveira, esse registro é extremamente importante. Ela explicou que o Iphan estabeleceu uma metodologia para poder registrar todo e qualquer patrimônio imaterial ou registro cultural de um modo geral no Brasil. É o chamado Inventário Nacional das Referências Culturais (INRC). O Quarup, segundo Janaina, vem sendo difundido, mostrado desde o contato dos índios com os não índios, e pelo fato haver uma curiosidade, uma busca muito grande por esse ritual indígena, existe o receio de que a celebração acabe. (mais…)

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Rede de Estudos Rurais lança Dossiê 3: “Contextos Rurais e Agenda Ambiental no Brasil: práticas, políticas, conflitos, interpretações” (para baixar)

Enviada por Thiago Lucas para Combate ao Racismo Ambiental

Apresentação, por Leonilde Servolo de Medeiros*

Com esta coletânea a Rede de Estudos Rurais chega a seu terceiro Dossiê, na verdade um livro eletrônico, dedicado, desta vez, ao tema da agenda ambiental e dos estudos rurais.

O título escolhido, “Contextos Rurais e Agenda Ambiental no Brasil: práticas, políticas, conflitos, interpretações“, indica a amplitude de temas tratados. Nas páginas que seguem são abordadas questões contemporâneas e polêmicas, tais como uso de biotecnologias e de organismos geneticamente modificados; gestão de recursos naturais; mudanças sociais e conflitos étnicos provocados por intervenções sobre modos de vida tradicionais; conflitos sociais interpretados à luz de temas trazidos pelas discussões em torno da injustiça ambiental; marcos regulatórios da silvicultura como campo de disputa política; dilemas que se colocam frente à pecuarização da região amazônica, entre outros.

Envolvendo diferentes pontos de partida teóricos e metodológicos, bem como distintas abordagens disciplinares, os artigos que compõem esta publicação apresentam alguns exemplos da complexidade e diversidade que revestem os conflitos ambientais em diferentes pontos do país. O pano de fundo para sua emergência e desdobramentos, bem como alguns de seus impasses cruciais são abordados, de forma mais abrangente e problematizadora, no capítulo introdutório elaborado pelos organizadores desta coletânea. (mais…)

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XXVI Encontrão da COPIPE

APOINME – O encontrão da Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco – COPIPE foi realizado de 23 a 26 de agosto, na aldeia Serra Umã, TI Atikum, o tema foi Educar para Descolonizar, onde os professores e lideranças presentes puderam discutir o atual cenário nacional para os povos indígenas.    Nesse encontrão que teve a participação de mais de 400 lideranças e professores indígenas de Pernambuco, dos povos Truká, Pankará, Atikum, Pankararu, Entre Serras Pankararu, Kapinawá, Kambiwá, Pipipã, Xukuru, contou também com a presença da APOINME através Coordenador Geral Uilton Tuxa e o secretario executivo Renato Tupiniquim,  da CNPI representada por Marcos Xukuru, e a assessoria de Sandro Lobo e Eliene Amorim. (mais…)

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Ilhas de ferro estratégicas para a conservação

Afloramento de canga com aspecto de ‘ilha ferruginosa’, a uma altitude de 1,4 mil metros, no Parque Estadual da Serra do Rola Moça, situado no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. (foto cedida pelos autores)

Artigo da CH 295 apresenta as cangas, afloramentos de rochas ferruginosas que abrigam dezenas de espécies raras e recobrem imensas jazidas de minério de ferro. Devido à falta de políticas públicas adequadas, esses ambientes estão entre os mais ameaçados do país

Por: Flávio Fonseca do Carmo, Felipe Fonseca do Carmo, Iara Christina de Campos e Claudia Maria Jacobi

As cangas são ambientes resultantes da atuação, ao longo de milhões de anos, de chuvas, enxurradas, calor e ventos em rochas ricas em ferro. Essas ‘couraças’ recobrem – como se fossem ‘ilhas’ – uma matriz geológica em que predominam as chamadas formações ferríferas bandadas, que alternam camadas de óxido de ferro e de outros minerais, depositadas há bilhões de anos. Assim, as cangas e as formações ricas em ferro abaixo delas compõem um geossistema único, por constituir um registro geológico da história da evolução da Terra.

No Brasil, a maioria desses geossistemas ocorre em Minas Gerais, em especial em três regiões: no Quadrilátero Ferrífero (região metropolitana da capital mineira, Belo Horizonte), próximo às cidades de Serro e Conceição do Mato Dentro (centro-leste do estado) e ao longo do vale do rio Peixe Bravo (norte do estado). Importantes áreas de cangas ocorrem ainda em Carajás (PA), Caetité (BA) e Morraria de Urucum (MS). (mais…)

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Município goiano revela a complexidade da questão do amianto

Foto Agência O Globo / Márcia Foletto

Até o 1939, o Brasil importava todo o amianto que consumia. Na década seguinte, foram descobertas jazidas do mineral em várias regiões do país, como Pontalina, no sul de Goiás, e São Félix, no município de Poções, na Bahia, que não existe mais devido ao esgotamento de reservas. Hoje, a única mina de amianto em exploração no país fica na cidade de Minaçu, no nordeste de Goiás. A jazida deu ao Brasil a autossuficiência no setor, e sua reserva, segundo estimativa recente, é suficiente para a produção de amianto crisotila por mais 50 anos.

A história do município se confunde com a criação da mineradora na região. Conta-se que um dos empregados de uma fazenda notou que na área havia grande quantidade de pedras esverdeadas e escamosas. O proprietário das terras resolveu avaliar o mineral e procurou um negociante de minério, que levou o fragmento para análise em um laboratório em São Paulo. O comerciante apresentou os resultados para a um gerente da S.A. Mineração de Amianto (Sama), empresa franco-brasileira dedicada à exploração de amianto crisotila, que resolveu adquirir a área. Hoje, 45 anos depois, a mineradora é uma das maiores jazidas de amianto do mundo, e fez de Minaçu um dos municípios mais ricos do Estado de Goiás. (mais…)

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Ministro Augusto César defende restrições à crisotila

O ministro Augusto César Leite de Carvalho, do Tribunal Superior do Trabalho, acredita que a discussão em torno do amianto ultrapassa a questão trabalhista e se insere num contexto que abrange toda a sociedade, devido a suas dimensões ambientais, econômicas, ideológicas e de saúde. Nesta entrevista, ele discute esses diversos aspectos do tema e afirma que é preciso superar a visão “monetista” do problema

A legislação brasileira que trata a questão do amianto é de quando?

Min. Augusto César – A ratificação da Convenção nº 162  da Organização Internacional do Trabalho (OIT) é de 1991. A nossa legislação é de 1995, com a edição da Lei nº 9055/1995 , que proíbe as formas anfibólicas do amianto e ressalva a crisotila. A ressalva se justificava naquela época, mas não hoje, com a ascensão do Direito Ambiental, em que o princípio da precaução inibe qualquer atividade em que haja a suspeita de que pode causar danos. É mais do que prevenir: se há dúvida, resguarda-se a vida humana, a saúde do trabalhador.

Do ponto de vista da Justiça do Trabalho e da evolução da jurisprudência, qual é o quadro atual em relação aos problemas do amianto?

Min. Augusto César – A questão nos tem chegado por meio de ações que visam à reparação do dano moral a trabalhadores acometidos por doenças como placa pleural, asbestose e mesotelioma. Há a percepção que a crisotila tem, sim, efeito cancerígeno, e a jurisprudência responsabiliza o empregador pelos efeitos nocivos da exposição ao produto. Nos EUA, os níveis de tolerância são bem menores que no Brasil. Essa audiência pública promovida pelo Supremo Tribunal Federal é uma ótima oportunidade para que o tema possa ser discutido abertamente. (mais…)

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