Embrapa a serviço da Monsanto e das transnacionais?

Gilvander Luís Moreira*

Em tempos de Campanha da Fraternidade sobre saúde pública – CF/2012 -, a EMBRAPA pediu liberação do herbicida Glifosato também para a cultura da mandioca. Essa é uma lamentável notícia que exige, no mínimo, sete breves comentários.

1 – A EMBRAPA é uma das empresas públicas que mais recebem dinheiro das transnacionais para investimento em pesquisas, melhor dizendo, aperfeiçoamento tecnológico na produção agropecuária. Um ditado popular diz: “quem paga a banda, escolhe a música”, ou seja, grande parte das pesquisas feitas pela EMBRAPA no último período tem sido para beneficiar as grandes empresas do ramo de agrotóxicos, como a própria MONSANTO que no ano de 2010 passou para a EMBRAPA nada menos que R$ 5,9 milhões para investir em pesquisas para os próximos 3 anos (2011, 2012 e 2013).

2- O Glifosato é um herbicida sistêmico não seletivo, ou seja, mata qualquer tipo de planta, exceto aquelas geneticamente modificadas para resistir ao glifosato, como é o caso das plantas (soja, por exemplo) com a marca RR (Roundup Ready), produzida pela MONSANTO. Um dos agrotóxicos mais vendidos pela Monsanto no país é o Roundup, que tem como principal ingrediente o glifosato. (mais…)

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Seminário de Conjuntura do Centro de Pesquisas em Etnologia Indígena (CPEI) – “Povos indígenas e contratos de créditos de carbono”, em 23 de maio

O Seminário de Conjuntura do CPEI pretende ser a extensão, para um público mais amplo, das reuniões internas de conjuntura do Centro, dedicadas ao debate dos temas “quentes” da pauta política indigenista atual.

Nesta primeira edição do evento, o espaço será dedicado ao controverso tema dos pretendidos contratos de crédito de carbono firmados por alguns povos indígenas brasileiros com grandes empresas internacionais, fenômeno que foi objeto de recente exposição midiática.

Se por um lado tais contratos parecem focar tão apenas a venda de “créditos de carbono” oriundos de desmatamento evitado, por outro eles se apresentam, de modo geral, como abusivos, desrespeitando direitos assegurados por lei. Essas iniciativas têm caráter especulativo, uma vez que o mercado internacional de créditos de carbono advindos de ações de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) não está regulamentado.

A expositora deste Seminário é, além de doutoranda no IFCH-Unicamp, encarregada da Coordenação Geral de Monitoramento Territorial da Funai (Brasília), e tem acompanhado ativamente o trato que o órgão indigenista oficial tem dado ao fenômeno, as notificações feitas por este às empresas contratantes, seus esforços na informação dos povos indígenas e as discussões sobre a regulamentação de REDD, no contexto das mudanças climáticas e da emergência de um mercado internacional de serviços ambientais. (mais…)

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La tribu Awá: Gracias por ayudar a la tribu más amenazada de la Tierra

“Si no podemos respetar el derecho de las últimas tribus del planeta que viven en aislamiento a decidir su propio destino, ¿en qué nos diferenciamos de los conquistadores de hace 500 años, a quienes con tanta contundencia condenamos por su violencia y avaricia?” Mitch Anderson, escritor y activista.

Desde que lanzamos la campaña, con tu ayuda el ministro de Justicia de Brasil ha recibido más de 23.000 emails pidiéndole que haga de los awás su prioridad. Parece que está funcionando: hemos sabido por fuentes gubernamentales que está preparando un plan para combatir a los madereros, y los awás dicen que han visto aviones de control sobrevolando su selva. (mais…)

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Octavio Paz: “Espejo”

 Hay una noche,
un tiempo hueco, sin testigos,
una noche de uñas y silencio,
páramo sin orillas,
isla de yelo entre los días;
una noche sin nadie
sino su soledad multiplicada.

Se regresa de unos labios
nocturnos, fluviales,
lentas orillas de coral y savia,
de un deseo, erguido
como la flor bajo la lluvia, insomne
collar de fuego al cuello de la noche,
o se regresa de uno mismo a uno mismo,
y entre espejos impávidos un rostro
me repite a mi rostro, un rostro
que enmascara a mi rostro.

Frente a los juegos fatuos del espejo
mi ser es pira y es ceniza,
respira y es ceniza,
y ardo y me quemo y resplandezco y miento
un yo que empuña, muerto,
una daga de humo que le finge
la evidencia de sangre de la herida,
y un yo, mi yo penúltimo,
que sólo pide olvido, sombra, nada,
final mentira que lo enciende y quema.

De una máscara a otra
hay siempre un yo penúltimo que pide.
Y me hundo en mí mismo y no me toco.

De http://psicotramas.wordpress.com/.

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O Brasil sem amianto: indenizações milionárias (+) Empresa reconhece que há doentes após 1980

Aposentada Adelaide de Jesus Morino, vizinha da fábrica da Eternit em Osasco, tem problemas de saúde como sequela do contato com amianto. Foto: Marcos Alves / Agência O Globo

Lino Rodrigues Danilo Fariello – Enviado especial – O Globo

SÃO PAULO e MINAÇU (GO) — As indenizações na Justiça para ex-trabalhadores da indústria do amianto estão mais frequentes e mais altas. Neste mês, a Justiça do Rio mandou pagar R$ 1,450 milhão à família de Maria de Lourdes Lima Vianel, que morreu de asbestose em 2000. Em São Paulo, atualmente, mais de 300 ações individuais tramitam na Justiça contra a Eternit, uma das primeiras a se instalar no ainda bairro paulistano de Osasco, em 1939. Em 1993, foi desativada, mas deixou um rastro de mortos e doentes. Muitos morreram sem saber que foram vítimas do pó branco-acinzentado que tomava conta da fábrica e seus arredores. Segundo a Eternit, em toda a história da produção no Brasil, há 300 casos de disfunção respiratória em decorrência da exploração e menos de cem processos de ex-trabalhadores. O amianto é utilizado na produção de telhas e caixas d’água. (mais…)

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