A página deles na internet publicava mensagens de conteúdo racista contra negros e judeus, divulgava frases ofensivas contra mulheres, homossexuais e nordestinos. Eles planejavam atacar estudantes da UnB
A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (22), em Curitiba, dois suspeitos de promover o racismo e planejar um massacre de estudantes. A página deles na internet foi denunciada por quase 70 mil pessoas.
A página na internet publicava mensagens de conteúdo racista contra negros e judeus, divulgava frases ofensivas contra mulheres, homossexuais e nordestinos, e vídeos com linguagem agressiva.
Um dos presos é Marcelo Mello Silveira, que tem 26 anos, mora em Brasília e estava em um hotel em Curitiba. O outro é Emerson Rodrigues, de 32 anos, que foi preso no prédio onde mora.
“Eles pregavam todo um ritual, não só de discriminação e de ódio, mas também de extermínio dessas pessoas”, diz o delegado PF Flúvio Cardinelli.
Durante a investigação, os policiais descobriram que os dois homens planejavam atacar estudantes do curso de ciências sociais da Universidade de Brasília (UnB).
Na internet, um deles declarou que estava “ansioso, contando as balas, sonhando com os gritos de pessoas chorando, implorando para viver” e fez um mapa de uma casa em Brasília, onde estudantes da UnB promoviam festas.
“Ele deveria fazer uma ação armada no momento em que todos estivessem reunidos”, avalia o delegado PF Vagner Mesquita.
A polícia também investiga a relação dos presos com Wellington Oliveira, o atirador que matou 12 crianças em uma escola de Realengo, no Rio de Janeiro, em 2011. Wellington teria procurado os dois para pedir conselhos.
“Eles orientaram dizendo que ele tinha duas saídas: ou ele permanecia calado e se conformava com a situação, ou então teria que tomar uma atitude em nome da causa, e ao que parece, foi essa segunda opção adotada pelo assassino em Realengo”, afirma Flúvio Cardinelli.
Crédito: G1
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