Bullying homofóbico resulta em agressão física e jovem deixa escola pública no RS

Rachel Duarte

Com apenas 15 dias de ano letivo, o aluno da Escola Estadual Onofre Pires, em Santo Ângelo, interior do Rio Grande do Sul, deixou a instituição de ensino para nunca mais voltar. Vítima de bullying desde o começo das aulas, C. T. (15 anos) foi agredido no dia 13 de março por motivação homofóbica. Desde então, o jovem não retornou à escola. Nesta segunda-feira, 19, a 14ª Coordenadoria Regional de Educação foi informada de que a família do jovem retirou o aluno da rede estadual. “A escola não detectou o bullying previamente”, admite o coordenador de educação Adelino Seibt.

Ele conta que o Comitê de Prevenção à Violência da 14ª CRE atua na região e passou a intensificar o trabalho de orientação ao bullying e a homofobia. “Foi o primeiro caso que chegou a agressão física e ao nosso conhecimento. Estamos orientando as escolas a detectar previamente às vítimas de bullying em sala de aula e como lidar com a diversidade sexual na escola”, conta Seibt. Segundo o coordenador, a família optou em retirar o adolescente da rede pública por acreditar que na escola particular ele estará seguro a novos episódios de violência. “Eles não querem falar para onde ele irá, nem expor mais o caso, para preservá-lo”, disse. (mais…)

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Comitê Xingu Vivo faz protesto contra censura da SNDH durante Seminário

O Comitê Xingu Vivo, responsável por articular diversas ações contrárias à construção de Belo Monte no Rio Xingu – em Altamira PA, fez manifestação pacífica durante a abertura do “Seminário Crianças e Adolescentes na Amazônia: Identidades Culturais e Territorialidades – Aniversário da Escola de Conselhos do Pará”, que ocorreu na manhã de ontem (20/03), no auditório do Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ).

Munidos de faixas, cartazes de protestos e máscaras alusivas aos interessados em construir a obra, tomamos a frente do auditório durante a fala de Marcelo Nascimento (Secretaria de Direitos Humanos – SDH, órgão do governo federal), que estava a representar a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da Republica, Maria do Rosário.

“Tentaram impedir nossa manifestação verbal, porém, após solicitar ao público, que interviu a nosso favor, os organizadores sentiram-se pressionados e deixaram eu e Rafael Correto, quebrando o protocolo, nos pronunciar frente à plateia” – afirma Anderson Castro, membro do Comitê Xingu Vivo.

Rafael mostrou sua indignação e denunciou a atitude autoritária da Ministra Maria do Rosário, ocorrida no dia 19 de março (ontem), que cerceou, durante a reunião da Comissão de Direitos Humanos em Brasília, a fala da sociedade civil que iria denunciar as inúmeras violações aos direitos humanos que já vem ocorrendo com a construção de Belo Monte em Altamira. (mais…)

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FAOR no fortalecimento das comunidades quilombolas da Amazônia Oriental

De 15 a 18 de março de 2012 aconteceu, na Ilha de Mosqueiro-PA, o Seminário do GT Raça e Etnia e GT Terra, Água e Meio Ambiente do Fórum da Amazônia Oriental (FAOR). Com o apoio doProjeto Ijé Ófè (Raça Livre), participaram representantes do Amapá – Instituto de Mulheres Negras do Amapá (IMENA), Tocantins – Alternativas para Pequenos Agricultores do Tocantins (APA-TO), Maranhão – Fórum Carajás e Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (ACONERUQ) e Pará – Coordenação Estadual das Comunidades Remanescentes de Quilombos (MALUNGU), Centro de Estudos do Negro do Pará (CEDENPA) e Instituto Universidade Popular (UNIPOP).

Um dos temas discutidos foi a construção da nova edição do Observatório da Cidadania do Faor que terá como temática principal a questão da regularização fundiária dos territórios quilombolas. Como convidadas, participaram representantes da  Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese) e da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento (GIZ).

Sobre o Projeto Ijé Ófè (Raça Livre): Lançado em maio de 2011 em Belém do Pará, tem possibilitado ao FAOR dar novas dimensões ao seu trabalho em rede, que promove desde 1993 entre mais de 200 entidades nos estados do Amapá, Maranhão, Pará e Tocantins.

http://redeanaamazonia.blogspot.com.br/2012/03/faor-no-fortalecimento-das-comunidades.html

Enviada por Vania Regina Carvalho.

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Articulação de Comitês Populares exige da Câmara dos Deputados rejeição da “Lei da Copa”

A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa do Mundo e Olimpíadas enviou ontem carta aos deputados federais, manifestando-se pela rejeição do Projeto de Lei 2330, de 2001, que estabelece mudanças na legislação brasileira para acatar os desejos da FIFA, sem considerar as comunidades que serão afetadas e ferindo a própria Constituição. Leia abaixo. TP.

“É com profundo sentimento de indignação que a sociedade brasileira, por meio dos Comitês Populares da Copa do Mundo e Olimpíadas, organizados nas 12 cidades-sede dos jogos, vem novamente manifestar-se contrária às atuais propostas de mudança de nossa legislação contidas no Projeto de Lei (PL) 2330/2011, a chamada Lei Geral da Copa, a qual encontra-se na iminência de ser votada no plenário desta Casa.

Sinteticamente, tal iniciativa é o carro-chefe de uma plataforma de ameaças a direitos e garantias arduamente conquistados pelo povo brasileiro, tais como os direitos do consumidor, o direito ao trabalho e o direito de ir e vir. O PL 2330 ofende também o devido processo legal e fere o patrimônio público e cultural do país. Como amplamente denunciado, o projeto chega a prever a criação de novos crimes, apenas para garantir monopólio de mercado à FIFA. (mais…)

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MP de Tocantins detecta ‘esquema familiar’ de venda de sentenças

Investigação do Ministério Público Federal no Tribunal de Justiça de Tocantins encontrou um esquema familiar de venda de sentenças. O desembargador Amado Cilton Rosa e sua mulher, Liamar de Fátima, foram denunciados por corrupção passiva e concussão por suposta venda de decisões judiciais. A investigação começou pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a partir da denúncia de quem teria intermediado a decisão negociada.

Conforme denúncia do MP obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo, o desembargador negociou uma liminar em favor de Fábio Pisoni, acusado de matar um jovem de 21 anos e que estava com a prisão preventiva decretada. A negociação foi intermediada, de acordo com o MP, por Egon Just, que prestava consultoria para a empresa de Itelvino Pisoni, pai do acusado.

Na terça-feira, o jornal revelou que a investigação mostrou a existência de um amplo esquema de corrupção em Tocantins, com cobranças de propinas, envolvendo 4 dos 12 desembargadores.

Para garantir que o desembargador daria a sentença favorável, a mulher do magistrado teria dado um cheque em branco assinado para Itelvino Pisoni, que serviria como prova de que a sentença seria concedida. Amado Cilton Rosa, como estaria acertado, concedeu a liminar e Fábio Pisoni, solto, fugiu e não foi mais encontrado pela polícia. (mais…)

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