A audiência das mulheres do MST com a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas não teve resultados concretos. “O Incra está nacionalmente sofrendo um estrangulamento. Não temos pessoal suficiente. Não podemos dar conta de tudo”, disse a superintendente-adjunta do Incra de Alagoas Alessandra Costa. Segundo ela, dos R$ 580.000,00 necessários para a operacionalização da demarcação topográfica para 2012, somente R$ 40.000,00 foram recebidos do governo federal. A pauta da realização efetiva da Reforma Agrária, demandada pelas trabalhadoras, está comprometida. (mais…)
Day: 13 de março de 2012
Países africanos trocam terras por investimento local
Do Pravda.ru
Cedência de Terras – O regresso ao passado
Nos últimos tempos, tem sido comum assistirmos em África à transmissão de terras agrícolas pelos governos e/ou privados nacionais para mãos de empresários internacionais em troca de investimentos ou criação de postos de trabalho para os nacionais.
Nestas circunstâncias, o binómio Investimento/Desenvolvimento nos países africanos parece andar de mãos dadas; no entanto, nem sempre a praxis traduz o que os governos transmitem: criação de riqueza e bem-estar, combate da pobreza e exclusão social, pois ao autorizar a transmissão de terras aos investidores não acautelam os interesses do país e das suas populações.
Do lado dos investidores, nem sempre se verifica a prática da responsabilidade social, e a criação de postos de trabalho com recurso aos nacionais é deficitária face ao valor do investimento e às vantagens concedidas pelo governo para a sua viabilidade. (mais…)
Como a ultra-direita ameaça a Europa
Alguns grupos praticam terror. Porém, mais perigosos surfam na crise, no medo do “outro” e no discurso anti-estrangeiros dos políticos
Por Pavol Stracansky, da Agência IPS | Tradução: Antonio Martins
Poucos dias depois de um ataque a bomba contra um hotel da capital da República Checa, aparentemente com caráter racista, analistas e ativistas alertaram sobre as campanhas terroristas de organizações neonazis, que recebem apoio de movimentos de extrema direita de outros países.
Organizações extremistas de países como a Alemanha, Itália e Rússia oferecem aos movimentos checos orientação ideológica e operacional, além de oferecer apoio em ações de violência racial e estratégias para reunir apoio de setores sociais.
“É um fato constatado que os partidos de ultra-direita checos e alemães têm acordos de cooperação”, disse à IPS a conhecida ativista Gwendolyn Albert. “Os checos agora parecem seguir a tática alemã de contar com uma presença relativamente importante, contar com partidos políticos registrados e organizar manifestações de que participam os que estão comprometidos ideologicamente com a violência racista, com intenção de perpretar algum ato violento”, acrescentou. (mais…)
RS – Segundo procurador do estado, CIMI, ONGs e antropólogas “plantam” índios e Funai é parte interessada
A entrevista abaixo está sendo publicada exclusivamente por sintetizar muito bem um tipo de argumentação cada vez mais em uso contra os Povos Indígenas. Segundo o entrevistado, o CIMI leva índios para locais onde jamais viveram e os abandona lá, “à margem das estradas”. ONGs lutam por mais terras para eles porque, quanto mais conseguirem, mais dinheiro recebem do Governo Federal. Antropólogas (no feminino mesmo; pelo visto os homens são confiáveis) vão fazer suas teses em Terras Indígenas, se envolvem emocionalmente e têm sua capacidade científica comprometida. Se submetem, assim, aos interesses das lideranças indígenas, que querem mesmo é poder arrendar terras que, graças à soja, em dez anos tiveram seu valor aumentado 100 vezes! Pelo visto, salvo as antropólogas ingênuas e sentimentais, tudo não passa de interesse desses diferentes capitalistas! Boa leitura. TP.
“Funai não pode definir se a terra é indígena ou não”
Por Jomar Martins
Não pode a Funai, como parte interessada, definir se a terra é indígena ou não. É necessária a criação de um novo formato para a condução do processo administrativo de demarcação de terras, reclama o procurador do estado do Rio Grande do Sul, Rodinei Candeia.
A Procuradoria-Geral do Estado contesta sentença da Justiça Federal que obrigou União, Funai, Incra e o estado do Rio Grande do Sul a finalizar o processo de demarcação da área de Mato Preto, iniciado em 2003, e a indenizar os agricultores que terão de deixar a área. A Ação Civil Pública foi proposta pelo Ministério Público Federal em 2006. (mais…)