Nota da CPT/MG à Sociedade e à Imprensa: Posseiros e pequenos continuam sendo pisados em Minas Gerais

Esta terra é minha mãe. Ela criou os meus filhos. Só tenho uma certeza: DEUS, nosso Pai, vai Ouvir o meu grito. Confiante, seguro na mão da JUSTIÇA de DEUS, que pode tardar, mas não Falta.” (Sr. José Pedro de Souza, o Caramanchão.)

O Sr. José Pedro de Souza, conhecido por Caramanchão, idoso de 74 anos, sua companheira Maria Célia dos Santos e seus dez filhos – toda a família posseira na Fazenda Pau D’Arco, no município de Manga, Norte de Minas -, desesperados, inconformados com tanta violência e ameaças sofridas, pedem socorro e clamam por JUSTIÇA.

Indignados e perplexos com os atos criminosos e violentos de desrespeito e violação ao Estatuto do Idoso e a Constituição Brasileira que tem como princípio fundamental o respeito à dignidade humana, que vincula o direito de propriedade ao cumprimento de sua função social, denunciamos os fatos que seguem, abaixo.

Desde 1978, O Sr. José Pedro de Souza (Sr. Caramanchão como é querido e admirado na região) e sua família moram e trabalham, na terra onde resistem até hoje, cultivando e tirando dela o seu sustento e de sua família. Construíram moradia, plantaram roças de mandioca, milho, feijão, pomar e mantém criação de pequenos animais. Além disso, trabalharam para um antigo suposto proprietário da área, desmatando para a produção de carvão, semeando capim e cuidando do gado. (mais…)

Ler Mais

“Eu, o SUS, a ironia e o mau gosto”, por Nina Crintzs

Há seis anos atrás eu tive uma dor no olho. Só que a dor no olho era, na verdade, no nervo ótico, que faz parte do sistema nervoso. O meu nervo ótico estava inflamado, e era uma inflamação característica de um processo desmielinizante. Mais tarde eu descobri que a mielina é uma camada de gordura que envolve as células nervosas e que é responsável por passar os estímulos elétricos de uma célula para a outra. Eu descobri também que esta inflamação era causada pelo meu próprio sistema imunológico que, inexplicavelmente, passou a identificar a mielina como um corpo estranho e começou a atacá-la. Em poucas palavras: eu descobri, em detalhes, como se dá uma doença-auto imune no sistema nervoso central. Esta, específica, chama-se Esclerose Múltipla. É o que eu tenho. Há seis anos.

Os médicos sabem tudo sobre o coração e quase nada sobre o cérebro – na minha humilde opinião. Ninguém sabe dizer porque a Esclerose Múltipla se manifesta. Não é uma doença genética. Não tem a ver com estilo de vida, hábitos, vícios. Sabe-se, por mera observação estatística, que mulheres jovens e caucasianas estão mais propensas a desenvolver a doença. Eu tinha 26 anos. Right on target.

Mil médicos diferentes passaram pela minha vida desde então. Uma via crucis de perguntas sem respostas. O plano de saúde, caro, pago religiosamente desde sempre, não cobria os especialistas mais especialistas que os outros. Fui em todos – TODOS – os neurologistas famosos – sim, porque tem disso, médico famoso – e, um por um, eles viam meus exames, confirmavam o diagnóstico, discutiam os mesmos tratamentos e confirmavam que cura, não tem. (mais…)

Ler Mais

AC – Índios de Feijó denunciam Funai

Os caciques indígenas Almir de 43 ansos da comunidade do Anjo e da etnia dos Colinas e Benjamim Kampa da tribo dos Kampas do alto Rio Envira, depois de viajarem 09 dias de bubuia de rio abaixo procuraram o jornalista Antonio Messias para fazerem denuncias de abandono por parte da FUNAI.

Segundo os caciques, há mais de um ano que eles não recebem a visita da saúde indígena e algumas criança já morreram por falta de atendimentos de saúde nas aldeias. O que mais revolta os caciques é o abandono da FUNAI que quando precisa deles para participarem de reuniões apenas manda avisar e quando estes chegam na cidade se acampam nas praias ou nos barrancos passando fome.

Muitos vivem juntando restos de comida no lixo e catando latinhas para vender e comprar o alimento. Segundo as denuncias, muitos índios a convite da FUNAI vieram para a cidade porque foram convidados para participar de um encontro na cidade de Cruzeiro do Sul, mais foi desmarcado e agora não sabem quando vão voltar para suas comunidades porque não tem combustível e nem a FUNAI se manifesta. (mais…)

Ler Mais

Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear e Urânio em Portugal

Norbert Suchanek, Rio de Janeiro

Do Rio de Janeiro ao Porto e Lisboa

Em Maio de 2011, aconteceu pela primeira vez o 1º Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear no Rio de Janeiro (International Uranium Film Festival). Depois do Rio, mostras itinerantes aconteceram em capitais de seis estados.

Agora o Uranium Film Festival do Rio de Janeiro está atravessando o Atlântico e chega à Portugal. Leia a seguir entrevista com o escritor do livro “Energias Sem-fim”, Professor António Eloy, de Lisboa, que está organizando o Festival no Porto, no final de Novembro – e em Janeiro, em Lisboa.

Norbert Suchanek: Extistem usinas nucleares em Portugal?

António Eloy: Não, neste momento, e graças a uma longa luta que vem desde 1974 (após a queda do fascismo que as congeminava na sombra). Temos um pequeno laboratório, que funciona em circuito fechado e as feridas sociais e ambientais das antigas areas de mineração de urânio. Tivemos que empreender uma dura luta contra o projecto de instalação de um cemitério de resíduos radioactivos perto da fronteira, em Espanha, assim como tivemos movimentos contra centrais na fronteira, que foram canceladas. (mais…)

Ler Mais

Operação Guaricaya Matupi combate crimes no KM 180

Amazonas – Órgãos que compõem a Comissão Interministerial de Combate aos Crimes e Infrações Ambientais (CICCIA) iniciaram nesta segunda-feira (31) a operação Guricaya Matupi, com o objetivo de combater crimes no assentamento localizado no Km 180 da BR 230, chamado Santo Antônio do Matupi.

Durante a operação serão combatidos os crimes de desmatamento ilegal, tráfico de drogas, porte ilegal de armas, garimpos ilegais, apreensão de veículos irregulares entre outros.

Os órgãos que atuam nessa operação são o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Ministério da Defesa (MD), Força Nacional, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Fundação Nacional do Índio (Funai).

Para falar sobre a operação os dirigentes do Ibama, Sipam, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal participarão de uma coletiva, a partir das 10 horas, nesta terça-feira (1/11), no Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). (mais…)

Ler Mais

Nota Oficial da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa

A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa das 12 cidades-sede, composta por movimentos sociais e populares, entidades, organizações e militantes que defendem uma Copa inclusiva, democrática e sem violações de direitos humanos, vêm a público se manifestar sobre a saída de Orlando Silva do Ministério dos Esportes, bem como reforçar a preocupação com a condução das questões relacionadas aos Mega Eventos no Brasil.

A gestão do ex-ministro Orlando Silva foi incapaz de avançar na efetivação da Política Nacional de Esporte. Ainda foi marcada pelo aparelhamento do Ministério para favorecimento das grandes empresas, pela terceirização da política pública através dos convênios com entidades particulares, pelo desrespeito aos atletas (muitos dos que competiram no PAN ficaram todo o primeiro semestre de 2011 sem receber o apoio financeiro das bolsas governamentais) e pelo descumprimento das decisões e diretrizes das Conferências Nacionais dos Esportes, como a criação do Sistema Nacional do Esporte e Lazer.

Durante o período em que esteve à frente do Ministério dos Esportes, experimentou-se pronunciada omissão do Estado na construção de uma política pública séria e efetiva no campo esportivo, bem como seguido desrespeito à sociedade civil e aos processos de participação democrática, motivo que, sozinho, já justificaria sua retirada. (mais…)

Ler Mais

Etnias do Santuário dos Pajés exigem estudo antropológico da terra

Camila Queiroz, Jornalista da ADITAL

Os indígenas do Santuário dos Pajés, área de 50 hectares dentro da Reserva Ambiental Bananal, na capital do Brasil, Brasília, estão vivendo forte tensão. A terra, que tem valor sagrado para eles, está em disputa com empresas empreiteiras que pretendem construir um condomínio de luxo.

Para garantir seus direitos, os indígenas de várias etnias, majoritariamente da Tapuya-Fulni-ô, precisam que a Fundação Nacional do Índio (Funai) constitua um Grupo de Trabalho para determinar, a partir de estudo antropológico, se o território é indígena e, com isso, demarcá-lo.

O secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Cleber Buzatto critica fortemente a atitude da Funai. “Adota postura ilegítima e ilegal. Sem fazer estudo – disposto no decreto 1775/2006, processo administrativo que regulamenta procedimento de demarcação de terra – tem feito afirmações, inclusive à Justiça, de que não se trata de terra indígena. Só o Grupo de Trabalho, presidido por um antropólogo e formado por profissionais de diversas áreas pode dizer isso, mas esse grupo nem chegou a ser constituído”, aponta.

Buzatto caracteriza ainda como “perigoso” o tratamento que a Funai está dando ao caso. “(…) desloca o direito de definir do instrumento legal (decreto 1775) para as posições políticas de quem estiver na Funai”, comenta. (mais…)

Ler Mais

Comunidade do Rio dos Macacos, com o apoio de outras comunidades Quilombolas da região, fecha estrada da Base Naval de Aratu às 5:30h, em protesto e para evitar a expulsão anunciada pela Marinha para sexta-feira

A entrada do mês da consciência negra de 2011 na Bahia poderá começar com o despejo de uma comunidade Quilombola bicentenária, que está ameaçada de sofrer com uma decisão liminar de despejo decretada pelo juiz da 10ª Vara Federal a pedido da Marinha do Brasil, que se instalou nesta região há apenas 50 anos. Se isto acontecer, serão 43 famílias com mais de 160 crianças que estarão sem eira nem beira e somente com promessa da prefeitura de alojá-los provisoriamente em uma escola do município de Simões Filho.

Integrantes de outras  Comunidades Quilombolas do Recôncavo se unem à de Rio dos Macacos, em solidariedade e protesto,  na porta do CONDOMÍNIO DA MARINHA VILA MILITAR, na estrada da Base Naval de Aratu

No próximo dia 04 de novembro de 2011, sexta-feira, a comunidade poderá ter destruído todo seu patrimônio histórico, suas casas, suas fruteiras, as ruínas que guardam restos mortais dos escravos que habitaram o território, as marcas do cativeiro, instrumentos de tortura, as plantações e toda a sua história.

Afinal, qual a função da Marinha? Massacrar descendentes dos sobreviventes ds navios negreiros? A escravidão na Bahia continua! (mais…)

Ler Mais