Há mais de cem dias em greve, professores da rede estadual se acorrentam na Praça da Liberdade

Tabata Martins

Há exatos 101 dias em greve, cerca de 30 professores da rede estadual estão acorrentados na Praça da Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira (16).

De acordo com umas das diretoras da subsede de Venda Nova do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Graziela da Costa Moreira Souza, os manifestantes estão acorrentados no canteiro central da praça e a previsão é que mais professores participem do protesto ao longo do dia.

O ato, semelhante ao realizado na Praça Sete e na Praça da Assembleia, é feito pelos educadores para demonstrar a falta de alteração no salário da categoria nos últimos anos.

A categoria afirma que não voltará às salas de aulas enquanto o Governo não apresentar uma proposta que atenda às reivindicações que já foram feitas. Os professores estaduais, que rejeitaram receber R$ 712,20 para uma jornada de 24 horas para todos os profissionais, insistem num piso de R$ 1.187. (mais…)

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CNJ denuncia uso de ”laranjas” para compra de terra

Segundo corregedora, prática vem sendo usada por investidores estrangeiros depois que o governo restringiu esse tipo de negócio

'Dengosos'. Malconservados, os livros em que são feitos registros são difíceis de manusear - Divulgação
'Dengosos'. Malconservados, os livros em que são feitos registros são difíceis de manusear - Divulgação

Um ano depois de o governo impor limites à compra de terras por empresas brasileiras com capital estrangeiro, nenhum negócio desse tipo foi registrado no Brasil. O fato teria uma explicação simples, na avaliação da corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon: “Os estrangeiros não aparecem porque estão usando “laranjas”, os investimentos são clandestinos, via de interpostas pessoas”.

A cada três meses, os cartórios de registros de imóveis do País deveriam repassar ao governo informações atualizadas sobre compra de terras por empresas com capital estrangeiro. Registros considerados irregulares podem ser anulados. O CNJ investiga denúncias, sobretudo em cartórios localizados na fronteira agrícola do Brasil.

“Não tenho nenhum problema em concordar com a ministra”, reagiu a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (TO), sobre o suposto uso de “laranjas”. Segundo a senadora, negócios clandestinos, como contratos de gaveta, seriam uma resposta às limitações impostas em 2010 pela Advocacia-Geral da União (AGU). (mais…)

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AM: Simpósio discute criação de uma universidade Indígena no interior do Amazonas

Encerrou na tarde desta quinta-feira (15) no município de São Gabriel da Cachoeira (AM) o Simpósio Internacional “Diálogos Interculturais na Fronteira Panamazônica” que teve como principal objetivo discutir a criação de uma universidade indígena no Alto Rio Negro

Escola Pamáali, em São Gabriel da Cachoeira, é referência de educação indígena no país
Escola Pamáali, em São Gabriel da Cachoeira, é referência de educação indígena no país

Wallace Abreu

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Federação das Organizações Indígenas do Alto Rio Negro (FOIRN), com o patrocínio da Unesco, realizaram no município de São Gabriel da Cachoeira o I Simpósio Internacional “Diálogos Interculturais na Fronteira Panamazônica”.

O objetivo principal do encontro era a discussão de princípios e parâmetros para a construção de uma universidade indígena no Alto Rio Negro, além de conhecer as experiências de projetos de universidades indígenas dos países latino americanos, refletir sobre a importância da autodeterminação indígena no Rio Negro, divulgar os trabalhos de pesquisa sobre questão indígena na Amazônia desenvolvido pelos indígenas e não-indígenas e propor a construção do Conselho de Ética Indígena Deliberativo para projetos e pesquisas científicas da FOIRN. (mais…)

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Funai e Brigada de Selva do Rio Negro/AM acertam cooperação para fiscalização territorial

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, e o General de Brigada José Luiz Jaborandy Jr. acertaram parceria para promover ações conjuntas frequentes de planejamento e fiscalização nas Terras Indígenas da região do Rio Negro, no estado do Amazonas. A reunião foi realizada nesta quinta-feira (15), na 2ª Brigada de Infantaria de Selva, no município de São Gabriel da Cachoeira/AM.

Segundo Meira, “a formação de uma equipe conjunta de trabalho é fundamental para combater os ilícitos cometidos nas Terras Indígenas dessa região de fronteira, como, por exemplo, a pesca predatória e captura de peixes ornamentais, que chega a ameaçar a existência de algumas espécies ”.  (mais…)

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CE: Pitaguarys e Tapebas fazem protesto no Ibama

Índios pedem mais rapidez nos processos que são encaminhados ao Ibama (DEIVYSON TEIXEIRA)
Índios pedem mais rapidez nos processos que são encaminhados ao Ibama (DEIVYSON TEIXEIRA)

Samaísa dos Anjos

Índios Tapebas e Pitaguarys de diversas idades se reuniram ontem em frente à sede do Ibama, na avenida Visconde do Rio Branco, em Fortaleza.

Gabriel de Abreu, presidente da Associação das Comunidades Indígenas Tapeba (Acita), indicou que queriam uma fiscalização eficaz e rapidez nos processos que são encaminhados ao Ibama, tanto pela Funai, como pelos índios.

Se as ações dos órgãos públicos são lentas, as dos posseiros não perdem tempo: corte de árvores, extração mineral de areia e argila nos rios e lagoas dos territórios indígenas, segundo relataram os índios. “E esse problema é acompanhado por muitas gerações”, lamentou Gabriel de Abreu.

As diferentes gerações chegaram à sede do Ibama em ônibus de Caucaia, Maracaú e Pacatuba em busca de encaminhamentos para os problemas que avançam sobre seus territórios. (mais…)

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RJ: Seminário “A cidade dos e para os megaeventos esportivos: Muros, remoções e maquiagem urbana”

No dia 30 de setembro, o Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Favelas e Espaços Populares (Nepef), da Redes de Desenvolvimento da Maré, juntamente com o Observatório de Favelas e a ActionAid, promoverá o seminário “A cidade dos e para os megaeventos esportivos: Muros, remoções e maquiagem urbana”. A iniciativa será realizada na Lona Cultural da Maré, localizada na Rua Ivanildo Alves, s/n, na cidade do Rio de Janeiro.

Com o objetivo de construir espaços de discussões entre os moradores da Maré sobre os impactos dos mega eventos para a cidade e a população pobre carioca, o seminário discutirá temáticas como: a maquiagem urbana, o Estado de exceção e os caminhos possíveis para a participação e mobilização social, e a relação de direito à cidade. (mais…)

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O mundo ao revés: Brics discutem ajuda para Europa

Martín Granovsky

Adital – Paco Ibánez cantava. Vocês se lembram? Um príncipe mau, uma bruxa formosa e um pirata honrado. O mundo ao revés com o qual sonhava o poeta José Augustín Goytisolo talvez exista. O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, anunciou que o grupo Brics se reunirá na semana que vem em Washington para discutir as formas de ajudar a Europa. A rotina da crise mundial é cheia de surpresas. Cuidado com a rotina.

Brics é a sigla do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Há dez anos, Jim O’Neill, do Goldman Sachs, descobriu que havia uma segunda linha por trás dos países mais ricos a chamou de Bric. A África do Sul, país chave que faltava, é uma incorporação recente.

Washington não é a capital de nenhuma das cinco nações, mas sim dos Estados Unidos. Os representantes dos cinco Brics estariam, então, de visita. Ou nem tanto. Washington é também a sede do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. (mais…)

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NOTA – Belo Monte: fonte fajuta mente sobre medidas cautelares da CIDH e expõe Globo ao ridículo

Nesta quinta, 15, o jornal O Globo publicou uma matéria na qual noticia que “a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), que há cinco meses havia baixado uma medida cautelar pedindo ao governo brasileiro que suspendesse o empreendimento [de Belo Monte], enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff se retratando e pondo um ponto final no impasse”. Segundo a reportagem, as informações teriam sido prestadas por um certo senhor Adam Blackwell, “especialista em segurança da OEA”, que teria afirmado também que o assunto – paralisação de Belo Monte em função de violações de direitos humanos – estaria encerrado e que a medida cautelar da CIDH seria fruto de “falta de informação dos integrantes desta comissão”.

Em primeiro lugar, este senhor, ou qualquer outro empregado da Organização dos Estados Americanos, não tem autoridade, muito menos autorização, para falar em nome da CIDH, autônoma perante a OEA. Mais: beira à aberração a acusação de que a CIDH não está informada sobre os temas que analisa e delibera. (mais…)

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Índios e Caboclos: a história recontada – lançamento dia 20, na UFBA

O livro Índios e Caboclos: a história recontada, organizado por Maria Rosário de Carvalho e Ana Magda Carvalho, integra a programação do Lançamento Coletivo – Setembro de 2011, que acontece no próximo dia 20, terça-feira, às 17h30, na Antessala do Reitor (Reitoria da UFBA). Aberto ao público, o evento apresenta 14 títulos no total, que podem ser adquiridos a preços especiais.

Esta obra busca revisitar e reconstruir, através de estudos etnográficos, as categorias Índio e Caboclo, em diferentes campos semânticos, tendo como ponto de partida as suas contribuições na formação da nação brasileira. Através de artigos, faz uma retomada de dados históricos para estabelecer a distinção entre os índios e os caboclos, em seus principais pontos, sem deixar de lado seus papéis no candomblé.

Maria Rosário de Carvalho é professora associada ao Departamento de Antropologia e Etnologia da UFBA e coordena o Programa de Pesquisa Povos Indígenas do Nordeste Brasileiro (PINEB/UFBA). Ana Magda Carvalho é doutoranda em Antropologia no Programa de Pós-Graduação da UFBA e, também, é pesquisadora associada ao PINEB/UFBA. Além de artigos das organizadoras, Índios e Caboclos também traz artigos de outros pesquisadores e professores desta área. (mais…)

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RJ – Costa Verde, onde dança e História se misturam como forma de resistência

Encontro de gerações na Ciranda de Tarituba / Foto: Ponto de Cultura Escola Ciranda de Taritubapor Clarissa Vasconcellos

Como é a dança no interior do Estado do Rio de Janeiro? Qual é a produção artística em municípios como Paraty e Teresópolis? E o ensino? Para responder a essas questões, o idança, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), fez um levantamento nos quatro cantos do Estado, buscando entender melhor o que acontece fora da capital. A colaboradora Clarissa Vasconcellos entrou em contato com secretarias municipais de cultura, Ongs e artistas locais e traz para nós um raio-X da dança fluminense. Abaixo, segue o segundo texto. Aproveite a leitura!

Um canto do Estado do Rio de Janeiro, muito conhecido por suas belezas naturais, guarda relíquias imateriais de uma história embalada pela música e pela dança. Reflexo da miscigenação brasileira, que se imprime não só na pele e no rosto dos habitantes da Costa Verde, mas também em suas manifestações culturais. Entre elas, jongos com origens nos quilombos e cirandas que misturam a cultura indígena com a dos imigrantes europeus.

Angra dos Reis, conhecida nacionalmente por seu turismo de alto luxo e por suas 365 ilhas (uma para cada dia do ano, gostam de dizer os caiçaras), também tem um lado muito popular, que sobrevive nas comunidades do continente. Paraty dispensa apresentações, pois se transformou em um dos centros irradiadores de cultura do país, com festivais de música, gastronomia, dança e sua famosa Flip, Feira Literária Internacional de Paraty. As duas estão separadas por cerca de 70 quilômetros, onde se podem encontrar ritmos e danças tradicionais que contam uma parte da história da região. (mais…)

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