Encontro de mulheres em Brasília discute igualdade na política e na sociedade

Lourenço Canuto, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Cerca de 90 mulheres de 24 estados brasileiros estão reunidas em Brasília para discutir a implementação de políticas públicas que visem à igualdade de gênero. Para isso, elas querem que o Plano Plurianual de Investimentos (PPA) contemple recursos para diversos segmentos, com foco na democratização da gestão pública voltada para questões feministas. A representante de Brasília no encontro, Guacira César de Oliveira, acredita que os avanços aspirados pelas participantes podem ser obtidos por meio do Plano de Políticas para as Mulheres, proposto pelo governo federal.

O grupo vai se encontrar amanhã (13), às 17h30, com a bancada feminina da Câmara dos Deputados. Em seguida, encontram-se com integrantes da Comissão Mista do Orçamento. Guacira César de Oliveira destaca que as mulheres querem proporção mais equilibrada da sua representação no processo político, o que pode ficar previsto na reforma política. Segundo ela, a destinação de mais recursos para uma série de setores poderá resultar em maior proteção para a mulher, como na área da segurança pública. (mais…)

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Quilombos do Vale do Ribeira participam do Revelando São Paulo

Comunidades quilombolas de São Paulo vão mostrar suas expressões culturais no Revelando São Paulo, que começou neste final de semana e termina no próximo dia 19 de setembro.

O Espaço Quilombola é parte da programação permanente do Revelando São Paulo (www.revelandosaopaulo.org.br), festival de cultura tradicional paulista, que começou nesta sexta-feira, 9 de setembro.

Nove quilombos do Vale do Ribeira e litoral norte paulista(Caçandoquinha, Ubatuba; Mandira, Cananéia; Pedro Cubas, Eldorado; Fazenda Picinguaba, Ubatuba; Ivaporunduva, Eldorado; Nhunguara, Eldorado/Iporanga; Bombas, Iporanga; São Pedro, Eldorado; Reginaldo, Barra do Turvo) estão expondo peças de sua cultura material, vendendo artesanato e alimentos típicos. “A exposição é para mostrar os objetos de uso doméstico, cotidiano, das comunidades quilombolas. Tem pilão, canoa, os apas, esteiras”, explica Bico (Denildo Rodrigues), quilombola de Ivaporunduva que vai monitorar a exposição.

Além do estande para vendas e exposição, os quilombolas vão fazer apresentações culturais. No dia 15, se apresentam no palco principal do evento a Folia do Divino e o Quarteto de Viola Caipira, ambos da comunidade do Reginaldo da Barra do Turvo. A Romaria de São Gonçalo do quilombo Praia Grande, de Iporanga, foi convidada, mas ainda não confirmou presença (mais…)

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“Sou agro”. Cuidado!

Martin Mayr*

O agro-empresariado brasileiro anda preocupado com a sua imagem. Recentemente, o setor lançou a campanha “Sou agro”. Gente da popularidade de Lima Duarte e da lindeza de Giovana Antonelli fica encarregada a confidenciar ao povo brasileiro como seja legal virar agro.  Na cantada, ouve-se muito de “campeões de tecnologia”, “provedores de divisas”, “ambientalistas natas”, “patriotas de verdade”, etc. Entretanto, a tecla mais batida pela campanha é a seguinte: “Somos nós que alimentamos o mundo.”

Esta afirmação contém umas verdades e esconde muitos problemas. Sem dúvidas, o Brasil dispõe sobre condições privilegiadas para produzir grãos, fibras, óleos, leite e carne em altas escalas, o que acaba favorecendo toda comunidade dos consumidores com um abastecimento constante a preços (cada vez menos) pautados pela grande oferta.

Mas, os manejos industriais de tirar alimentos, fibras e energia causam enormes problemas ambientais, uma crescente concentração fundiária e o esvaziamento populacional da zona rural. Os “agros” consideram tais conseqüências como secundárias, toleráveis em vista do seu papel como fiadores da segurança alimentar e energética global. A sociedade, assombrada com o fantasma de uma superpopulação faminta, tende a conformar-se com a sobreposição do agronegócio grande. Por conseguinte, o governo, pouco questionado pela sociedade, continua subsidiando fortemente o setor, com políticas ao gosto do agro-lobby. (mais…)

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Ari Artuzi depõe na tarde de hoje sobre acusação de racismo

Ex-prefeito é acusado de proferir palavras com teor racista durante programa de rádio Foto: Dourados Agora/Hédio Fazan

O ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi, tem primeira audiência na tarde desta segunda-feira (12), às 14h30, no Fórum de Dourados. Artuzi é acusado de racismo. Seis testemunhas de acusação foram indicadas.

A Promotoria de Justiça pede a prisão do político e condenação dele ao pagamento de indenização no valor de R$ 300 mil pelo crime de racismo.

Segundo o site Dourados Agora, o suposto crime aconteceu no dia 14 de agosto do ano passado, durante entrevista ao Programa “Hora da Verdade”, da rádio Grande FM.

Segundo o MPE, o denunciado “praticou e incitou o racismo, ofendendo a honra subjetiva dos afrodescendentes, quando proferiu as seguintes palavras: “Nóis temu fazenu serviço de genti branca; serviço de genti”. A frase foi dita num momento em que um radialista o questionava sobre problemas enfrentados na administração pública em relação a obras de recapeamento asfáltico. (mais…)

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Baianas de acarajé denunciam perseguição da Sesp no Legislativo estadual

Ameaça à preservação da cultura das baianas de acarajé e perseguição da Secretaria de Serviços Públicos de Salvador (SESP) às quituteiras que comercializam seus produtos nos pontos da cidade. Essa foi a tônica da audiência pública promovida pela Comissão de Promoção da Igualdade do Legislativo estadual, que reuniu representantes da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), das secretarias estaduais de Promoção da Igualdade (Sepromi) e de Políticas para a Mulher (SPM) e a Associação estadual das Baianas de Acarajé e Mingau (Abam).

Segundo vários depoimentos, a atividade das baianas de acarajé nas praias tem sido colocada em suspeição pela SESP, que é acusada de impedir a instalação dos tabuleiros sob alegação de infringir a mesma norma federal que proibiu e retirou as barracas de praia na capital. “O verão vai chegar e não temos uma solução. Porque a Sesp persegue tanto as baianas?”, questionou Jacilene dos Santos, uma das diretoras da Abam. (mais…)

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MG: Professores se acorrentam em protesto na Praça Sete

 (Reprodução/TV Alterosa)
Cerca de 30 professores com faixas , cartazes e nariz de palhaço se acorrentaram no monumento

Há mais de três meses de greve, os professores reivindicam o imediato cumprimento do piso salarial

Há mais de três meses em greve, um grupo de professores resolveu iniciar uma nova modalidade de manifestação. Com faixas, cartazes e usando nariz de palhaço, cerca de 50 educadores se acorrentaram no pirulito da Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, desde o início da manhã desta segunda-feira.

De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), os grevistas vão permanecer no local por tempo indeterminado. Os professores reivindicam o imediato cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), de acordo com a Lei Federal 11.738, que regulamenta o salário.  (mais…)

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As comemorações do 11 de setembro chileno

A imagem do palácio de La Moneda bombardeado segue sendo sinônimo de horror e tristeza e, por certo, um tema que segue dividindo os chilenos. Mas este ano uma atmosfera diferente cerca o 11 de setembro no Chile. Os protestos massivos de estudantes e trabalhadores contra o governo de Sebastian Piñera, o clima de efervescência social e o assassinato de um jovem por policiais durante esses protestos compõem um novo cenário para a data.

Christian Palma – Correspondente da Carta Maior

Neste domingo fazem 38 anos que Augusto Pinochet, o genocida general chefe das forças armadas chilenas, liderou um golpe militar que derrubou pela força o presidente Salvador Allende e deu início a uma das etapas mais obscuras na história do Chile, que deixou milhares de mortos e desaparecidos, convertendo a ditadura chilena em uma das mais sangrentas e um ícone mundial do que nunca mais deve-se fazer e permitir.

A imagem do palácio de La Moneda bombardeado segue sendo sinônimo de horror e tristeza e, por certo, um tema que segue dividindo os chilenos. Mas este 11 de setembro não será igual. Se, no ano passado, a data foi classificada pelo governo de direita liderado por Sebastián Piñera, como a “mais tranquila em muitos anos”, graças a um forte aparato policial que conteve os manifestantes e à anestesia que ainda dominava a cidadania como efeito do terremoto e do tsunami que devastou grande parte do país, este ano a situação é bem diferente. (mais…)

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II Encuentro Continental de Formadoras y Formadores Agroecológicos

Declaración Final del II Encuentro Continental de Formadoras y Formadores Agroecológicos

 

El mundo se encuentra enfrascado en múltiples crisis generadas por la codicia inherente al sistema capitalista, caracterizado por la dominación del capital sobre la producción de los bienes de la naturaleza. Entre ellas la Crisis Alimentaria y la Crisis Climática.  El hecho de que el numero de personas hambrientas en el mundo haya subido de 800 millones a mil millones en los últimos años, aunado a la terrible hambruna en Somalia, muestra que el sistema alimentario dominante de la corporaciones es incapaz de alimentar al mundo, a la vez de que las emisiones de gases de efecto invernadero producidos por el mismo modelo calientan el planeta y dañan a la Madre Tierra.

El capital, representado por las corporaciones, los medios de comunicación, educación formal, las transnacionales, el latifundio y el agronegocio actualmente han cambiado su discurso apropiándose de términos y concepciones construidas a lo largo de la historia por los pueblos.

La Vía Campesina, por otro lado, tiene la propuesta de la agricultura agroecológica, campesina, indígena, comunitaria que se presenta como pilar fundamental en la construcción de la soberanía alimentaria. Este modelo de agricultura produce alimentos sanos, basados en la diversificación de cultivos, en nuevas relaciones entre hombres, mujeres y la naturaleza, en la eliminación del uso de agrotóxicos, de transgénicos y la dependencia del capital. (mais…)

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EUA silenciam diante do 11 de setembro do qual foram carrascos, 38 anos atrás

Nenhuma homenagem na imprensa aos vitimados do 11 de setembro que acabou com as esperanças de um povo e instaurou uma ditadura militar sanguinária

Antes de serem vítimas do 11 de Setembro de Osama bin Laden, os Estados Unidos foram algozes num outro 11 de setembro, no Chile, 38 anos atrás. O golpe que derrubou o presidente socialista Salvador Allende, com apoio norte-americano, instaurou uma ditadura brutal, responsável pela morte de seis mil pessoas e pelas torturas cometidas contra 28 mil, na estimativa conservadora dos registros oficiais.

Mas se lições ligam estes dois episódios, elas não foram aprendidas. É o que disse ao Opera Mundi “um dos protagonistas desta data negra para o Chile”, o cientista político Heraldo Muñoz, de 63 anos, membro do breve governo Allende. Hoje, Muñoz é subsecretário geral do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), em Nova York. Mas o cargo diplomático não o impediu de fazer uma leitura crítica da política norte-americana.

“Estas duas histórias se comunicam pela porta dos fundos, já que os EUA  foram atores em ambos os casos”, disse Muñoz, em entrevista concedida por email. “Primeiro, Washington ajudou a perpetrar a violência no Chile contra um povo indefeso. Mais tarde, os norte-americanos foram objeto da violência fanática no 11 de Setembro de 2001, que também cobrou vitimas inocentes. Mas não sei se a lição histórica – da necessidade de respeitar irrestritamente os direitos humanos – foi aprendida por eles”, afirmou.  (mais…)

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Carcinicultura e colapso ambiental

Jeovah Meireles*

A carcinicultura (criação de camarão em cativeiro ou camarão de granja) faz parte da lógica da modernização agrícola adotada pela indústria agroalimentar mundial que obedece ao modelo desenvolvimentista agroexportador de matérias-primas.

Para alcançar níveis elevados de produção, os danos socioambientais deste “desenvolvimento” foram: privatização de territórios ancestrais de comunidades de pescadores e indígenas; extensas piscinas substituindo a biodiversidade do ecossistema manguezal por monoculturas; danos à produção de bens e serviços ambientais – principalmente os associados aos nutrientes, captura de dióxido de carbono e proteção do litoral contra a erosão – por um sistema de cultivo ineficiente; impactos cumulativos nas bacias hidrográficas, com graves externalidades socioambientais.

Constatou-se que esta atividade industrial dentro dos manguezais comportou-se de forma desigual e autoritária, caracterizada pela disputa e concentração de poder na apropriação e mercantilização dos espaços e dos recursos ambientais. (mais…)

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