Na Colômbia, mais precisamente na região geográfica dos Montes de María, estratégias de compensação climática, como os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) e o reflorestamento voluntário, “matam” vários coelhos com uma cajadada só. É o que denuncia o artigo “A luta contra a mudança climática como ferramenta para a legalização do saque, controle territorial e imposição de megaprojetos agroindustriais”, da Corporação Social para a Assessoria e Capacitação Comunitária (Cospacc).
Segundo a organização, o conglomerado Argos S.A., composto por 31 empresas colombianas e 51 estrangeiras, desenvolve projeto que resulta em deslocamentos forçados, assassinatos de lideranças e militarização. Com a plantação da árvore Teca, a Argos, garante controle territorial por, no mínimo, 25 anos; apóia grupos paramilitares e, de quebra, terá lucro de milhões de dólares.
De acordo com o artigo, desde 1982 a Argos refloresta regiões dos departamentos de Cauca, Antioquia, Sucre, Boyacá e Córdoba. 66% da madeira é Teca, que não por acaso tem alto valor. As plantações de Teca se concentram nos Montes de María, nos municípios de San Onofre (2.025 hectares), e Ovejas, San Jacinto e Carmen de Bolívar (10 mil hectares), e Puerto Libertador, em Córdoba (2.200 hectares). (mais…)

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Médio São Francisco publicou na quinta-feira (1º), no Diário Oficial do Estado da Bahia, edital do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) da comunidade remanescente quilombola Curral da Pedra, no município de Abaré (BA), no Sertão baiano. A comunidade é composta por 102 famílias e o território identificado e delimitado possui área de 4.515 hectares.
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