O caso de Caetité, BA: Progresso para quem? Contradições da exploração minerária

Um olhar a partir das falsas promessas de desenvolvimento em Caetité.

O município de Caetité é conhecido internacionalmente pelas riquezas do seu subsolo, é sabido que aqui pode ser encontrado urânio (a maior mina a céu aberto da América Latina), ametista, manganês, calcedônia, barita, ouro, amianto, topázio e ferro (com sucessivos estudos e exploração por diversas empresas). Porém, o que pouco se comenta é que a exploração dos recursos minerais provoca profundas mudanças na vida da população de Caetité, mudanças essas que nada tem a ver com progresso ou melhoria da qualidade de vida, muito pelo contrário é dado que a cidade, por conta das atividades minerárias tem um alto índice de migração forçada, comprometimento de aguadas e da vegetação, formando uma teia de desajuste ambiental. (mais…)

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Investigação do TCU e revitalização do Velho Chico estão no caminho da transposição

Canal do eixo norte da transposição, ainda em construção em cabrobró (PE), com água da chuva represada: projeto prevê ramal de 402 quilômetros que chegará ao ceará, paraíba e rio grande do norte (Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Canal do eixo norte da transposição, ainda em construção em cabrobró (PE), com água da chuva represada: projeto prevê ramal de 402 quilômetros que chegará ao ceará, paraíba e rio grande do norte

A controversa obra de transposição do São Francisco, idealizada por Dom Pedro II (1825-1891), mas que só começou a sair do papel no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, promete levar água, até 2025, a mais de 10 milhões de habitantes de centenas de cidades de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A chamada Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, como foi oficialmente batizada, já rasgou dezenas de quilômetros no sertão do Nordeste por meio de canais revestidos de cimento, mas ainda esbarra em problemas ao longo do rio e fora dele. A prometida revitalização ainda não deu fim ao assoreamento em trechos do rio. Parte da obra também está sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU).

O projeto de transposição, orçado em R$ 5 bilhões, prevê a construção de dois canais. O primeiro, cujo início é próximo a Cabrobó, a 530 quilômetros de Recife, é chamado de Eixo Norte e percorrerá 402 quilômetros até os rios Salgado e Jaguaribe, ambos no Ceará, Apodi, no Rio Grande do Norte, e Piranhas-Açu, que corta a Paraíba e o Rio Grande do Norte. O segundo ramal, o Eixo Leste, cujo início é no município de Floresta (PE), também está em obra para levar parte do leito ao agreste de Pernambuco e da Paraíba. Além de empresas que venceram licitações, alguns trechos também são feitos pelo Exército, como o canal próximo a Cabrobó. (mais…)

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Artesanato, pesca e agricultura ainda garantem sustento a famílias ribeirinhas

Fã de aleijadinho, mestre Roque Santeiro já vendeu imagens para europa e ásia. o ex-presidente lula também comprou uma peça (Gladystonb Rodrigues/EM D.A Press)
Fã de aleijadinho, mestre Roque Santeiro já vendeu imagens para europa e ásia. o ex-presidente lula também comprou uma peça

Três das atividades mais antigas da humanidade resistem ao longo do São Francisco. A agricultura e a pesca garantem a sobrevivência de milhares de ribeirinhos, que oferecem o excedente nos tradicionais mercados municipais das cidades banhadas pelo rio. O artesanato da região, cuja fama ultrapassou as fronteiras do Brasil com as carrancas esculpidas em Petrolina e em Juazeiro, também mostra fôlego e contribui para o crescimento do setor – no país, estima-se que o artesanato movimente R$ 50 bilhões por ano e garanta renda a 8,5 milhões de pessoas.

Os 20 artesãos que ganham a vida na oficina do Mestre Quincas, um dos endereços mais procurados pelos turistas em Petrolina, trabalham em ritmo acelerado durante toda a semana. Eles esculpem imagens sacras, animais e carrancas feitas com grossos troncos de umuarama. “São árvores derrubadas para dar lugar às plantações de uva, manga… Morreram para dar vida à arte”, diz mestre Roque Santeiro, como é conhecido Roque Gomes da Rocha, de 50 anos.
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Assentados do Pará relatam medo e evitam sair de casa

O lavrador Manoel Santos Silva parou ontem sua canoa na lagoa em frente à casa do agricultor José Martins, no assentamento agroextrativista de Nova Ipixuna (sudoeste do Pará) onde três pessoas foram assassinadas em menos de uma semana. A reportagem é de Fábio Guibu e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 01-06-2011.

Ele desceu do barco para comprar a farinha fabricada pelo vizinho, mas não encontrou ninguém lá. Martins correu antes para se esconder no meio da floresta.

Ameaçado de morte por grileiros que incendiaram sua casa, o colono deixou para trás panela no fogão de lenha e mandiocas descascadas no chão de terra batida. (mais…)

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Andrade Gutierrez inicia Belo Monte

A Andrade Gutierrez assumiu definitivamente o papel de comunicadora e líder da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. O desafio para o grupo mineiro, que pela primeira vez assume a liderança de um grande projeto no setor elétrico, não será só de engenharia. A empresa terá que administrar o interesse de dez diferentes empreiteiras e do próprio governo federal que quer transformar a obra em um exemplo do PAC, revertendo a má imagem dos conflitos com trabalhadores na usina de Jirau, no Rio Madeira. A reportagem é de Josette Goulart e publicada pelo jornal Valor, 01-06-2011.

Os integrantes do consórcio construtor Belo Monte já aportaram R$ 800 milhões para dar início à compra de equipamentos e às obras. Em seu pico, elas terão quase 19 mil trabalhadores, distribuídos em diferentes canteiros em meio à floresta amazônica paraense. O consórcio será uma empresa independente, com 12 diretores, e já nasce maior que muitos de seus próprios sócios. O contrato fechado com a Norte Energia, que reúne os donos do empreendimento, é de cerca de R$ 15 bilhões. (mais…)

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Insegurança jurídica por causa do novo Código Florestal é pano de fundo de assassinatos no Pará

A alteração do Código Florestal e a perspectiva de anistia a desmatadores são fatores que causam tensão e, por esse motivo, podem ser considerados “pano de fundo” do assassinato do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, mortos na semana passada no assentamento agroextrativista Praialta-Piranheira, em Nova Ipixuna, no interior do Pará.  Dois dias depois, o agricultorEremilton Pereira dos Santos foi encontrado morto no mesmo local. A reportagem é de Juliana Maya e Gilberto Costa e publicada pela Agência Brasil, 31-05-2011.
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Federação de trabalhadores rurais denuncia nova ‘lista da morte’ no Pará

Um sindicalista, um agricultor e dois vereadores de Nova Ipixuna, no sudeste do Pará, seriam os novos integrantes de uma lista de marcados para morrer na região, segundo denúncia feita nesta terça-feira, 31, pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri). A entidade afirma que madeireiros e fazendeiros disseminaram um “clima de terror” no assentamento Praialta/Piranheira, onde foram mortos a tiros o casal de ambientalistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, na última terça-feira, 24, e no sábado, 28, o agricultor Erenilton Pereira dos Santos. A reportagem é de Carlos Mendes e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 01-06-2011.
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Farmanguinhos sedia a VIII Reunião de Gestores e I Reunião do Comitê Científico das Redes Fito

Farmanguinhos/Fiocruz sedia, nos próximos 2 e 3 de junho, a VIII Reunião dos Gestores e I Reunião do Comitê Científico das Redes Fito. O encontro contará com representantes de quatro dos seis biomas brasileiros (Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica SP e Mata Atlântica RJ) que integram o Sistema Nacional de Redes Fito. O objetivo das redes é apresentar e discutir os projetos estratégicos e prioritários para inovação em fitomedicamentos.

O evento é organizado pelo Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde de Farmanguinhos – NGBS – que trabalha na articulação de diversos segmentos (públicos, acadêmicos e empresariais) para a formação de uma rede de biodiversidade estruturada. Durante os dois dias de encontro será discutida a reestruturação das redes para aprimorar o desenvolvimento tecnológico a partir da biodiversidade brasileira. Na ocasião será instaurado e empossado o Comitê Científico. Esse grupo é formado por representantes de cada bioma, que integra as redes e atuará no Conselho Editorial da Revista Fitos, produzida pelo NGBS/Farmanguinhos/Fiocruz em parceria com a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac). (mais…)

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Piada de hoje: Paulo Henrique Amorim deve indenizar Ali Kamel

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a sentença de primeeira instância que condenou o jornalista Paulo Henriqu Amorim a indenizar em R$ 30 mil por danos morais o diretor de jornalismo da TV Globo, Ali Kamel. O jornalista havia dito em seu site que Kamel é racista. No dia 19 de abril, a 1ª Câmara Cível da mesma corte já havia condenado o blogueiro a indenizar em R$ 200 mil o banqueiro Daniel Dantas, por abuso do dever de informar.

Em seu blog, Amorim criticou Ali Kamel pela autoria do livro Não Somos Racistas. Uma reação aos que querem nos transformar numa nação bicolor: “Racista é o Ali Kamel”; “Ali Kamel, aquele que escreveu um livro racista para dizer que não há racismo no Brasil”.

Na sentença de primeiro grau, a juíza Ledir Dias de Araújo ressaltou que as críticas jornalísticas são sustentáveis e incentivam as pessoas a formarem as suas opiniões, mas não podem, de forma aleatória ou falsa, imputar crime a alguém . “Restou provado o abuso cometido pelo réu ao expor sua opinião acerca da pessoa do autor, ao relacioná-la ao livro de autoria deste e, ainda, de forma extremamente ofensiva, o que acarreta o dever de indenizar”. (mais…)

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Quince años de lucha contra la megaminería

Durante quince años, el Frente Amplio Opositor (FAO) ha logrado articular una resistencia incansable para denunciar, visibilizar y difundir el irreparable daño ambiental, social y cultural que la Minera San Xavier (MSX) provoca en el Municipio de Cerro de San Pedro y la ciudad de San Luis Potosí a partir de la explotación a gran escala de las riquezas minerales de la zona, en particular oro y plata.

A pesar de las masivas movilizaciones impulsadas durante años y de las numerosas batallas legales ganadas contra la empresa, una ejecutiva decisión del gobierno federal avaló el inicio de las operaciones en 2006 como un gesto político hacia los intereses de un sector que necesitaba el camino despejado para consolidar las cuantiosas inversiones que comenzaban a inundar el país. En ese marco, la disputa en torno al proyecto minero en Cerro de San Pedro se convirtió en un símbolo de la lucha contra el modelo de despojo que hay en el país y en una referencia para las resistencias que pronto comenzarían a emerger en todo el territorio nacional. (mais…)

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