“Imprensa racista dos séculos XIX e XX contribuiu para a difusão negativa da identidade negra”

Motivadas por teorias racistas de estudiosos como Afrânio Peixoto, Lombroso e Nina Rodrigues, a imprensa pregava o não reconhecimento do ser negro.

Fatos noticiados da mídia entre o ano 1888 e 1937 foi tema principal do último encontro do semestre do Curso Conversando com sua História. O evento realizado na última terça-feira, 21 de junho, promoveu um intenso debate entre palestrante e o público, na Sala Kátia Mattoso da Biblioteca Pública. A abordagem histórica e objetiva da professora Meire Lúcia Alves esmiuçou detalhes importantes incluídos em seu trabalho de pesquisa “A cor da notícia: discursos sobre o negro na impressa baiana (1888-1937)”. Centralizadas nas questões raciais e tendo como foco principal as mulheres negras, a autora revelou uma imprensa tendenciosa de caráter intolerante, machista e totalmente racista.

Estudo – Após realizar uma pesquisa minuciosa em dois jornais que circularam entre o século XIX e XX, o Diário da Bahia (1865) e o Diário de Noticias (1875) e dois dos últimos séculos A Tarde (1912) e o Estado da Bahia (1933), a autora destacou em temas como: a religiosidade, a saúde, gênero e as manifestações culturais negras e indígenas como de maior intervenção negativa dos meios de comunicação da época, apontando o racismo como fator preponderante para a discriminalização do negro. “A imprensa exigia diariamente uma presença mais atuante da polícia para punir exemplarmente os sambas, candomblés e batuques. Além de caracterizar as mulheres negras de “mulheres que tem cabelos nas ventas” pelo comportamento mais autônomo e independente, algo não aceito pela sociedade machista da época”, afirma. (mais…)

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E o Prêmio “Cancer Culprit Award” (Prêmio de Culpado por causar Câncer) vai para… BRASIL E CANADÁ!

Em 23/6/2011, em Genebra,  na  reunião das Nações Unidas (ONU),  Brasil e Canadá foram escolhidos pelas ONGs para receberem o CANCER CULPRIT AWARD (Culpado por Provocar Câncer) durante a COP5 (Conferência das Partes dentro dos quadros da Convenção de Roterdã, que estabelece regras para o comércio internacional dos produtos tóxicos)

Na página do “THE CANCER CULPRIT AWARDS“, a qual transcrevemos abaixo em português, está a justificativa pelo qual o Brasil mereceu tal “premiação” ou melhor dizendo este anti-prêmio.

“Brasil, por não ter posição sobre incluir na lista o amianto crisotila para fins de consentimento prévio informado dos importadores sobre a sua nocividade, embora seja o terceiro maior produtor e exportador mundial. Brasil poderia ter liderado os países produtores em apoiar a inclusão, mas por vários anos os ministérios brasileiros têm discutido suas posições sem nenhum progresso. É importante que os cidadãos brasileiros saibam como seu país se posiciona e a sua responsabilidade como grande produtor.”

Enviada por Fernanda Giannasi.

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Altamira. Conflitos anunciados

Situação em Altamira tende a se acentuar com a chegada de um grande número de pessoas e o êxodo de moradores que serão desalojados por Belo Monte. A reportagem é do sítio do Cimi, 22-06-2011.

Nem mesmo a hidrelétrica de Belo Monte ensaia sair do papel, já começaram os conflitos na região de Altamira, no Pará. Previsto desde as discussões iniciais sobre o projeto, os problemas imobiliários se alastram por toda parte. Dezenas de famílias já estão desalojadas. Elas são oriundas de áreas conhecidas como baixões, que serão alagados pela usina. Outras tantas estão a caminho da cidade sob a promessa de que lá encontrão mais oportunidades de trabalho e melhor qualidade de vida.

O medo do possível alagamento e a incerteza em relação às indenizações prometidas pelo governo federal e pelo consórcio Norte Energia – responsável pela obra -, tem provocado a mudança de dezenas dessas famílias para terrenos que ficam às margens de Altamira, ou mesmo para a própria cidade, onde a especulação imobiliária e a procura por casas têm elevado de forma vertiginosa o preço dos aluguéis. (mais…)

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Sem teto ocupam terreno da Eletronorte e são retirados a bala pela polícia

Cerca de 150 famílias oriundas de bairros que serão alagados pela construção da Usina de Belo Monte foram despejadas violentamente nesta quarta, 22, de um terreno ocupado no inicio da semana em Altamira. Sem mandado de reintegração de posse, as polícias Civil e Militar usaram balas de borracha e bombas de gás para despejar os ocupantes. 40 pessoas foram detidas e levadas a delegacia – entre elas, três menores de idade. A notícia é do Movimento Xingu Sempre Vivo, 23-06-2011.

Segundo a Polícia Civil, a área urbana ocupada pertence à Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte), na parte alta da cidade de Altamira, no Pará

A ação policial foi violenta, de acordo com os sem-teto. “Eles chegaram com tudo, apontando arma na nossa cara”, diz um dos despejados. “Aproveitaram a hora do almoço e o fato de não ter nenhum canal de televisão aqui naquela hora”. Enquanto colhíamos estes depoimentos, era possível ouvir o som das bombas e tiros na área interna do terreno. Não era permitido à imprensa entrar para acompanhar a ação da PM. (mais…)

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