Nas práticas do plantio, as mulheres buscam uma maior diversidade de espécies como: hortaliças, frutas, flores e plantas medicinais e quase sempre são as responsáveis pelo início dos processos de transição agroecológica.
As mulheres são as principais responsáveis pela manipulação dos remédios caseiros no âmbito familiar e comunitário, a partir do cultivo de plantas medicinais nos quintais e em hortas ou coleta de plantas em áreas de reserva.
Esse conhecimento tradicional das agricultoras guarda várias informações sobre a propriedade das plantas, sua qualidade, valor medicinal e sua função para a saúde humana e animal.
A necessidade de fortalecer essas vivências e saberes constitui-se em ações de resistência do saber tradicional e enfrentamento do poder da indústria farmacêutica e do “mercado da doença”.
É importante analisarmos porque estes conhecimentos vêm sendo invisibilizados e marginalizados, os remédios caseiros substituídos por sintéticos… sabemos que existem interesses de empresas transnacionais na nossa biodiversidade e nas mulheres como uma possibilidade de mercado.
É essencial garantirmos de que maneira essas experiências podem contribuir para a autonomia das mulheres, como também para soberania dos povos. Por isso os resultados deste seminário serão compartilhados com mulheres e homens da Articulação Nacional de Agroecologia e das demais redes e movimentos que promovem esse esperado encontro.
Para que:
- Visibilizar e fortalecer o papel das mulheres no cultivo, preparo e uso das plantas medicinais;
- Resgate e valorização das plantas medicinais;
- Identificar e mapear as conhecedoras das plantas medicinais;
- Trocar experiências, ampliar e fortalecer o conhecimento das mulheres;
- Desencadear ações de articulação em torno do tema e dinamizar os grupos e redes na perspectiva da auto-organização das mulheres;
- Debater sobre o do Programa Nacional de Plantas Medicinais, o marco legal e as implicações na vida das mulheres;
- Promover uma articulação nacional das redes e movimentos que trabalham com saúde e plantas medicinais.
Programação
16/09/2010 (5ª feira)
Manhã:
– Abertura: mística e apresentação
– Modelo de Desenvolvimento e implicações na vida das mulheres e plantas medicinais
Participantes: Movimento de Mulheres Camponesas; Marcha Marcha Mundial de Mulheres; Instituto de Mulheres Negras do Amapá
Debatedora: Maria Emilia Pacheco (FASE/GT Mulheres)
Tarde:
– Visitas às experiências do Pólo da Borborema e Centro Nordestino de Medicina Popular: Coletivo Regional Cariri, Curimataú e Seridó
17/09/2010 (6ª feira)
Manhã:
– Carrossel de Experiências
Tarde:
– Política Nacional de Plantas Medicinas e acesso à biodiversidade
Participantes: Mª José Guazzeli – a confirmar – (Campanha Terminar Terminator); Diana Mores (Centro Nordestino de Medicina Popular); Larissa Parker (Terra de Direitos/GT Biodiversidade)
Noite: FEIRA DE SABERES E SABORES
18/09/10 (sábado) – Manhã:
– Trabalho em grupos com questões orientadoras para síntese de propostas
– Encaminhamentos finais
– Avaliação do encontro
– Mística de Encerramento
Somos muitas…
E não temos recursos pra trazermos todas as experiências do Brasil, por isso as experiências têm que ter uma articulação com algum grupo, movimento ou rede, pra que uma experiência represente um conjunto de experiências mais amplo. A comissão organizadora identificou redes regionais e movimentos nacionais que articulam o tema mulheres e plantas medicinais e está entrando em contato com as organizações para que estas indiquem os nomes das participantes. As vagas estão divididas da seguinte forma:
Amazônia/Cerrado
RMERA, IMENA, OMIR,Rede Acreana de Mulheres e Homens, Parteiras, GIAS, NACE – 10 vagas
Sudeste
Articulação PACARI, Rede FITOVIDA, AMAU, AMA, Natureza em Ação, Casinha de Cultura, Giramundo, ACERLV – 16 vagas
Sul
Rede ECOVIDA – 3 vagas
Nordeste
ASA, MMTR, MQCB, Comunidades de Terreiro, Centro Nordestino de Medicina Popular, Rede de Mulheres do Pajeú, Rede Xique-xique, Rede de Mulheres da Bahia, Rede de Mulheres do Ceará,Casa da Mulher do Nordeste, CF8 – 25 vagas
Movimentos Nacionais
MMC, MST, MMM, Contag, MPA, Fetraf, CPT, ABA – 25 vagas
Comissão organizadora: GT Mulheres da ANA (CTA/ZM e FASE), GT Biodiversidade da ANA (Rede – BH), MMC, MMM (Esplar), Centro Nordestino de Medicina Popular, Articulação Pacari, Rede Fitovida, Pólo da Borborema, AS-PTA – 10 vagas
Como tem mais organizações querendo participar do que recursos captados para o evento, reservamos 36 vagas para organizações que possam custear a participação de suas representantes.
Contatos:
Ana Barros – [email protected]
Adriana Galvão – [email protected]
Adriana Gondim – [email protected]
Beth – [email protected]
Diana Mores – [email protected]
Léa – [email protected]
Nenzinha – [email protected]
Viviane Ramiro – [email protected]
Vanessa – [email protected]