A primeira UPP foi implantada em 2008, na favela Santa Marta. Hoje, há unidades em vinte localidades.
Nestes quatro anos, o que de fato aconteceu? Houve redução da presença de bandos armados e dos confrontos entre grupos de traficantes e entre estes e a polícia? Qual o impacto das UPPs na vida cotidiana e na sociabilidade dos moradores das localidades onde estão implantadas?
Questões como estas serão discutidas nos dias 26 e 27 de novembro, quando acontece o Seminário “Favela é cidade: as UPPs, a proposta de pacificação e a população do Rio de Janeiro”, na favela Santa Marta.
O encontro, uma realização do Ibase com a PEEP (Programa de Estudos da Esfera Pública – EBAPE/FGV) e CEVIS (Coletivo de Estudos sobre Sociabilidade e Violência), acontece na Unidade Pré-Escolar Padre Anchieta/UNAPE. E um dos objetivos principais é privilegiar o ponto de vista dos moradores que, em geral, são pouco ouvidos no debate público.
– As UPPs expressam uma política pública muito recente e, como qualquer nova iniciativa, precisa ser acompanhada, criticada e orientada para se estabilizar como uma forma de intervenção pública democrática, eficiente e eficaz – defende Itamar Silva, diretor do Ibase.
Na programação,“UPPs, direitos e serviços públicos – cidadania e mercado”, com Sônia Fleury (PEEP), L. A. Machado da Silva (CEVIS), Alan Brum (Raízes em Movimento) e Monica Francisco (Favela do Borel); “Sociabilidade juvenil e polícia”, com Rapper Fiell (Santa Marta), Lia Rocha (CEVIS), Lula (Chapéu Mangueira) e Arley Macedo (Rocinha); “O debate público, a prática das UPPs e a vida associativa local”, com Cleonice Dias (Cidade de Deus), Luis Carlos Fridman (CEVIS), Dejanira Deise (Favela Batan) e Deise Carvalho (Morro do Cantagalo) e “Roda de conversa entre as redes”, coordenada por Itamar Silva, do Ibase.
SERVIÇO:
Dias: 26 (segunda) e 27 (terça) de novembro, a partir das 9h.
Local: Salão da UNAPE/ Padre Anchieta
Rua Marechal Francisco de Moura, 183, Santa Marta, Botafogo.
Informações à imprensa: Mariana Claudino – (21) 8133-3192
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