Tensão volta à terra de Dorothy Stang

A violência na Amazônia é sem fim. Cinco anos depois da freira Dorothy Stang ser assassinada em Anapu (PA), a área que ela defendia como projeto de desenvolvimento sustentável, o PDS Esperança, volta a ser alvo de madeireiros. A notícia é do síto do Greenpeace Brasil, 01-09-2010.

A invasão das terras para extração ilegal de madeira tem causado conflitos e elevado o grão de tensão. Dois caminhões – pelo menos um deles da Comissão Pastoral da Terra – foram incendiados. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o Ibama apreendeu caminhões que entraram ilegalmente na floresta do PDS, mas as fiscalizações estão paralisadas.

As florestas são essenciais para que as cerca de 100 famílias que moram lá, em um assentamento criado após a morte de Dorothy, possam se manter. Elas produzem alimentos em um sistema florestal consorciado, que permitiu a eles se tornarem os maiores produtores de cacau do município, além de trabalharem ainda com laranja, castanha do Pará, açaí e café, sem derrubar árvores como o mogno.

A situação é tão complicada nesse momento que houve um pedido para a Força Nacional voltar à região. O pedido contudo ainda não tem a data para ser cumprido, se o for. Impunidade é um dos muitos fatores que transformam certos rincões da Amazônia em terra de ninguém. Ou melhor, terra de grileiros, exploradores inescrupulosos e assassinos.

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=35921

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