Dona Júlia era considerada uma das índigenas mais idosas do Brasil. Ela estava internada em Corumbá. Morreu por falência múltipla de órgãos
A índigena da etnia Guató, Júlia Caetano, de 111 anos, morreu na manhã de segunda-feira (02), no Hospital de Caridade de Corumbá, distante 444 km de Campo Grande. Ela era considerada uma das indígenas mais idosas do Brasil.
A indígena foi transportada para o hospital na última sexta-feira (30), pelo comando do 6º Distrito Naval da Marinha do Brasil. A paciente não resistiu e morreu por falência múltipla dos órgãos. Ela será enterrada na Aldeia Uberaba, localizada na Terra Indígena Guató.
Dona Júlia, como era conhecida, era cega, tinha dificuldades na audição e andava devagar, devido a idade avançada. Ela vivia na companhia de um filho, de 67 anos, em uma casa na região do rio São Lourenço, parte mais alta da planície do Pantanal sul-mato-grossense.
Ela era uma das poucas representantes da etnia Guató que falava fluentemente o idioma tradicional – considerado ameaçado de extinção pela UNESCO.
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2012/04/indigena-da-etnia-guato-morre-aos-111-anos-em-corumba-ms.html