Por Caroline Maldonado
O IV Fórum de Educação Escolar Indígena de Mato Grosso do Sul, que acontece de 29 de setembro à 1º de outubro, contou com a presença de acadêmicos indígenas do estado, ontem, dia 30. Com o tema “Avanços e Desafios”, o segundo dia do Fórum teve mesa redonda com os professores Eliel Benites e Renata Castelão, da aldeia Te’ýikue e os professores Celinho Belizário, Eliseu Terena e Maria de Lourdes, da aldeia Cachoeirinha. À tarde, após as discussões em grupos, os professores convidaram representantes para falar um pouco sobre os acadêmicos.
O bacharel em Direito, Luiz Eloy Amado, representando o projeto Rede de Saberes, destacou a importância do movimento dos professores para os estudantes. “O movimento dos acadêmicos começa também junto aos professores indígenas, porque quando a Constituição Federal previu que a educação escolar indígena deveria ser específica e diferenciada, passaram a ser necessários professores índios para promover esta educação. Foi a partir de então que os povos indígenas começaram a demandar por ensino superior. Primeiro pela licenciatura intercultural e, logo depois, os demais cursos”.
Luiz aproveitou para convidar os presentes a participar da audiência pública “Educação Superior Indígena no Mato Grosso do Sul”, que acontecerá no dia 11 de novembro, na Assembleia Legislativa de MS. A ex-acadêmica da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Edimara Antônio Miguel, contou algumas das situações que vivenciou junto aos colegas durante um semestre na universidade. “Mesmo com todas as dificuldades estamos aqui lutando para que os outros não passem pelo que nós passamos”, disse ela.
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