Indígenas Aikewara na Comissão da Anistia – perdão e reparação

Foto reproduzida do Blog do Egon Heck
Foto reproduzida do Blog do Egon Heck

Por Egon Heck e Laila Menezes

Uma tarde de calor em Brasília. No Ministério da Justiça mais uma sessão ordinária da Comissão da Anistia.

Apreensão e muita expectativa. Um momento histórico, nesse dia 19 de setembro. Pela primeira vez vão ser julgados  processos de anistia solicitado por um povo indígena.

Depois de quatro horas, o presidente Paulo Abraão declara oficialmente “ A partir de hoje a história do Brasil tem que ser contada diferente”. O Estado brasileiro reconhece sua ação de exceção-repressão a povos indígenas e pede oficialmente perdão por essas ações e concede reparação (130 salários mínimos a cada um).

Dos 16 pedidos analisados, 14 foram reconhecidos pela Comissão.

Foram reconhecidos os crimes de exceção praticados pelos militares contra uma aldeia de indígenas de pouco contato e que praticamente não falavam português. Composta de apenas 40 adultos, a aldeia foi aterrorizada com a instalação de uma base militar ao lado da aldeia. Os homens foram praticamente todos obrigados a participar diretamente em serviços forçados, especialmente carregar munição, alimentos e pessoas assassinadas. Uma situação de horror que traumatizou a população da aldeia. Isso por três anos ( 1972 a 1975 – período do combate e extermínio da Guerrilha do Araguaia. (mais…)

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PR – Depois de 30 anos, assentados recebem o documento da terra

registro posse terra

MAB – No dia de ontem (19), moradores do assentamento Nova Conquista, município de Chopinzinho/PR, participaram de um ato público com a presença do prefeito municipal, secretário da agricultura, vereadores e representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e o Superintendente do INCRA Nilton Bezerra. Na oportunidade, foram entregues títulos para regularização fundiária do assentamento.

“Foram 30 anos de espera, sem acessar políticas públicas”, diz Darci do Nascimento morador da comunidade. “Sem o documento da terra, os agricultores não conseguiam participar dos programas do governo”, afirmou.

Essa conquista só foi possível através da persistência das famílias que tiveram o apoio do MAB, das entidades locais e da câmara de vereadores por meio do presidente, Amarildo Secco. (mais…)

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Emoção marca entrega de primeiros títulos a quilombolas catarinenses

Divulgação
Divulgação

Os três primeiros títulos parciais que marcam a retomada do território pelos remanescentes do quilombo foram entregues pelo Incra à comunidade

Click Camboriú

“Ao assinar esses documentos passou um filme na minha cabeça, lembrei de quando era pequeno, porque a gente se criou ouvindo que o quilombo tinha perdido suas terras e que isso não podia ter acontecido. Agora recebemos esses títulos com o compromisso de sermos os primeiros no estado a chegar a essa conquista e não vamos envergonhar os quilombolas de Santa Catarina”.

Carregada de sentimento, a fala de José Maria Lima, o Teco, presidente da Associação da Comunidade Quilombola Invernada dos Negros, no oeste catarinense, traz um pouco da jornada por trás dos títulos que tinha em mãos. História iniciada em 1877, quando a área foi legada por testamento a oito escravos e três libertos, que não regularizaram a situação do imóvel e foram, aos poucos, sendo expulsos do local. (mais…)

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Araguaia: Ex-soldado conta nova versão para a morte de guerrilheira

Comissão Nacional da Verdade

O professor universitário e advogado da União aposentado Carlos Orlando Fonseca de Souza contou à CNV o que sabia sobre a morte da guerrilheira Helenira Rezende de Souza Nazareth, a Fátima, ocorrida em setembro de 1972 no sul do Pará. Ele afirma que ela morreu em combate e não sob tortura.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

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MPF pede urgência no julgamento sobre uso de agrotóxico no Estado do Mato Grosso

Procuradores alertam para a alta neurotoxidade do produto

MPF

A Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR1) pediu urgência no julgamento que irá decidir se a importação e o uso do agrotóxico benzoato de emamectina no Estado do Mato Grosso é permitida ou não. A decisão será proferida pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região(TRF1), em Brasília.

O uso do agrotóxico já havia sido autorizado pelo próprio Tribunal, a pedido da União, em decisão monocrática do relator, desembargador federal Jirair Aram Meguerian. Houve recurso do MPF solicitando a reconsideração da decisão, mas como foi negado, a Procuradoria pediu que o caso fosse levado com máxima urgência à julgamento para a 6ª Turma.

Segundo o Ministério Público, não existem estudos conclusivos atualizados sobre a eficiência do uso do produto nas condições agrícolas brasileiras. Além disso, alerta para a alta neurotoxicidade da substância, que já foi comprovada após testes realizados em diversos animais e atestada por órgãos como Anvisa, Ibama e CTA. (mais…)

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MPF/ES: concluída 1ª fase de regularização do território da comunidade quilombola Linharinho

linharinhoRelatório de identificação e delimitação foi elaborado pelo Incra em atendimento à recomendação expedida pela Procuradoria da República em São Mateus

MPF/ES

O Ministério Público Federal em São Mateus (MPF/ES) conseguiu que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) concluísse o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) da Comunidade Quilombola Linharinho, localizada no município de Conceição da Barra, no Norte do Estado.

A Constituição de 1988 assegurou, no artigo 68 dos Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que aos remanescentes das comunidades de quilombos é reconhecida a propriedade definitiva de suas terras, devendo o Estado emitir-lhes os respectivos títulos. A elaboração do RTID é uma das fases deste reconhecimento. (mais…)

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Edital apoia projetos de enfrentamento às desigualdades raciais nas escolas

BaobáAs inscrições para o “Edital Gestão Escolar para a Equidade – Juventude Negra” estão abertas até 10 de outubro. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento e a implementação de práticas inspiradoras de gestão escolar que busquem elevar resultados educacionais dos jovens negros e das jovens negras

Seppir

A sua escola ou organização não governamental implementa ou deseja implementar ações para enfrentar as desigualdades raciais? Se a resposta for positiva, sua instituição pode se qualificar para concorrer a um apoio financeiro e técnico ao inscrever um projeto no Edital Gestão Escolar para a Equidade – Juventude Negra. As inscrições ficam abertas até 10 de outubro de 2014.

O Edital visa contribuir para o desenvolvimento e a implementação de práticas inspiradoras de gestão escolar que busquem elevar resultados educacionais de jovens negros e negras. A iniciativa é do ‘Baobá – Fundo para Equidade Racial’, do Instituto Unibanco e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com a colaboração técnica do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT). (mais…)

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Proteção das TIs em “xeque”

Os maiores focos de degradação foram identificados ao longo do Arco do Desmatamento, principalmente nos estados do Maranhão, Pará e Mato Grosso (© Greenpeace)
Os maiores focos de degradação foram identificados ao longo do Arco do Desmatamento, principalmente nos estados do Maranhão, Pará e Mato Grosso (© Greenpeace)

Abandonados pelo poder público e pelas entidades que deveriam garantir seus direitos, indígenas assumem as trincheiras de batalha para garantir a preservação suas terras, contra a ação de madeireiros ilegais

Greenpeace Brasil

No final de agosto o Governo divulgou, depois de mais de três anos de silêncio, os dados da degradação florestal na Amazônia. Superficialmente conclui-se que houve uma queda geral dos índices. Mas uma análise mais apurada aponta para um fato preocupante: 30% do território degradado entre 2007 e 2013 estava localizado dentro de áreas protegidas por lei. Curioso, entretanto, é o fato de que 84% destas áreas estavam localizadas dentro de Terras Indígenas (TI).

O ano passado foi especialmente ruim para os índios brasileiros, com a afirmação de políticas e direcionamentos que contribuíram ainda mais para a deterioração de seus direitos, como a interrupção de demarcações de novas TIs, o abandono dos órgãos responsáveis por resguardar seus interesses, a crescente no número de conflitos por terra, além da irrefreável pressão exercida pela exploração ilegal de madeira. (mais…)

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STF aplica critérios de Raposa Serra do Sol e afasta posse de terra indígena em MS [Vergonha!]

Guyraroká foi declarada terra indígena pelo Ministério da Justiça em 2009 (Foto: MPF/MS)
Guyraroká foi declarada terra indígena pelo Ministério da Justiça em 2009 (Foto: MPF/MS)

Portal STF

Por maioria de votos, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deu provimento ao Recurso Ordinário em Mandado de Segurança (RMS) 29087, reconhecendo não haver posse indígena em relação a uma fazenda, em Mato Grosso do Sul, que havia sido declarada, pela União, como área de posse imemorial (permanente) da etnia guarani-kaiowá, integrando a Terra Indígena Guyraroká.

A Turma aplicou nesta terça-feira (16) o entendimento firmado pelo Plenário do STF no julgamento do caso Raposa Serra do Sol (PET 3388) e decidiu reformar acórdão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que indeferiu mandado de segurança com o qual o proprietário da fazenda buscava invalidar a declaração da área como terra indígena. (mais…)

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Comissão concede anistia a 14 indígenas afetados na Guerrilha do Araguaia

Reprodução
Reprodução

Luciano Nascimento – Agência Brasil

A Comissão de Anistia reconheceu ontem (19) a anistia política a um grupo de índios da etnia Suruí vítimas da ação da ditadura militar durante a Guerrilha do Araguaia. Dos 16 pedidos analisados nesta sexta-feira, a comissão reconheceu 14. Em todos os processos os índios foram utilizados pelos militares para o reconhecimento do território e para servir de apoio nas perseguições aos guerrilheiros.

Ao reconhecer a violação dos direitos dos índios, o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, pediu desculpas pela ação do Estado brasileiro. “O conjunto de uma comunidade indígena também foi vítima da ditadura militar e que essa repressão, que aconteceu ao povo que vivia em torno da região da Guerrilha do Araguaia, atingiu não apenas os camponeses, os guerrilheiros, mas também as comunidades indígenas que lá estavam”, disse Abrão. (mais…)

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