Grupo de Trabalho do Araguaia apresenta nova expedição a familiares

Expedição, programada para acontecer entre os dias 9 e 25 de setembro, será composta por três fases. (Foto: Márcio Garcez)
Expedição, programada para acontecer entre os dias 9 e 25 de setembro, será composta por três fases. (Foto: Márcio Garcez)

A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República(SDH/PR) recebeu nesta segunda-feira (1º) um grupo de familiares dos desaparecidos políticos da Guerrilha do Araguaia, ocorrida na década de 70, para tratar de nova expedição.

A reunião marca a abertura da apresentação do planejamento da expedição arqueológica na região do Araguaia em busca de restos mortais de desaparecidos, coordenados pelo Grupo de Trabalho Araguaia (GTA).

Durante o encontro, o coordenador-geral da Comissão Especial, Rafael Schincariol, apresentou aos participantes a data da nova expedição, entre os dias 9 e 25 de setembro, e destacou a importância da transparência e clareza das atividades da comissão.

Vista como novo momento, a expedição será composta por três fases: o desenvolvimento de ações de memória sobre a Ditatura Civil-Militar brasileira, a realização de diagnóstico, prospecção e escavação arqueológica no Morro do Urutu e no seu desfiladeiro, e a realização de novas oitivas a partir das providências definidas nos relatórios individuais dos guerrilheiros.

Entre as ações, haverá debate com a comunidade local sobre o contexto político da Guerrilha do Araguaia, inclusão de uma segunda localidade de investigação arqueológica que fica em um precipício entre o Morro do Urutu e um paredão da região, conhecido como Sucupira, e novas pessoas – camponeses e população médica – serão ouvidas com o intuito de obter novo panorama para dar continuidade a um ciclo progressivo de investigação.

Após o início dos trabalhos na região do Araguaia, uma equipe de fotógrafos e cinegrafistas ficará responsável pelo registro da expedição, cujas imagens serão frequentemente divulgadas para os familiares, acompanhadas de um relatório resumido das atividades realizadas.

A expedição é feita em consonância com a nova portaria interministerial do Grupo de Trabalho Araguaia (GTA), que atribui à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República a Coordenação Geral dos trabalhos do GTA, ficando o Ministério da Defesa e o Ministério da Justiça responsáveis pelas dimensões logística e pericial, respectivamente.

O GTA – Desde o início dos trabalhos de busca na região do Araguaia – que inclui partes dos estados do Pará, do Maranhão e de Goiás, na Amazônia brasileira – feitos pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e, atualmente, pelo Grupo de Trabalho Araguaia, 27 restos mortais foram exumados e encaminhados à perícia para identificação. Até hoje foram identificados Maria Lúcia Petit da Silva e Bergson Gurjão Farias.

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