O nebuloso cenário dos agrotóxicos no Brasil. Entrevista especial com Robson Barizon

Foto: www.ambietica.com.br
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“Ainda há muita informação a ser gerada para que consigamos ter uma posição mais assertiva sobre a condição do meio ambiente em relação à contaminação por agrotóxicos no Brasil”, adverte o engenheiro agrônomo

IHU On-Line – Apesar de o Brasil ser o maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde 2008, é preciso “gerar muito mais informação para entender como está o cenário de uso de agrotóxicos no país”, diz Robson Barizon, um dos autores do estudo“Panorama da contaminação ambiental por agrotóxicos e nitrato de origem agrícola no Brasil: cenário 1992/2011”, realizado pela Embrapa neste ano. Segundo ele, ainda são produzidas poucas pesquisas em relação às implicações do uso de fertilizantes na agricultura.

“A restrição orçamentária talvez seja o principal ponto a ser desenvolvido, porque ainda não temos programas de monitoramento, como seria o ideal. Todos os estados deveriam ter um programa de monitoramento, considerando suas culturas e as moléculas mais utilizadas na região, e a partir das conclusões dos monitoramentos regionais/estaduais, deveriam ser tomadas as medidas para mitigar os impactos levantados por esses monitoramentos”, pontua, em entrevista por telefone à IHU On-Line. (mais…)

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Por que o racismo contra indígenas é o maior de todos no Brasil?

“Todas as potencialidades de uma tradução cultural que poderia constituir um Brasil plural e inclusive referencial para um novo modelo sócio-econômico ficam soterradas por um projeto monolítico com uma única missão: progredir, produzir, consumir”. O comentário é de Moysés Pinto Neto em artigo publicado no blog O Ingovernável. Eis o artigo

IHU On-Line – Admito que é uma estratégia que pode não apenas parecer de mau gosto, mas até de certa perversidade, ficar comparando graus de racismo. Pode parecer que se está desprezando o sofrimento de quem quer que o sofra em algum grau, e tudo isso já seria por si só eticamente inadmissível. No entanto, não é essa minha intenção. Ela é simplesmente a de chamar atenção para uma questão relevante e para um processo em curso que muitas vezes não encontra a mesma repercussão exatamente porque se está diante de um fenômeno extremado. É o caso do racismo contra os indígenas no Brasil.

Tradicionalmente tidos como “primitivos” e por muitos dados por “extintos”, os índios hoje constituem uma parte relevante da população brasileira inclusive populacionalmente, uma vez que vêm tendo alguns focos de recuperação após a Constituição de 1988 e o início das demarcações de terras diante de um massacre de 500 anos. A atribuição de “primitivos” hoje não faz qualquer sentido na medida em que são nossos contemporâneos, a menos que nos consideremos tão superiores aos demais povos que toda aquela cultura que não é a nossa é algo que está “atrás”, “chegando” na nossa, mesmo que ela se passe ao mesmo tempo, tomando diferença por inferioridade. Afora esse preconceito etnocêntrico, Eduardo Viveiros de Castro tem demonstrado ao lado de outros importantes antropólogos que a cultura indígena é também um referencial que pode ser uma linha de fuga para o colapso civilizacional que o Ocidente vive em termos ecológicos, à medida que se contrapõe à nossa “necessidade extensiva” como uma “suficiência intensiva”.

A vida baseada no baixo impacto ambiental dos índios contrapõe-se ao nosso impulso destrutivo que na maioria das vezes, embora materialmente insustentável, justifica-se com base em padrões messiânicos que, mesmo secularizados, continuam alimentando o imaginário político do Ocidente, sobretudo na ideia de “senhorio” da natureza, como se a Terra fosse nossa propriedade numa espécie de “destino comum” a que chegaríamos no fim da História. A forma ameríndia de pensar é completamente diversa, mas não cabe a mim, um mero iniciante nessas questões, desenvolvê-la. Queria apenas afastar qualquer tipo de justificação racional para a forma racista como o índio é visto, mostrando que se trata não de racionalidade, mas de racionalização (no sentido freudiano). (mais…)

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Há quem ame o país só nas Copas. Fora delas, quer que tudo se exploda, por Leonardo Sakamoto

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Leonardo Sakamoto

Um carro enfeitado com uma grande bandeira do Brasil avançava velozmente pelo acostamento para fugir do congestionamento na rodovia dos Imigrantes na manhã desta segunda.

Um casal, que saiu animado na tarde de ontem de um restaurante no Itaim, estacionou o carro – decorado de verde e amarelo – em uma vaga para pessoas com deficiência. O veículo não possuía nenhuma sinalização de pertencer a uma pessoa com deficiência.

No sábado, um outro possante – que parecia uma festa junina ambulante de tanta bandeirola verde e amarela – abriu a janela, arremessou uma latinha de cerveja vazia na direção de uma pessoa em situação de rua que dormia no canteiro central de uma avenida, em Pinheiros, e disparou, cantando pneus. (mais…)

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Concursos federais reservam vagas para negros

A reserva racial tem base na Lei 12.990/2014, sancionada no mês passado

SEPPIR – Dois órgãos federais abrem concursos com cotas raciais. O Instituto Federal de Brasília oferece 171 vagas e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), selecionará 100 novos servidores. Nos dois concursos, 20% dos postos deverão ser ocupados por candidatos autodeclarados negros. A regulamentação está baseada na Lei 12.990/2014, sancionada no dia 9 de junho último.

O Instituto Federal de Brasília abriu inscrições para o preenchimento de 13 vagas para os cargos de nível superior de Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, da carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. As vagas são para as áreas de Biologia ou Ciências Biológicas, Letras / Língua Espanhola e Literaturas, Letras / Língua Inglesa e Literaturas, Letras / Língua Francesa e Música.

Estão abertas também as inscrições para o provimento de 158 vagas para os cargos de nível Técnico Administrativo para diversas áreas. O período de inscrições prossegue até o dia 15 de julho de 2014.

A Anatel também oferece 100 vagas. Os salários variam de R$5.791,25, para os cargos de nível médio, até R$ 11.776,90, para os especialistas de nível superior. Do total de oportunidades, 64 serão para o nível médio, 68 para o superior e formação de cadastro de reserva. (mais…)

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Represión, exilio o muerte, consecuencia de defender el territorio en Guatemala

admin-ajax.php_1-391x260La historia de Chico, quien tuvo que huir de su comunidad debido a la represión que lanzó el gobierno contra quienes defienden su territorio de las empresas, es sólo una entre decenas más

Jaime Quintana Guerrero – Desinformémonos

Ciudad de Guatemala, Guatemala. El exilio e incluso la muerte son consecuencia de la defensa de la vida y el territorio en Guatemala, afirma Francisco Lucas Pedro, joven maya que vive fuera de su comunidad debido a la represión que trajo consigo la posible instalación de una hidroeléctrica en su territorio, Barillas.

Francisco Lucas Pedro, Chico, como lo conocen en su comunidad y su organización, es un maya qanjob originario de Yula Imxolá Santa Cruz, municipio de Barrillas. Las tierras de su pueblo están en riesgo de despojo por parte de la empresa Hidro Santa Cruz S.A., que pretende construir una hidroeléctrica.

Chico fue desplazado por el conflicto que generó el gobierno de Guatemala en una vasta región indígena. En entrevista con Desinformémonos, el indígena explica que su comunidad era tranquila antes de la llegada de la empresa, con los problemas que todos los pueblos presentan. Sin embargo, después de la llegada de Hidro Santa Cruz, se dejaron de respetar las formas de las comunidades y empezaron a violar la consulta comunitaria, así como los derechos individuales y colectivos, afirma. “Empezaron a circular por carreteras sin aviso y sin pedir permiso”, agrega. (mais…)

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Terratenientes agreden y queman viviendas de indígenas en Costa Rica

 

Los indígenas de la reserva Salitre exigieron al Ejecutivo sanción para los terratenientes (Foto:Nación)
Los indígenas de la reserva Salitre exigieron al Ejecutivo sanción para los terratenientes (Foto:Nación)

Indígenas de la reserva Salitre fueron agredidos por terratenientes costarricenses en los territorios ancestrales en Buenos Aires de Puntarenas, al sur de la capital. Los llamados “finqueros blancos” los sacaron por la fuerza de sus viviendas y luego procedieron a quemarlas

TeleSur – Terratenientes costarricenses agredieron este sábado a índígenas de la reserva Salitre, primero sacándolos por la fuerza de sus viviendas y luego procedieron a quemarlas, en un hecho ocurrido en Buenos Aires de Puntarenas, al sur de la capital, según un medio local.

Los comúnmente conocidos como “finqueros blancos”, llegaron en grupo de 80 en la noche de éste sábado con focos, piedras y armas para sacar a los indígenas por la fuerza de sus casas e incendiar los ranchos.

“En enero del año pasado, marcaron a un joven como si fuera ganado y a otro le cortaron los dedos de la mano. Ayer, nos quemaron los ranchos y yo tengo familia que, en este momento, está escondida en la montaña por temor a que los agredan”, dijo Yamilet Figueroa, una de las víctimas de la violencia. (mais…)

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