MST lança Biblioteca Digital da Questão Agrária Brasileira

size_590_bandeira-mstÉ com muita alegria que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra apresenta a todos interessados, pesquisadores e militantes das mudanças no campo brasileiro  nossa Biblioteca Digital da Questão Agrária Brasileira.

Essa Biblioteca virtual, construída na internet, representou os esforços coletivos de muitos companheiros/as e agora a lançamos oficialmente, durante o encontro nacional de pesquisadores da reforma agraria, realizado na nossa Escola Nacional Florestan Fernandes.

O Objetivo da biblioteca é reunir e organizar em um só sítio eletrônico o máximo possível de material produzido no Brasil que contribui com a luta pela terra, pela Reforma Agrária, Agroecologia e Soberania Alimentar.

Acreditamos que agrupar esta produção de conhecimento facilitará a pesquisa e o estudo de todas e todos que atuam na área, além do incentivo e da ajuda na divulgação dos trabalhos comprometidos com essa luta.

Nossa biblioteca está dividida em doze sessões:

  1. Livro
  2. Artigo e ensaio
  3. Dissertação e tese
  4. Revista
  5. Jornal
  6. Caderno de estudo e Cartilha
  7. Documento
  8. Literatura e Cultura do Campo
  9. Poesia
  10. Cartaz
  11. Videoteca
  12. Páginas na Internet

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Canadá – Manifesto por um ensino pluralista da economia

Traduzido e enviado para Combate Racismo Ambiental por Stéphen Bry, com o comentário: “Não acredito em coincidências! Pouco depois de ter lido a excelente entrevista de Tânia Bacelar de Araújo, encontrei um manifesto de estudantes em economia do Quebec, no Canadá. O que eles reivindicam, a pluralidade do ensino da economia, merece ter uma divulgação ampla e um apoio global. Afinal, nossa economia é global, é só globalmente que poderemos lutar contra ela. Por isso, traduzi para o português”. Petição dos Estudantes de Quebec Somos estudantes de economia dos três ciclos universitários e queremos através deste texto expressar nosso mal estar em relação ao ensino que recebemos. Esperamos suscitar uma reflexão sobre o futuro de nossa disciplina. Nós fizemos a escolha de estudar a economia com o objetivo de adquirir as ferramentas necessárias para entender e considerar de forma esclarecida os desafios econômicos de nosso tempo. No entanto, estamos frente a uma concepção na qual os modelos matemáticos substituem a compreensão dos fenômenos econômico em vez de os complementarem.A ciência econômica tal qual ela é vista nos cursos corresponde à visão dominante da economia, ‘ortodoxa’, que consideramos problemática por falta de contextualização e tende a se isolar de pelo menos três maneiras diferentes:

  • Primeiro, a visão dominante se isola das outras correntes de pensamento e não deixa espaço à grande diversidade de paradigmas existentes: institucionalismo, marxismo, austríaco [?], ecológico, economia das convenções e muitos outros.
  • Segundo, ela se isola da crítica, deixando pouco espaço às reflexões éticas, epistemológicas, filosóficas, políticas e históricas, que permitiriam refletir sobre a própria disciplina e assim se renovar continuamente.
  • Terceiro, ela se isola das outras ciências sociais, como a sociologia ou a psicologia, com as quais ela compartilha o mesmo objeto de estudo, ou seja, o ser humano.

Esta crítica é muito pertinente frente a uma economia e um mercado de trabalho em constante evoluição. Neste contexto, esperamos de nossa formação mais do que só estarmos expostos ao consenso atual. Nós desejamos desenvolver nosso pensamento crítico, assim como nossas capacidades de análise e de argumentação, necessários para adaptar nossa visão às mudanças.

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Será que o futuro Coordenador Municipal de Assuntos Indígenas de Campo Grande esteve presente na ‘Conferência’ ruralista?

Nito Nelson, cacique Guarani-Kaiowá (Foto: Wagner Guimarães e Roberto Okamura/ALMS)
Nito Nelson, cacique da Aldeia Água Bonita, na “Conferência” ruralista. Foto: Wagner Guimarães e Roberto Okamura – ALMS

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Com o título “Campo Grande terá Coordenadoria Indígena”, a Folha de Campo Grande noticia hoje, 12 de maio, declarações do prefeito Gilmar Olarte (PP), feitas na festa de 12º aniversário da Aldeia Água Bonita: vai [re?]criar a Coordenadoria Municipal dos Assuntos Indígenas, para “ampliar o atendimento das demandas por moradia, saúde, educação e infraestrutura nas comunidades, além de buscar financiamento federal para as obras”.

A matéria cita Gilmar Olarte – “A coordenadoria indígena facilita porque será possível mapear as necessidades mais urgentes” – e informa que já existem três nomes para o cargo, que será vinculado diretamente ao gabinete do prefeito: “dois de liderança terena e um guarani“. E acrescenta: “A nomeação está prevista para a durante esta semana”.

As aldeias da Capital que serão beneficiadas pela iniciativa, ainda de acordo com a notícia, são Darcy Ribeiro, no Noroeste, onde morariam 50 famílias, e Água Bonita, no Tarsila do Amaral, com 128 famílias.

Curiosamente, um dos indígenas presente à chamada “Conferência Estadual” montada pelos ruralistas na última sexta-feia, dia 9, foi o cacique Nito Nelson, da aldeia Água Bonita, guarani-kaiowá. E, contrariando as decisões da Grande Assembleia do Povo Terena, que na véspera lançara nota afirmando que “reafirmamos que eventual indígena que participar dessa audiência não estará respaldado na decisão dos conselhos dos povos indígenas. E qualquer pronunciamento individual não representa o posicionamento de nossas comunidades”, também estiveram presentes (ver AQUI) Marcio Justino, do Movimento Indígena Terena, e Danilo de Oliveira, presidente da chamada Associação Estadual dos Direitos dos Povos Indígenas e também terena. Este último, elogiou inclusive a realização da “Conferência”, afirmando que: “Fiquei muito contente com o convite para participar deste fórum, que tem como objetivo promover a paz”.

Coincidência interessante: existem três nomes para o cargo, “dois de liderança terena e um guarani”! Será que por acaso algum deles esteve presente à “Conferência” ruralista? Já que “a nomeação está prevista para a durante esta semana”, será que o nome do Coordenador Municipal dos Assuntos Indígenas por acaso será um dos acima citados?

Agora: o mais curioso de tudo mesmo e que a matéria omite totalmente é o fato de que a Coordenadoria de Assuntos Indígenas de Campo Grande não só já existia, como tinha titular, até ontem!!!

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Blog Especial – Associação Estadual dos Direitos das Comunidades Indígenas do MS: caminhando de mãos dadas com a Famasul e o agronegócio

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PA – Empresa terá que fornecer água e alimentos a famílias atingidas por vazamento de minério

Foto: MPF/PA
Foto: MPF/PA

Vazamentos de caulim ocorreram na semana passada em igarapés de Barcarena, prejudicando ribeirinhos que dependem das águas para consumo e pesca

Ministério Público do Estado do Pará

A Justiça Federal obrigou a mineradora Imerys Rio Capim Caulim a fornecer água e alimentos a famílias atingidas pelos vazamentos do minério caulim em igarapés de Barcarena, nordeste do Pará. O prazo para a entrega da água e dos alimentos é de 24 horas e começa a ser contado assim que a empresa for notificada, determinou decisão publicada em plantão da Justiça Federal neste final de semana.

O juiz federal Rafael Lima da Costa determinou que a empresa deve fornecer mensalmente 80 litros de água às famílias e R$ 77 em alimentos por família atingida. O valor da alimentação deve ser aumentado em R$ 35 por dependente menor de idade, até o limite de R$ 262 por família.

As prestações mensais de apoio da empresa às famílias serão mantidas até que a Imerys Rio Capim Caulim demonstre, por estudos técnicos, que os igarapés impactados retornaram às suas características naturais, decidiu a Justiça. A multa em caso de descumprimento da decisão é de R$ 5 mil por dia de desobediência à Justiça. (mais…)

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“Nossas cidades são um grande negócio na mão de poucos”

rosa noronhaArquiteta fala sobre o boom imobiliário, a mobilidade urbana e as conquistas das manifestações

Joana Tavares
Brasil de Fato

Uma das principais pensadoras sobre as cidades brasileiras, Ermínia Maricato foi secretária executiva do Ministério das Cidades, formulou propostas para a área urbana para o governo Lula e recentemente foi conselheira das Nações Unidas para assentamentos humanos, além de dar aulas na USP e na Unicamp. Convidada para o Ciclo de Debates do Brasil de Fato MG, Ermínia fala nesta entrevista sobre a crise nas cidades e as perspectivas abertas com as manifestações de junho 2013.

Brasil de Fato – O movimento das ruas de 2013 trouxe uma série de reivindicações, entre elas a questão da ocupação do espaço urbano. Que conquistas esse movimento trouxe?

Ermínia Maricato – Sabe quantas cidades brasileiras cancelaram o aumento nos transportes com as mobilizações de junho de 2013? Mais de 100! E não foi só isso. Coisas que estavam engavetadas, obras faraônicas inúteis e obras para automóvel andar – que é o que mais se faz- muitas foram canceladas. Foi muita mudança a partir de junho de 2013. A vida na cidade está insuportável e é impressionante como a política urbana é invisível no Brasil. A mobilidade e o uso e ocupação do solo são dois eixos fundamentais. Eu diria que depois das ultimas três décadas, estamos, desde junho de 2013, começando a encarar a política de mobilidade urbana. Mas a política fundiária urbana nós ainda não começamos a decifrar. Eu diria que a própria sociedade suporta muito e conhece pouco. Nossas cidades são um grande negócio na mão de poucos. Ou seja, lobbys muito bem organizados funcionam pra levar a cidade para um caminho que não beneficia a maior parte da população. É muito mais o caminho de quem tem lucro com a construção das cidades. Sem dúvida nenhuma, eu diria que as três forças que comandam hoje o crescimento das cidades são a indústria automobilística, que contraria o interesse do transporte coletivo; o capital imobiliário e o capital de construção. E tudo em consonância com o financiamento das campanhas eleitorais.  (mais…)

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Lançamento do Fórum Social Temático de Energia, dia 15/05, às 10h30, na Câmara dos Deputados

cartaz fste

O Fórum Social Temático – Energia (FST-Energia) é um espaço de encontro de organizações vinculadas à questão da energia no Brasil e no mundo. Ele atende à necessidade de refletirmos de forma ampla sobre os problemas criados pelas matrizes energéticas em uso ao redor do globo.

O FST-Energia é uma iniciativa da sociedade civil brasileira (autônoma em relação a governos, partidos e empresas) que visa fortalecer as articulações entre todos que lutam por novas formas de convivência entre as pessoas e com a natureza, na perspectiva da Justiça Social e Ambiental. (mais…)

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Povos Hupd’äh e Yuhupdeh do Alto Rio Negro (AM) discutem educação em seminário

Encerramento do seminário sobre educaçaõ na comunidade de Santa Cruz do Cabari | Lirian Monteiro
Encerramento do seminário sobre educaçaõ na comunidade de Santa Cruz do Cabari | Lirian Monteiro

Comunidades discutem estratégias adequadas à educação escolar indígena que garantam que seus modos próprios de ensino-aprendizagem sejam respeitados, valorizados e incentivados

Lirian Monteiro, ISA

A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) e a Fundação Nacional do Índio (Funai), em parceria com o ISA, promoveram, entre 18 e 30/4, encontros de educação escolar indígena que reuniram diversos clãs indígenas Hupd’äh dos interflúvios dos rios Uaupés, Tiquié e Papuri, no Alto Rio Negro, no noroeste do Amazonas.

Participaram dos encontros professores Hupd’äh, Yuhupdeh e Tukano, agentes indígenas de saúde, líderes comunitários, jovens e anciãos das comunidades de Barreira Alta (Rio Tiquié), Santa Cruz do Cabari (Igarapé Japu), Pinu Pinu e Waguiá (Rio Papuri) e Yuhupdeh, na comunidade de Guadalupe (Igarapé Ira). (mais…)

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IV International Uranium Film Festival Rio de Janeiro, 14 a 25 de maio de 2014

International Uranium 

O maior festival de cinema sobre energia nuclear começa quarta no MAM Rio de Janeiro: o IV International Uranium Film Festival Rio de Janeiro, 14 a 25 de Maio de 2014.

O objetivo do festival “Urânio em Movi(e)mento”, conhecido internacionalmente como “International Uranium Film Festival” é fornecer informações por meio de filmes independentes sobre energia nuclear, mineração de urânio, armas nucleares e os perigos da radioatividade. Um festival sobre Hiroshima, Nagasaki, Chernobyl, Goiânia e Fukushima. (mais…)

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Hánaiti Ho’Únevo Têrenoe – Grande Assembleia do Povo Terena: Documento Final

Grande Assembleia Terena em 2013 - Foto de Ruy Sposati
Grande Assembleia Terena em 2013 – Foto de Ruy Sposati

Não iremos sentar-se a mesa com os ruralistas e seus deputados para negociarmos nossos direitos. A PEC 215 é uma afronta aos nossos direitos. A audiência convocada pelos Deputados Reinaldo Azambuja e Luiz Henrique Mandetta anuncia a retirada da mesa de resolução do Ministério da Justiça.

Aldeia Babaçu
Miranda – MS
07 a 10 de maio de 2014

Nós, lideranças indígenas do Povo Terena, Guarani, Kaiowá, Kinikinau, Ofaié, Kadiwéu e representante do Povo Pataxó, reunidos na aldeia Babaçu por ocasião da Grande Assembleia Terena (HÁNAITI HO’ÚNEVO TERENOÊ), entre os dias 07 a 10 de maio de 2014, lideranças e representantes das comunidades Aldeia Babaçu, Aldeia Argola, Aldeia Morrinho, Aldeia Lagoinha, Aldeia Cachoeirinha, Aldeia Passarinho, Aldeia Moreira, Aldeia Lalima, Aldeia Água Branca de Aquidauana, Aldeia Água Branca de Nioaque, Aldeia Esperança, Aldeia Taboquinha, Aldeia Buriti, Aldeia Cabeceira, Aldeia Brejão, Aldeia São João, Ñu Porã, Pacurity, Comunidade Nova Esperança, Ñu Verá, Sucury, Kurusu Ambá, Aldeia Bananal, Aldeia Ipegue, Aldeia Buritizinho e Aldeia Limão Verde, juntamente com os professores indígenas, acadêmicos e anciãos viemos a público expor:

O Conselho do Povo Terena, integra a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB, sendo a organização que congrega lideranças indígenas, professores indígenas, caciques, acadêmicos indígenas, rezadores, anciões e atua na defesa dos direitos dos povos indígenas, juntamente com o Conselho Aty Guasu Guarani Kaiowá, Povo Kinikinau, Povo Kadiwéu e Povo Ofaié. (mais…)

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