Indígenas fazem mobilização em Curitiba pela melhoria da saúde

arpin sul (Copy)Órgão responsável pelo cuidado da saúde indígena está sem profissionais desde semana passada

Arpin SUL

Desde a última terça-feira (25), lideranças indígenas de São Paulo estão em Curitiba para serem atendidas pelo Coordenador da Secretaria Especial da Saúde Indígena (SESAI), Paulo Camargo. Porém, ao chegarem à Secretaria, não havia funcionários na cidade, e desde então, não tiverem nenhum posicionamento oficial do órgão.

Durante esta segunda-feira (31) a Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul – ARPIN SUL está em reunião com as lideranças e representantes das comunidades indígenas para auxiliar a manifestação que acontecerá em frente à sede da SESAI, em Curitiba. Dentre as reivindicações, como, o atendimento precário, a falta de profissionais e remédios para o atendimento das comunidades e a saída do Coordenador, Paulo Camargo está entre as necessidades primordiais do movimento.  (mais…)

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INB: A vida no entorno da mina de urânio em Caetité

TV Zabelê

A única mina de urânio da America Latina, encontra-se no nordeste brasileiro, no estado da Bahia. Em Caetité são retirados anualmente 400 toneladas de concentrado de urânio pela INB (Indústrias Nucleares do Brasil). Em seguida a produção segue para Canada e Europa onde o material é enriquecido e volta para ser utilizado nas usinas em Angra dos Reis – RJ. Os moradores do entorno da mina de urânio nunca foram consultados e informados pelos órgãos responsáveis. Em seguida eles relatam sobre o dia-dia convivendo com a mina de urânio ao lado.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Thomas Bauer.

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Suecia admite que durante 100 años marginó y esterilizó al pueblo gitano

Dos gitanos rumanos desalojados de un campamento en Estocolmo el 14 de marzo. / RIKARD STADLER (CORDON PRESS)
Dos gitanos rumanos desalojados de un campamento en Estocolmo el 14 de marzo. / RIKARD STADLER (CORDON PRESS)

El Gobierno reconoce 100 años de persecución y robos de niños

Ana Carbajosa e Miguel Mora, El País

A lo largo del último siglo, Sueciaesterilizó, persiguió, arrebató niños y prohibió la entrada en el país a los gitanos; y las personas de esa minoría étnica fueron tratadas durante décadas por el Estado como “incapacitados sociales”. Estos anuncios no los ha hecho una ONG militante. Es el relato del Gobierno conservador sueco, que en un gesto inédito en Europa, tanto por su honestidad intelectual como por la amplitud del respeto a la verdad, se ha decidido a mirar atrás y a rebuscar en sus archivos más oscuros.

La idea es saldar cuentas con el pasado para tratar de mejorar el presente: “La situación que viven los gitanos hoy tiene que ver con la discriminación histórica a la que han estado sometidos”, afirma el llamado Libro Blanco, que ha sido presentado esta semana en Estocolmo, y en el que se detallan los abusos cometidos con los gitanos a partir de 1900.

El ministro de Integración, Erik Ullenhag,ha definido esas décadas de impunidad y racismo de Estado como “un periodo oscuro y vergonzoso de la historia sueca”. Sus palabras han coincidido con un episodio que ilustra la situación actual: el miércoles, una de las mujeres gitanas invitadas a dar su testimonio vio cómo el personal del hotel Sheraton le prohibía la entrada al desayuno. (mais…)

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Anistia aos exilados faz pesadelo da ditadura militar chegar perto do fim

Movimento a favor da anistia aos exilados políticos: acordo assinado com o governo militar em 1979 marcou o início da derrocada política e econômica dos generais no comando do Brasil (Arquivo JCOM/D.A Press - 1977)
Movimento a favor da anistia aos exilados políticos: acordo assinado com o governo militar em 1979 marcou o início da derrocada política e econômica dos generais no comando do Brasil (Arquivo JCOM/D.A Press – 1977)

Com a anistia, militantes de esquerda exilados começaram a retornar ao Brasil

Leonardo Augusto, Estado de Minas

Um avião sobrevoa o Oceano Atlântico rumo ao Brasil. Passageiros da aeronave entoam versos de uma canção que fala da saudade que o marido, distante há muito tempo, sente da família e da casa. A música diz para preparar o coreto, o feijão preto, e que a cerveja seja colocada na geladeira. Os “cantores” do voo querem tudo isso, mas conseguiram muito mais. Derrotaram um regime militar autoritário, violento e agora retornam para casa. A viagem de ida, para muitos, ocorrera havia quase 10 anos. A partida foi à força, por não concordarem com o governo implantado pelos generais no país depois do golpe de 1964. (mais…)

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Lançamento da campanha Índio é nós em São Paulo, 05/04, na Casa do Povo

índio é nós lança1 (Copy)Índio é nós” é uma mobilização nacional em prol dos direitos e das terras indígenas que, neste ano do cinquentenário do golpe de 1964, permanecem sendo alvo de ataque no Brasil.

 Normas constitucionais e internacionais vêm sendo flagrantemente desrespeitadas, sem consulta às populações, descumprindo as condicionantes ambientais. São exemplo dessa escalada autoritária as obras de barragens dos rios da Amazônia, concebidas na ditadura militar. (mais…)

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Sem Terra aguardam adjudicação da fazenda Martinópolis nesta segunda

Da Página do MST

Nesta segunda-feira (31), os trabalhadores rurais Sem Terra do acampamento Alexandra Kollontai, localizada no município de Serrana (SP), se reúnem com representantes do Palácio dos Bandeirantes para resolverem o impasse diante da desapropriação da Fazenda Martinópolis.

As 450 famílias Sem Terra que ocupam a área, organizadas pelo MST, esperam que o governo do estado de São Paulo anuncie a adjudicação da área e sua destinação para fins de Reforma Agrária.

Segundo Kelli Mafort, da direção nacional do MST, “o governo já manifestou interesse em adjudicar a fazenda e assumiu este compromisso com as famílias do acampamento Alexandra Kollontai em duas ocasiões. Então, não temos outra expectativa para esta reunião que não seja o anúncio da adjudicação da [fazenda] Martinópolis”, acredita.

Histórico

No próximo mês de maio, o acampamento Alexandra Kollontai completará seis anos. Há sete meses que as famílias ocupam a fazenda Martinópolis.  (mais…)

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Manifesto – Autoritarismo Nunca Mais: o golpe militar 50 anos depois

Debate realizado na Ufam discutiu as consequências do autoritarismo promovido durante a ditadura militar na Amazônia (Lucas Silva )
Debate realizado na Ufam discutiu as consequências do autoritarismo promovido durante a ditadura militar na Amazônia (Lucas Silva )

CPT – Movimentos e organizações sociais do Amazonas, entre elas a CPT, realizaram evento no último fim de semana para relembrar a memória daqueles que lutaram contra o regime militar. Relembraram, também, os indígenas, quilombolas, camponeses e militantes que foram brutalmente torturados e assassinados no processo de resistência. Os participantes lançaram um manifesto em que cobram, entre outras coisas, a localização e identificação dos corpos dos desaparecidos e desaparecidas durante a ditadura militar. Confira o manifesto:

No dia 31 de março de 2014, completam-se 50 anos do golpe que implantou a ditadura militar brasileira, que atingiu violentamente nosso povo por longos 21 anos.

Segundo levantamento realizado por familiares de vítimas, mais de 70 mil pessoas foram presas e perseguidas e 437 foram mortas e desaparecidas. Porém a política de extermínio de indígenas, quilombolas e camponeses a mando dos governos militares, foi responsável pela morte de muito mais gente. Foram mortas mais de 2 mil pessoas da etnia Waimiri-Atroari, no período de construção da BR 174 (Manaus/Boa Vista) nos Estados do Amazonas e Roraima, entre os anos de 1969 e 1979, e um número ainda indeterminado de indígenas de outros povos como os Parintintin, Tenharim, Jiahui, Arara, Parakana e Krenakarore. (mais…)

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OAB prepara nova contestação, no STF, à Lei da Anistia

Foto: Eugenio Novaes
Foto: Eugenio Novaes

Fernanda Krakovics, O Globo

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se prepara para ajuizar nova ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a revisão da Lei da Anistia. O embasamento é a condenação do Brasil pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em dezembro de 2010, por abusos ocorridos durante a ditadura militar. A CIDH também declarou, na ocasião, sem “efeitos jurídicos” a legislação que impede a punição dos responsáveis por tais atos.

A princípio, o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado, disse que a entidade pretende esperar o julgamento, pelo STF, dos recursos do pedido de revisão da Lei da Anistia para só então ajuizar a nova Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. “Mas se o Supremo demorar muito, vamos ajuizar antes”, afirmou Furtado.

O STF arquivou, em abril de 2010, ação da OAB que questionava a abrangência da Lei da Anistia para casos de tortura e crimes comuns, cometidos por civis e agentes do Estado durante a ditadura militar. Além da condenação do Brasil pela CIDH, o presidente da Ordem cita a nova composição do Supremo para justificar o ajuizamento de nova ação. (mais…)

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A ditadura que não diz seu nome, por Eliane Brum

Imagem símbolo da campanha pelos direitos indígenas na Constituinte (Foto: Claudia Andujar)
Imagem símbolo da campanha pelos direitos indígenas na Constituinte. Foto: Claudia Andujar

O imaginário sobre a Amazônia e os povos indígenas, forjado pelo regime de exceção, é possivelmente a herança autoritária mais persistente na mente dos brasileiros de hoje, incluindo parte dos que estão no poder. E a que mais faz estragos na democracia

Por Eliane Brum*, El País

“Quando se quer fazer alguma coisa na Amazônia, não se deve pedir licença: faz-se.”

A declaração é do gaúcho Carlos Aloysio Weber, ex-comandante do 5Batalhão de Engenharia e Construção, um dos primeiros a instalar-se na Amazônia na ditadura civil-militar. Em 1971, ele foi entrevistado para um projeto especial da revista Realidade sobre a Amazônia. O repórter fez ao coronel, apresentado como “lendário” em Rondônia, a seguinte pergunta: “Como é possível fazer as coisas na Amazônia e transformar a região?”. O coronel respondeu:

– Como você pensa que nós fizemos 800 quilômetros de estrada? Pedindo licença, chê? Usamos a mesma tática dos portugueses, que não pediam licença aos espanhóis para cruzar a linha de Tordesilhas. Se tudo o que fizemos não tivesse dado certo, eu estaria na cadeia, velho. (mais…)

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