Povo Munduruku enfrenta garimpeiros em seu território tradicional

mundurkuPor Resistência Indígena

A região é rica em recursos naturais e tem sido chamada de nova fronteira de expansão econômica do país.

Os Munduruku, no ano passado, foram a Brasília para pedir ao governo a expulsão dos mineiros de seu território e combater o garimpo ilegal. Mas…, devido à morosidade da justiça, que pode levar anos, resolveram, então, resolver a situação, retirando todos os mineiros envolvidos em garimpo de ouro ilegal. As lideranças Munduruku pediram o apoio da Fundação Nacional do Índio – Funai, que auxiliou com barcos e combustível. Em uma área tão grande a ser monitorada, uma operação como essa sem barcos e motores 40HP poderia levar meses, pois os garimpeiros usam aviões de motor único para o transporte de seus equipamentos e ouro dentro e fora da região.

Muitas vezes, ameaçando comunidades indígenas ou fazendo acordos individuais com algumas das lideranças indígenas, os garimpeiros vêm explorando o povo Munduruku há décadas. Isto fica evidente, a partir das grandes clareiras já comuns na floresta e nos rios contaminados na bacia do rio Tapajós. (mais…)

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Petição pela Retratação pública da CAPES e concessão da bolsa Prof.Visitante ao Profº Kabengele Munanga

 

Foto: TV Brasil
Foto: TV Brasil

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O Professor Kabengele Munanga foi preterido na seleção dos 59 estudiosos que foram beneficiados pela bolsa do programa “Professor Visitante Nacional Sênior ” da Capes. “Com toda sua clareza do intelectual militante e engajado e sua posição político-ideológica a respeito da inclusão dos negros e indígenas no ensino superior, docência e pesquisa, talvez Kabengele fosse o único estudioso negro ou um dos pouquíssimos pesquisadores negros a concorrer a essa bolsa. Por coincidência, esse único negro foi o menos qualificado, por comparação.

Exigimos da CAPES a retratação pública pelo ocorrido, reconhecimento da moção pública movida junto a CAPES através da reitoria da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB e reversão da decisão que para além de indicar a não inclusão do Professor KABENGELE MUNANGA entre as bolsas selecionadas IMPRIME mais uma vez a marca do racismo que, não nega que quanto mais o negro souber, em qualquer área, mais ele será uma ameaça e mais ele será discriminado.

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No Pará, índios protestam por melhor atendimento à saúde

 Globo Rural
Globo Rural

Prédios públicos estão ocupados em Marabá. Faltam infraestrutura, remédios e ambulâncias.

Portal G1

Índios de várias etnias protestaram contra a falta de atendimento à saúde nas aldeias do sudeste do Pará. Desde a semana passada, eles ocupam prédios públicos em Marabá.

A falta de estrutura na aldeia kyiamreti é grande. A água usada para beber é de cisterna, sem tratamento, e para tomar banho e lavar roupas, os índios usam um lago. A energia elétrica é fornecida por um pequeno gerador, que é usado apenas à noite. Os remédios ficam armazenados no armário no quarto da casa de uma indígena. (mais…)

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A metástase do “Velho Chico”

Rio São Francisco (Foto: João Zinclar)
Rio São Francisco (Foto: João Zinclar)

Por Antonio Jackson Borges Lima*, Articulação São Francisco Vivo

O estado de coma do rio São Francisco, nosso maior patrimônio afetivo de brasilidade ambiental, vem sendo anunciado desde os anos de 1970, quando sua saúde piorou, com o implante da válvula cardíaca de Sobradinho, responsável pela sua oscilante pulsação. A bioética, que estuda a relação e a responsabilidade do homem com a vida, define como distanásia o seu quadro ambiental atual, cuja morte vem acontecendo de forma apática, lenta e sofrida.

Acometido gravemente pela infecção generalizada do assoreamento, seu corpo está definhando lentamente, deixando à mostra suas longas costelas arenosas, em forma de bancos de areia, sob um couro hídrico, fino e enrugado, características próprias de um estado ambientalmente cadavérico.

Seus fundos olhos d´água, minguando lágrimas de carência, estão demarcados pelas olheiras da escassez de umidade, decorrente do aumentado a sua temperatura, provocado pela febre globalizada do aquecimento.  (mais…)

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Quem de fato impede o direito de ir e vir, por Frei Gilvander Luís Moreira

GIF OCUAPÇÃO BHGilvander Luís Moreira [1], para Combate Racismo Ambiental

Ficou muito claro para todos os que tiveram acesso, no dia 04 de fevereiro de 2014, ao perfil no facebook de uma pessoa que tem um alto cargo de confiança na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), MG, e que ainda por cima ocupa um cargo público de magistério, o que pensa a Administração Municipal de Belo Horizonte, e quem a apóia, sobre o direito das pessoas pobres na nossa cidade.

Foi postado o seguinte comentário: “Sem entrar no mérito dessa ou daquela manifestação, mas fechar a avenida mais importante da cidade pra mim é repugnante. E os direitos das outras pessoas, estejam em ônibus ou carros? Ambulâncias que não andam, mães que precisam buscar seus filhos e não conseguem chegar, bombeiros parados. O nome disso não é democracia. Antes, é sua antítese.”

Ela se referia ao fato de pessoas representantes das 8.000 famílias das Ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória, da Região do Isidoro, em Belo Horizonte, estarem acampadas na porta da Prefeitura de Belo Horizonte, na Av. Afonso Pena. De fato, a manifestação dificulta ainda mais o trânsito da cidade que já é horrível em boa parte do dia na região. Aquelas famílias estavam ali reivindicando abertura de diálogo com o prefeito de Belo Horizonte, Sr. Márcio Lacerda, e com a PBH para evitar os despejos de 8 mil famílias das três ocupações, acima mencionadas, pois o Comando da Polícia Militar já tem em mãos ordens para forçar o cumprimento da ordem judicial que quer expulsar aquelas pessoas do lugar onde lutam para morar, demolindo as cerca de mil casas de alvenaria e milhares de barracos de lona preta ou de madeirite. (mais…)

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ONGs cobram atuação do MPF contra espionagem da Vale

Vale: a mineiradora é acusada por espionar ativistas de uma lista de organizações, como o Movimento de Atingidos pela Vale, o MST e ONG Justiça dos Trilhos
Vale: a mineradora é acusada por espionar ativistas de uma lista de organizações, como o Movimento de Atingidos pela Vale, o MST e ONG Justiça dos Trilhos (Kiko Ferrite/EXAME)

Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil

Organizações de direitos humanos voltaram a cobrar nesta semana investigações sobre as denúncias de espionagem de ativistas e de movimentos sociais pela mineradora Vale e pelo consórcio Norte Energia, responsável pela obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (PA). As entidades consideram insatisfatórias as investigações sobre as denúncias apresentadas em 2013 para autoridades no Congresso Nacional e para o Ministério Público Federal.

“Há um esquema privado que acessa banco de dados do governo federal e que vende [as informações] para outras empresas. Esses dados se referem a informações biográficas, de pessoas e de organizações”, disse a advogada Alexandra Montgomery, da organização não governamental (ONG) Justiça Global. Ela integra o grupo que elabora relatório sobre o andamento das denúncias e que trará recomendações ao governo brasileiro. O documento fica pronto em abril. (mais…)

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Fuertes obstáculos enfrentan indígenas en preparativos de Conferencia Mundial

John W. Ashe se niega a cumplir acuerdo de Naciones Unidas
John W. Ashe se niega a cumplir acuerdo de Naciones Unidas

Por Genaro Bautista

AIPIN – En un franco desafío a los acuerdos de la Organización de las Naciones Unidas (ONU), que reconoce los derechos específicos y libertades fundamentales de los pueblos originarios, John W. Ashe, actual Presidente de la Asamblea General (PAG), se niega a nombrar en calidad de iguales a un cofacilitador indígena junto con uno de los Estados para la Conferencia Mundial de Pueblos Indígenas, que tendrá lugar en Nueva York, los días 22 y 23 de septiembre del 2014.

El Grupo Coordinador Global Indígena (GCGI), quien está a cargo de las negociaciones con los Estados, apuntó que el Presidente de la Asamblea General, el embajador Ashe de Antigua y Barbuda, pretende nombrar solo a dos cofacilitadores gubernamentales.

Lo más que ofrece el PAG, es nombrar un ayudante o asesor indígena, indica el conclave. (mais…)

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“A pedofilia está tão enraizada que a Igreja teme uma hecatombe”

Sara Oviedo, vice-presidenta do Comitê de Direitos da Criança da ONU. / EDU LEÓN
Sara Oviedo, vice-presidenta do Comitê de Direitos da Criança da ONU. / EDU LEÓN

Sara Oviedo é coautora do relatório da ONU que exige que a Igreja entregue os padres que cometeram abusos

Inés Santaeulalia – El País

Cidade do México – Sara Oviedo Fierro (Equador, 28 de julho de 1952) foi eleita em 2012 vice-presidenta do Comitê dos Direitos da Criança na ONU, diante do qual compareceu o Vaticano no último dia 16 de janeiro. A socióloga equatoriana, que começou aos 13 anos a defender os direitos dos indígenas, das mulheres e das crianças, foi testemunha das respostas esquivas e da negativa dos porta-vozes da Santa Sé em fornecer dados e fatos concretos sobre os casos de abusos sexuais no seio da Igreja. Como coautora do duríssimo relatório divulgado após o comparecimento, no qual a ONU exige que a Igreja entregue os padres pedófilos e proteja as crianças, Oviedo afirma nesta entrevista, concedida por videoconferência, que a questão da pedofilia está “tão enraizada nas bases da Igreja” que suas autoridades têm medo de enfrentar o problema.

Pergunta. Até agora nunca ninguém havia conseguido interpelar a Santa Sé. Foi difícil conseguir o comparecimento do Vaticano?

Resposta. O que fizemos foi cumprir com o procedimento de analisar todos os países que firmaram o tratado dos direitos da criança, com a diferença de que tínhamos a convicção de que era preciso falar da pedofilia. O diálogo com a Santa Sé ocorreu num momento em que era factível. Existe uma maior abertura da Santa Sé e existe uma necessidade latente das vítimas e da sociedade de reconhecer essa questão. (mais…)

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Unidades de Conservação Criadas Como Condicionantes Ambientais do Projeto Jaíba Expropriam Territórios de Povos e Comunidades Tradicionais no Norte de Minas

Os cientistas e pesquisadores abaixo-assinados vêm externar a total discordância em relação à manifestação da Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente (AMDA), publicada em nota do dia 05 de fevereiro de 2014 (e na edição on-line da Revista Ecológico), intitulada “Conflitos sociais ameaçam sistema de proteção ambiental do Jaíba – Parques e estações ecológicas foram criados como condicionantes do projeto Jaíba”. Trata-se de conteúdo equivocado, referenciado em dicotomia anacrônica sobre a relação sociedade e natureza, há décadas já superada pela pesquisa acadêmico-científica mundial. Há uma mudança de paradigma em curso na Biologia da Conservação em escala global, com o reconhecimento da indissocialibidade entre natureza e sociedade. Por isso, o isolamento de áreas supostamente intocadas não deve ser uma estratégia prioritária em políticas de proteção ambiental.

A comunicação da AMDA sustenta-se em práticas ultrapassadas de conservacionismo ambiental que permitem a supressão de importantes áreas de florestas tropicais, como as matas secas norte-mineiras, tendo como compensação a criação de unidades de proteção integral. Nesta perspectiva, foram criados os parques estaduais Lagoa do Cajueiro, Verde Grande e Mata Seca, além da Reserva Biológica de Serra Azul, como condicionantes ambientais à devastação da biodiversidade promovida pelo Projeto Jaíba. Essas unidades foram estabelecidas antes da criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e, portanto, não respeitaram um dos objetivos atuais das mesmas: “proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente” (artigo 4o. do SNUC). (mais…)

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