Eduardo Coutinho: “Tudo o que eu faço é contra o jornalismo”, por Mariana Simões

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Agência Pública

Em entrevista inédita concedida em 2011 a Mariana Simões, então estudante de comunicação, o documentarista Eduardo Coutinho não escolhe as palavras para definir o que faz

Eu tinha 22 anos quando comprei uma passagem para o Rio de Janeiro para entrevistar Eduardo Coutinho, que morreu no domingo, dia 2/2, no Rio de Janeiro. Na época eu cursava graduação em Comunicação nos Estados Unidos e estava passando as férias em Brasília. Fiquei um mês trabalhando na tese: metade fazendo pesquisa sobre a obra de Coutinho e a outra metade com o telefone na orelha, tentando agendar uma entrevista com o documentarista. (mais…)

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MPF-AM recomenda que Unir receba alunos indígenas de Humaitá

Julio Araujo trocou cargo de juiz federal pela função do Ministério Público Federal (Luiz Vasconcelos)
Julio Araujo trocou cargo de juiz federal pela função do Ministério Público Federal (Luiz Vasconcelos)

Devido aos conflitos no município, universitários indígenas pediram para frequentar as aulas na Universidade Federal de Rondônia

Para continuar seus cursos de graduação, universitários indígenas de Humaitá (AM) solicitaram à Universidade Federal de Rondônia (Unir) que possam frequentar as aulas na instituição. O pedido é em razão dos conflitos na região de Humaitá que começaram no final do ano passado. Por conta disto, as unidades do Ministério Público Federal (MPF) em Rondônia e no Amazonas expediram recomendação para a Unir elaborar um plano de assistência estudantil e, se necessário, receber os alunos. A Universidade tem dez dias para informar se acatará ou não as medidas recomendadas.

No dia dez de janeiro de 2014, universitários indígenas enviaram requerimento à reitoria da Unir e aos coordenadores de curso solicitando vagas. No documento constam as dificuldades vividas pelos alunos por causa dos conflitos regionais.  Eles informaram também que não possuem condições de viver em casa alugada na região de Humaitá, o que dificulta a continuidade do curso.

Na recomendação, o MPF orienta que a Unir, em colaboração com as instituições  de origem dos estudantes, elabore plano para recebê-los, ainda que de forma temporária, garantindo plano específico emergencial de assistência estudantil. (mais…)

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Caso Tenharim: O sonho do pajé, a conta de luz ou a galinha?, por Alceu Castilho

Foto: internet
Foto: internet

No momento em que cinco Tenharim estão presos em Porto Velho (em condições degradantes), suspeitos de ter matado três pessoas na Rodovia Transamazônica, no sul do Amazonas, vale refletir um pouco sobre um aspecto fundamental na investigação de qualquer crime: os motivos.

Em entrevista ao Amazônia Real, o advogado dos familiares – também advogado de madeireiros – diz o seguinte:

– Tem no inquérito a questão levantada por um pajé de outra etnia. Ele sonhou que foi um carro preto que atropelou o cacique Ivan Tenharim. Os filhos do Ivan Tenharim participaram diretamente da cena do crime. Consta no inquérito também uma insatisfação dos índios com o técnico da Eletrobrás, o Aldeney Salvador. Ele vinha cobrando a conta de energia aos índios, que pagavam a conta da energia. Os índios tinham alguma reserva contra esse rapaz, o Aldeney. Os índios o conheciam muito bem, chegaram a jogar bola com ele em algumas ocasião.

Então vamos lá. De volta a história do pajé. Como não tem pajé entre os Tenharim, agora decidiram que o pajé é de outra etnia.

Mas raciocinemos. Você é um Tenharim. Seus parentes arrecadam (segundo seus detratores) R$ 35 mil por mês de pedágio na Transamazônica. Morre um cacique. Um pajé de outra etnia diz que sonhou com um carro preto. Treze dias após o cacique morrer, você para um carro preto e degola o motorista e atira nos dois passageiros. (O povo de Humaitá e região se revolta, e o seu povo fica sem o pedágio.) (mais…)

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Comandante da PM do Rio nega crise nas UPPs após ataque que matou uma soldado

Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil

O comandante da Polícia Militar do Rio, coronel Luis Castro, negou hoje (3) que a política de segurança baseada nas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) esteja atravessando uma crise por causa dos recorrentes ataques de criminosos contra bases policiais instaladas nas comunidades, inclusive com a morte de policiais, como ocorreu ontem (2), quando foi morta a tiros uma soldado PM no Complexo da Penha.

“Não é uma crise nas UPPs. São ações pontuais. Nós não vamos recuar. Aquele território ali agora é azul e branco, as cores da Polícia Militar. Nós entramos para ficar. Se tivermos problemas, vamos atuar. A nossa tarefa não é fácil, o nosso trabalho é árduo, mas vamos conseguir trazer a paz àquele local”, disse o comandante, durante solenidade de posse do novo chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso.

O coronel disse que não é preciso, no momento, auxílio federal para combater os criminosos. “Em nenhuma hipótese isso foi cogitado. Nós temos fôlego para isso, temos efetivo, temos armamento e viaturas. Não vai haver necessidade nenhuma de auxílio externo.”

A ex-chefe da Polícia Civil, delegada Marta Rocha, também atribuiu o aumento dos ataques a casos pontuais. Nos últimos dias, a 45ª Delegacia de Polícia, instalada no Complexo do Alemão, foi alvo de dois ataques, com disparos de arma de fogo, granada e coquetéis-molotovs. “A mancha criminal se movimenta. Cada vez que você combate determinada modalidade, outra modalidade se ressalta. Se combate o tráfico, aumenta o crime de rua. É uma ação temporária, e em breve será superada”, disse a delegada, que chefiou a polícia nos últimos três anos e deixa o posto para disputar as próximas eleições.

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“Advogados do Caso Tenharim divergem entre si sobre provas da PF”

Índio tenharim em frente a uma casa destruída durante atos na região. Foto - Gabriel Ivan (Ninja Humaitá)
Tenharim em frente a uma casa destruída durante atos na região. Foto – Gabriel Ivan (Ninja Humaitá)

Por Kátia Brasil em Amazônia Real

As informações divulgadas até o momento pela Polícia Federal ainda não foram suficientes para esclarecer as acusações contra os cinco índios da etnia tenharim presos por suposto envolvimento nas mortes de três homens, em dezembro, na terra indígena Tenharim Marmelos, na rodovia Transamazônica no sul do Amazonas.

Ao portal Amazônia Real, a Polícia Federal disse que muitas perguntas não serão respondidas por uma questão de segurança. O inquérito policial foi prorrogado por mais 30 dias por decisão do juiz Marcio André Lopes Cavalcante, da 2ª. Vara Federal do Amazonas. (mais…)

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Lentidão na titulação de terras: quilombos não são prioridade no governo federal

Comunidade quilombola de Nova Esperança de Concórdia, no Pará. Foto: Verena Glass
Comunidade quilombola de Nova Esperança de Concórdia, no Pará. Foto: Verena Glass

Entre os sintomas da letargia estatal está a ausência de estrutura necessária para que o Incra possa fazer frente à demanda, deficiência que se deve apenas a uma decisão política

Por Fernando G. V. Prioste* – Repórter Brasil

A abolição formal e inconclusa advinda com a Lei Áurea, pelo contexto e forma com que se deu, não teve como objetivo enfrentar os efeitos nefastos de uma sociedade que se construiu com base em quase quatro séculos de escravidão negra. Após 1888 o Estado brasileiro, última nação americana a abolir oficialmente o regime da escravidão, optou por políticas que reforçaram a opressão física, social, política, cultural e econômica da população negra. (mais…)

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Congreso de la Identidad Territorial Lafkenche define el control territorial como objetivo político

IVCongresoLafkenche_Hualaihué2014

Servindi – La organización Identidad Territorial Lafkenche definió el control político como objetivo político en su IV Congreso de tres días que culminó el domingo 2 de febrero en Hornopirén, comuna de Hualaihué.

Según reportó el informativo mapuche Mapuexpress el control territorial se define bajo el concepto ancestral del “Itrofil Mogen” que significa el equilibrio de todas las formas de vida. (mais…)

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Niñez indígena de Colombia en grave riesgo por conflicto armado y desplazamiento forzado

Un niño nukak juega con su familia en Colombia
Un niño nukak juega con su familia en Colombia

Por Milton Lopez Tarabochia – Servindi

Más de medio siglo Colombia sufre por una guerra interna que parece nunca acabarse. La población indígena es una de las más afectadas e ignoradas, más aun su niñez, la cual no tiene tiempo para pensar en el futuro porque está más ocupada en escapar de la violencia, el hambre, los desplazamientos forzados y la discriminación. (mais…)

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Aborto e ilegalidade: a violência do Estado contra as mulheres negras

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Por Luana Soares para as Blogueiras Negras

As eleições de 2010 deram a tônica de como o conservadorismo e o fundamentalismo religioso tem avançado no Brasil. Em plena eleição, candidatos e candidatas a Presidência da República viram-se confrontados pela necessidade de apresentar ao país  opinião sobre um dos debates mais polêmicos relacionados ao movimento de mulheres como um todo: o debate sobre a legalização do aborto. (mais…)

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Áreas que vão a leilão não estão ‘vagas e ociosas’, como diz governo Alckmin

Bruno da Silva mostra que não faltam documentos que comprovem a moradia na rua Sônia Ribeiro, 709 (Marcia Minillo/RBA)
Bruno da Silva mostra que não faltam documentos que comprovem a moradia na rua Sônia Ribeiro, 709 (Marcia Minillo/RBA)

Diferentemente do informado por secretaria, RBA constata que dezenas de famílias serão colocadas na rua sem direito a nada após a venda porque edital exime Executivo de responsabilidade pelo caso

por Rodrigo Gomes, da RBA

São Paulo – As áreas pertencentes ao Departamento de Estradas e Rodagem (DER) que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) quer leiloar nos bairros de Brooklin e Campo Belo, zona sul de São Paulo, estão ocupadas por dezenas de famílias, o que desmente a versão oficial utilizada para justificar a operação. A situação encontrada pela RBA é muito diferente da relatada em nota emitida na última quarta-feira (29), pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional. (mais…)

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