A nuvem se espraia pelas plantações. Em vez de molhar, seca. Ela não traz a chuva, traz o veneno. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de soja, algodão, milho e também um dos maiores consumidores de fertilizantes químicos e agrotóxicos. Nuvens de veneno expõe as preocupações com as consequências do uso desses agroquímicos no ambiente, especialmente, na saúde do trabalhador. Um documentário revelador que faz refletir sobre a forma que crescemos e sobre o tipo de desenvolvimento que queremos.
Realização: Secretaria de Saúde de Mato Grosso, Terra Firme e VideoSaúde
Direção: Beto Novaes
Distribuição: VideoSaúde — Distribuidora da Fiocruz
Rio de Janeiro- Grupo de 24 manifestantes retirado do antigo Museu do Índio na manhã de hoje (16) será autuado por resistência (quando há violência ou ameaça a servidor encarregado de cumprir a lei), disse o delegado da 18ª Delegacia de Polícia (Praça da Bandeira), Fábio Barucke. Os manifestantes foram ouvidos, liberados e devem receber penas alternativas no Juizado Especial Criminal.
Outro manifestante foi detido porque entrou no perímetro de isolamento montado pela Polícia Militar em volta da árvore em que o índio Zé Guajajara mantém o protesto. De acordo com o delegado, ele responderá por resistência, desobediência e desacato, por ter xingado os policiais que o retiraram à força. (mais…)
Frei Gilvander Luís Moreira [1], para Combate Racismo Ambiental
Dia 12 de dezembro de 2013, Belo Horizonte, a capital do Estado de Minas Gerais, completou 116 anos de emancipação. Em uma reportagem sobre o aniversário de Belo Horizonte, uma jornalista do site www.bhaz.com.br me fez três perguntas: a) O que hoje torna a Capital mineira uma cidade única?b) Quais avanços marcaram o ano de 2013 para BH? c) Na sua opinião, quais foram os três principais percalços enfrentados pelos moradores de BH neste ano?
Estas três perguntas fizeram-me refletir acerca dos problemas da capital de Minas e do povo belorizontino. Mas, falar em povo belorizontino, esse conceito abstrato, exige mostrar de qual perspectiva devo falar. Pois então digo que faço uma reflexão a partir dos injustiçados da cidade. Isso porque, penso, só construiremos, de fato, uma cidade que possa ter e ser um Belo Horizonte se formos capazes de ver que na cidade não existe apenas a zona chic da Savassi. Em Belo Horizonte existe também muita gente injustiçada. Se não enxergamos essas pessoas, apesar de serem elas as que sustentam com o seu trabalho o bem estar na cidade, ao invés de um Belo Horizonte teremos um Triste Horizonte. (mais…)
Brasília – A lei que torna Chico Mendes patrono do meio ambiente brasileiro foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff e publicada hoje (16) no Diário Oficial da União. O líder seringueiro, morto há 25 anos, ficou conhecido internacionalmente por sua luta em favor da categoria e da proteção da Floresta Amazônica.
Chico Mendes foi assassinado a tiros, no quintal de sua casa, em Xapuri, no Acre, no dia 22 de dezembro de 1988, uma semana depois de completar 44 anos.
Nesta segunda-feira, haverá sessão solene no Congresso Nacional em memória dos 25 anos da morte do líder seringueiro. O evento ocorrerá às 11h, no plenário do Senado.
Rio de Janeiro – Policiais militares do Batalhão de Choque desocupam neste momento o prédio do antigo Museu do Índio, ao lado do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, na zona norte do Rio. Alguns dos manifestantes que ocupavam o local saíram voluntariamente, enquanto outros foram retirados pela polícia. Uma pessoa foi detida e levada para a delegacia.
Um grupo permanece no terraço do prédio, negociando com a Polícia Militar. Segundo alguns manifestantes, a polícia chegou depois que eles ocuparam, no sábado, o prédio anexo que pertenceu ao Ministério da Agricultura. O comando do Batalhão de Choque não soube informar se existe mandado de reintegração de posse e disse apenas que cumpre determinação do Comando da Polícia Militar. (mais…)
Reunidos em Salvador (BA), debateram a inclusão sócio-produtiva da categoria. João Paulo de Jesus, do movimento nacional, apresentou as reivindicações a parlamentares baianos. O deputado Marcelino Galo luta para criar comitê estadual de inclusão sócio-produtiva dos catadores. Fotos: Charles Carmo
porCharles Carmo, de Cruz das Almas(BA) para o Viomundo*
A concentração de renda no Brasil produziu um tipo bastante peculiar de atividade econômica. Expostos à violência do trânsito e das ruas e em situação de alta vulnerabilidade social, os catadores de materiais recicláveis são milhares em todo o país. Precisar o número de catadores em atividade é uma tarefa complexa. Entretanto, as estimativas do IPEA apontam para cerca de 600 mil em todo o país, enquanto o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis afirma que este número é muito maior, devido à sazonalidade da atividade para muitos catadores. (mais…)
O Brasil registrou de junho de 2012 a dezembro deste ano sete mortes relacionadas à preparação do país para a Copa do Mundo. Na África do Sul, local da Copa do Mundo de 2010, foram duas mortes registradas nas obras dos estádios. No país africano, Dumisani Koyi, de 28 anos, morreu em agosto de 2008 na obra do Peter Mokaba Stadium e Sivuyele Ntlongotya, 26 anos, faleceu enquanto trabalhava no estádio de Green Point, em janeiro de 2009
A primeira morte registrada em uma obra de estádio da Copa no Brasil foi no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, no Distrito Federal, em junho de 2012. O ajudante de carpinteiro José Afonso de Oliveira Rodrigues, 21 anos, caiu de uma altura de 50 metros e não resistiu aos ferimentos. Em julho do mesmo ano, o o armador Antônio Abel de Oliveira, de 55 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória enquanto trabalhava na reforma do Mineirão e morreu. (mais…)
O som marcante do tambor africano conhecido como atabaque, que vibra alto em homenagem aos orixás, não é mais ouvido há tempos. No fundo de uma garagem escura, a mãe de santo Marlene Silva, 58, prefere não chamar a atenção para as sessões noturnas de candomblé que realiza duas vezes por semana no bairro Santa Efigênia, na região Leste de Belo Horizonte. “Picharam minha casa, jogaram pedras várias vezes. Há cinco anos, cancelei sessões públicas e deixamos de tocar o atabaque para preservar nossa crença”, conta. Nos aglomerados da capital, o fenômeno se repete e os terreiros também se mantêm discretos. Apesar de presentes, já não é tão fácil encontrá-los. (mais…)
Paris – O Coletivo Argentino pela Memoria com o apoio ativo da embaixada argentina na França e do senador ecologista Jean Desessard organizaram em Paris um esplêndido colóquio internacional sobre o Plano Condor. Três décadas depois da recuperação da democracia na Argentina e ao se completarem 21 anos da descoberta dos chamados “Arquivos do Terror” por parte do ativista e defensor dos Direitos Humanos paraguaio Martín Almada, o colóquio realizado no Senado francês abordou a cadeia polifônica deste “eixo do mal” composto pelas ditaduras da América do Sul.
Os principais atores judiciais e os ativistas de Direitos Humanos que tentaram e tentam destravar os meandros ainda ocultos do Plano Condor estiveram presentes na capital francesa: desde o juiz espanhol Baltazar Garzón, Alicia Bonet-Krueger e Estela Belloni, respectivamente presidenta e co-fundadora do Coletivo Argentino pela Memória, o próprio Martin Almada, o jornalista norte-americano John Dinges, a Promotora da Audiência Nacional da Espanha, Dolores Delgado García, até a advogada francesa Sophie Thonon, o promotor argentino Miguel Ángel Osório e o advogado chileno Eduardo Conteras. Todos destacaram a transcendência que teve o Plano Condor, seu caráter multinacional e criminal, as vítimas que deixou e, de uma maneira paradoxal, o papel que desempenhou na reativação do conceito de justiça universal que desembocou na prisão do ditador Augusto Pinochet em Londres. (mais…)
Álcool tem sido um excelente instrumento de controle social para arrefecer ânimos de trabalhadores que estão sob condições de estresse. Qualquer colega que tenha produzido reportagem sobre os problemas sociais relacionados à construção civil ou à agropecuária, por exemplo. se deparou com a questão. Sem álcool, seria muito mais difícil para alguns administradores de canteiros de obras explicar para os trabalhadores porque a vida deles em confinamento e com pouco contato com a família, sem opções de lazer e baixa remuneração, com condições de risco à sua saúde, segurança e vida não é a titica do cavalo do bandido.
Quantas vezes, acompanhando operações de resgates de trabalhadores escravizados, não ouvi que o contratador de mão de obra a serviço do fazendeiro, quando colocado contra a parede com relação ao salário que nunca chegava ou à qualidade da comida, entregava aguardente. Ela, que dissolve reclamações, tinha poderes mágicos de enviar as pessoas para um lugar melhor do que aquele.
A verdade é que o uso de álcool ou psicoativos faz parte da política empresarial em muitos setores econômicos. Pode não estar escrito, mas o Brasil real é aquele cuja narrativa passa ao largo do que diz a letra dos contratos. (mais…)