Cansados de viver em área de risco e em más condições, integrantes de várias etnias se somaram em 2011 e agora tentam conquistar serviços públicos básicos, mas deparam com pouco interesse
Por Elaíze Farias, especial para a RBA
Manaus – Na madrugada de 19 de abril de 2011, um grupo de 14 famílias indígenas chegou a um terreno baldio do bairro Tarumã, na zona oeste de Manaus. A data foi escolhida estrategicamente pelo líder do grupo, o indígena Sebastião Castilho Gomes, mais conhecido como cacique Sabá Cocama (sobrenome que faz referência à sua etnia). No dia 20 de abril, já se contabilizavam 30 famílias e, nas semanas seguintes, o número chegou a mais de 100.
Passados dois anos e meio, a área é praticamente uma comunidade consolidada em Manaus. Mesmo destituídos de serviços básicos de urbanização (água, luz, rua asfaltada, escola, posto de saúde) e vivendo em moradias precárias (algumas delas de madeira e lona), os indígenas classificam o local como um “bairro” batizado de Nações Indígenas. (mais…)