Por segurança, o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botarelli César, deixou o Estado na manhã de hoje [ontem] (7) depois de receber ameaças de morte.
Ontem (7) à tarde, ele disse ao Campo Grande News que está aflito com a situação. “Fui orientado a me ausentar do Estado e já sai com aminha família. Estou muito preocupado”. Botarelli disse ainda que o crime já estaria encomendado.
Durante a posse de Paulo Duarte como presidente regional do PT, que aconteceu na manhã de hoje, na sede da Anoreg (Associação dos Notariais e Registradores), Roberto esteve escoltado com homens da Força Nacional.
Botarelli liderou o movimento que tentou barrar nesta semana o “Leilão da Resistência”. O evento,promovido pelos produtores rurais do Estado, quer arrecadar fundos para financiar ações de combate a [SIC] invasão indígena [SIC] em terras do Estado.
A primeira ameaça veio logo na terça-feira (3), enquanto Roberto comemorava a decisão da juíza Janete Lima Miguel, que concedeu liminar e determinou a suspensão do leilão.
Porém, os produtores [SIC] conseguiram derrubar a liminar e o leilão aconteceu na tarde de hoje [ontem] na sede da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul).
“Um homem ligou na Fetems, se identificou apenas como Maurício, disse que era pistoleiro e mandou eu me cuidar para não morrer”, relatou Botarelli sobre a ameaça. “A Fetems existe para cuidar da educação, mas tem um importante papel social e luta pela democracia e pelas minorias”, disse para justificar seu empenho na luta pela causa indígena.
Em nota, a direção da Fetems detalhou a ameaça. “O indivíduo que realizou esta ação se identificou como Mauricio Pistoleiro e proferiu palavras de baixo calão, seguidas de ameaças contra a vida do nosso dirigente”, relatou a entidade no texto.
“O professor Roberto Botareli representa atualmente mais de 25 mil, portanto, a ameaça a ele é a todos nós”, completou.