Índios Kaiapó morrem em queda de avião no interior do Pará, após fazerem um atendimento de saúde da Casai

Avião bimotor seguia em direção a Aldeia Pukanu, Foto: Reprodução  TV Liberal
Avião bimotor seguia em direção a Aldeia Pukanu, Foto: Reprodução TV Liberal

Três índios, piloto e co-piloto que estavam no avião morreram. Avião da Força Aérea Brasileira sobrevoa a área em busca dos corpos.

G1 PA

Três índios Kaiapó que estavam em um avião bimotor da empresa Heringer Táxi Aéreo morreram durante a queda da aeronave nesta quarta-feira (4), na Comunidade de Cachimbo, próximo ao município de Novo Progresso, sudoeste do Pará. Segundo a Casa de Saúde Indígena (CASAI) de Novo Progresso, o piloto e o co-piloto também morreram.

O chefe do pólo da Casai, o indígena Bepy, informou que o avião caiu momentos após a decolagem. A aeronave teria saído de Itaituba com destino a Novo Progresso, de onde seguiria par a aldeia Pukanu. “Eles [os índios] fizeram um atendimento de saúde e estavam retornando para a aldeia. Depois da decolagem, o avião caiu com todo mundo. Não houve sobreviventes”, diz. (mais…)

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Atenção Ministério Público Federal: “Acrissul ameaça ignorar liminar e realizar leilão de animais sábado”

Cartaz ruralista

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

A manchete entre aspas não vem de nenhum ‘amigo de bugre’, comunista, esquerdista, ‘ONG vendida a estrangeiro’ ou alguém que mereça ainda outro dos epítetos com os quais ruralistas e seus asseclas, empregados ou jagunços costumam nos agraciar. Na verdade, a matéria está publicada no Campo Grande News, cujas matérias ‘nós’, de alguma forma facínoras na visão do capital, sempre lemos com a devida cautela e fazendo exercícios de tradução, já que temos que ver escrito “invadiram”, quando deveria estar escrito retomaram, para dar só um exemplo.

Quem a assina é Filipe Prado e, fundamentalmente, ele se limita a informar que o presidente da Acrissul “não pretende suspender a venda de animais para arrecadar fundos para a contratação de seguranças e compra de armas para proteger as propriedades rurais das invasões indígenas”.  Segundo a notícia, Francisco Maia teria dito:  “Se até os índios rasgam as decisões dos juízes na frente deles, por que nós temos que acatar esta decisão?” (mais…)

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Lideranças indígenas exigem a não publicação de portaria que altera procedimento de demarcação de terras

MJ CimiPor Renato Santana, de Brasília (DF), no Cimi

Depois de ocupar a parte exterior do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), na manhã desta quarta, 4, a mobilização indígena se dirigiu ao Ministério da Justiça, cercando o prédio. A intenção do movimento era conseguir uma audiência com o ministro José Eduardo Cardozo para reivindicar a não publicação da portaria que visa modificar o procedimento de demarcação de terras indígenas, já tratado pelo Decreto 1775/96.

No final da semana passada, a minuta – espécie de esboço – desta portaria chegou às mãos de lideranças indígenas. Assinada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a proposta gerou revolta entre as lideranças indígenas, como pode se comprovar por trecho da nota divulgada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

“Submisso aos propósitos do latifúndio, do agronegócio e de outros capitais interessados nos territórios indígenas e suas riquezas, o governo Dilma confirma com esta medida, se efetivada, o seu viés anti-indígena: o que menos demarcou terras indígenas e o que mais avançou na restrição ou supressão dos direitos indígenas, por meio de decretos e portarias inconstitucionais”.    (mais…)

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Projeto mapeia quem manda no Brasil

Reprodução de diagrama gerado a partir de pesquisa no site do projeto “Eles Mandam”
Reprodução de diagrama gerado a partir de pesquisa no site do projeto “Eles Mandam” (clique aqui para ampliar)

Especial da Repórter Brasil mostra quem são e como estão conectadas as pessoas que controlam as maiores empresas em atividade no país

Por Repórter Brasil 

Você sabia que grandes empresas brasileiras estão conectadas através de pessoas que têm assento em seus conselhos? A Repórter Brasil identificou essas relações existentes, que envolvem as maiores corporações e fundos de pensão do país. Elos que muita gente nem imagina que existam.

O resultado dessa investigação está disponível em uma plataforma digital  na qual o internauta pode criar suas próprias redes, descobrindo relações nos setores que mais lhe interessam. O leitor também pode imprimir esses mapas criados ou enviá-los por redes sociais. O objetivo é transformar um assunto importante, mas que pode ser bem chato, em algo divertido. Textos de apoio acompanham a plataforma para ajudar a explicar o que significam tantas conexões. (mais…)

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Comissão se reunirá nesta quinta-feira (5/12) para avaliar Reservas Indígenas para isolados no Peru

Imagem1_1Helena Ladeira, CTI

No próximo dia 05 de dezembro, se realizará na cidade de Lima, capital do Peru, a próxima reunião da Comisión Multisectorial para la Protección de los Pueblos Indígenas en Aislamiento Voluntario y Contacto Inicial. Comisión Multisectorial é uma instância de decisão composta por representantes de governo e da sociedade civil, responsável por avaliar as propostas de reconhecimento territorial para povos isolados e de recente contato no Peru.

Comisión Multisectorial foi criada pela Lei Nº 28736 (Ley para la protección de los pueblos indígenas u originarios en situación de aislamiento y en situación de contacto inicial), regulamentada pelo Decreto Supremo 008-2007-MIMDES, e instalada em março de 2009. Passados quatro anos desde sua instalação, a Comisión Multisectorial segue se reunindo sem a tomada de decisões significativas, o que reflete a pressão política realizada por empresas extrativas interessadas em atuar no território de povos isolados e a falta de compromisso do governo Peruano em implementar uma política indigenista no país. (mais…)

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Exposição reúne 15 anos de fotografia indígena

“Kamayurá, Xingu, 1978”: a primeira fotografia indígena de Guran Divulgação/Milton Guran
“Kamayurá, Xingu, 1978”: a primeira fotografia indígena de Guran Divulgação/Milton Guran

Audrey Furlaneto, O Globo

Era 1978, e o então repórter fotográfico do “Jornal de Brasília” Milton Guran encontrou o cineasta Vladimir Carvalho numa pauta. Carvalho puxou conversa, elogiou o trabalho de Guran e emendou: “Amanhã vou para o Xingu. Vamos?”. O convite (aceito) fez de Guran um dos principais fotógrafos de índios do país: desde 1978, acumulou 15 mil fotos e tornou-se respeitado antropólogo.

A partir desta quarta, ele exibe um recorte de sua produção como fotógrafo em “Filhos da Terra”, mostra que o Centro Cultural Correios (RJ) abre às 19h, para convidados, e que ficará em cartaz até 14 de janeiro. Guran coletou 50 imagens em preto e branco desde a primeira, no Xingu (feita na ocasião do convite de Vladimir Carvalho), até as últimas de sua produção, em 1991, quando passou a se dedicar aos estudos acadêmicos — ele é doutor em Antropologia pela prestigiada École des Hautes Études en Sciences Sociales, na França. (mais…)

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MPF SC emite nota de esclarecimento sobre Terra Indígena Guarani do Araçá´i, responsabilizando a quem de direito pelo agravamento da situação

TI Araçá'i

O Ministério Público Federal (MPF) emitiu na tarde desta terça-feira nota de esclarecimento sobre a Terra Indígena do Araçá´i. Eis a íntegra do documento:

“Diante dos recentes acontecimentos e reportagens envolvendo o impasse entre indígenas Guarani e agricultores do Extremo-Oeste do Estado, o Ministério Público Federal (MPF) vem a público apresentar alguns esclarecimentos.

Para o MPF, as recentes ações do Governo Estadual, sem fundamento legal, aliadas à omissão da Funai e da União em dar cumprimento ao mandamento constitucional, apenas agravam e prolongam o impasse envolvendo a comunidade indígena Guarani do Araçá´i.

A única solução para o conflito é a restituição das terras tradicionalmente ocupadas por aquele povo, dando cumprimento ao texto constitucional que, no já longínquo ano de 1988, reconheceu esse direito. Além disso, caberia ao Estado de Santa Catarina assumir sua responsabilidade por ter emitido escrituras nessas áreas a agricultores, buscando formas legítimas de corrigir esse equívoco histórico. (mais…)

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O “caça às mulatas” e a luta feminista

Foto: João Zinclar
Foto: João Zinclar

Em carta movimento afirma que o concurso Globeleza é uma forma de mascarar a exploração do corpo da mulher negra: “Querem que vejamos a exploração dos nossos corpos como um elogio” 

Da Redação Brasil de Fato

Racismo, exploração, patriarcalismo e “caça as mulatas” são críticas centrais de texto* recém divulgado por militantes do Núcleo Negra Zeferina da Marcha Mundial das Mulheres, na Bahia.

No documento, feministas alertam que o corpo das mulheres negras é constantemente hipersexualizado nas TVs, seja nas propagandas, novelas, nos programas de esporte ou auditório. “A mercantilização da nossa sexualidade é naturalizada para que as mulheres sejam cada vez mais exploradas”, dizem. (mais…)

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Vitória! “Justiça suspende leilão que financiaria milícias contra indígenas”, por Ruy Sposati

Juiz Wilson Witzel e cocarRuy Sposati, de Campo Grande (MS), no Cimi

A juíza Janete Lima Miguel, da 2a. Vara de Campo Grande da Justiça Federal determinou que o Leilão da Resistência não seja realizado. Convocado pela Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) e Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), o leilão, marcado para o próximo dia 7, venderia para financiar seguranças armados contra indígenas.

Na terça-feira, 3, o conselho do Aty Guasu Guarani e Kaiowá e o Conselho Terena entraram com uma ação na Justiça Federal exigindo a suspensão do leilão, denunciando que ruralistas planejavam realizar a atividade para arrecadar fundos para a “contratação de empresas de segurança em supostas defesas de terra”, conforme apontava a petição inicial dos indígenas.

“Esse comportamento por parte da parte [fazendeiros] não pode ser considerado lícito, visto que pretendem substituir o Estado na solução do conflito existente entre a classe ruralista e os povos indígenas”, afirma a decisão da juíza. “Tal comportamento tem o poder de incentivar a violência (…) e colide com os princípios constitucionais do direito à vida, à segurança e à integridade física”. (mais…)

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