MS – “PF envia mais policiais para área ocupada [sic] por índios em Miranda”

Trabalhadores retiraram gado após ocupação (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)
Trabalhadores retiraram gado após ocupação (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)

Líder terena diz que homens atiraram contra mulheres nesta madrugada

Do G1 MS

A Polícia Federal (PF) enviou, na manhã desta terça-feira (15), mais agentes para a área ocupada [sic] há uma semana por cerca de 300 índios terena em propriedades [sic] rurais de Miranda, a 203 quilômetros de Campo Grande. Segundo o líder indígena da região, Paulino Terena, 30 anos, na noite de segunda-feira (14), dois homens invadiram a propriedade e atiraram contra as mulheres indígenas.

Ao G1, a assessoria da PF informou que não tem a confirmação do atentado e que o reforço policial no local é para manter a situação de tranquilidade na área.

Conforme Terena, o caso ocorreu por volta das 22h (de MS), quando as 68 famílias indígenas que ocupam [sic] a fazenda estavam dormindo. Ele diz que os homens atiraram e fugiram em seguida. (mais…)

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PB – 2.500 camponeses do MST e via campesina entram marchando na cidade de João Pessoa pela reforma agrária, escolas e fim da violência no campo

Manifestantes do MST tomam frente do Palácio da Redenção, no Centro de João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Manifestantes do MST tomam frente do Palácio da Redenção, no Centro de João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)

Desde as 7:00 da manhã de segunda- feira (14/10) mais de 2.500 mulheres, homens e crianças camponesas organizados pelo MST e pela Via Campesina saíram do acampamento Wanderley Caixe, na Cidade de Caaporã, divida da Paraíba e Pernambuco, em direção a cidade de João Pessoa. Foram dois dias de marcha e mais de 70 km de caminhada rumo a capital da Paraíba pela BR 201.

Os trabalhadores e trabalhadoras rurais marcham para reivindicar: a reforma agrária, que está parada pelo governo Dilma que não fez nenhuma desapropriação de terra nesse ano; as seis escolas do campo que foram prometidas pelo governo do Ricardo Coutinho desde o primeiro ano de seu mandato; além de denunciar e cobrar ações do governo federal e estadual sobre a violência sofrido pelo homem do campo materializadas nessa semana pelos jagunços contratados pela Usina Maravilha que entraram armados no último sábado (05/10) buscando uma liderança do MST no acampamento Wanderley Caixe. (mais…)

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RJ – Oficina de Graffiti com mulheres da Maré debaterá formas de combate à violência doméstica

galpão Maré

A Rede Nami, em parceria com o Observatório de Favelas e a Redes de Desenvolvimento da Maré, convida para um dia de atividades no Conjunto de Favelas da Maré que reunirá mulheres, moradoras da Maré e de outras localidades, assim como artistas de rua a fim de discutir sobre os problemas e as vivências enfrentadas pela mulher da Maré, além de abordar o combate a violência contra a mulher.

O encontro será no sábado, dia 19 de outubro, a partir das 9h no Galpão Bela Maré e contará com a presidente da Rede Nami, a artista plástica e graffiteira, Panmela Castro que intermediará o debate entre os convidados e convidadas, como os artistas Bobi, Rena e Criz e as mulheres e moradoras presentes.  (mais…)

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Peru: Conferencia Global de Mujeres Indígenas, de 28 a 30/10

conferencia mulheres indigenasConferencia Global

Las mujeres indígenas de las diversas regiones del mundo hemos realizado grandes esfuerzos para que, articuladas, hagamos oír nuestras demandas. Hemos tenido un rol clave en los procesos de negociación de la Declaración de las Naciones Unidas sobre los derechos de los pueblos indígenas, adoptada finalmente en el 2007, y en la instalación de varios mecanismos específicos en el marco de las Naciones Unidas.

Un ejemplo palpable, consecuencia de este impulso organizativo, es la participación de mujeres indígenas en el Foro Permanente para las Cuestiones Indígenas de la ONU, en donde nuestra voz ha transmitido nuestras recomendaciones: abarcando tópicos de salud, educación, alimentación, medio ambiente, autonomía económica, participación política, violencia en contra de mujeres indígenas, entre otros. (mais…)

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“Índios yanomami denunciam interferência política em favor de missão evangélica na gestão de saúde e reclamam de atendimento”

Liderança indígena Davi  Kopenawa (centro) - Foto: Beto Ricardo-ISA
Liderança indígena Davi Kopenawa (Foto: Beto Ricardo-ISA)

Por Elaíze Farias

Em ofício [divulgado no dia 7 de outubro], lideranças indígenas denunciam a interferência política na permanência da Missão Evangélica Caiuá na gestão de saúde entre os índios yanomami (Roraima e Amazonas) e reclamam que, apesar do aumento do recursos financeiros, o atendimento piorou.

Segundo o documento divulgado pela Hutukara Associação Yanomami (HAY), uma gravação feita durante reunião entre o deputado estadual Jânio Xingu (PSL) e gestores e funcionários do Dsei Yanomami teria atestado “indícios de ligações e influências de políticos locais com os gestores visando a manutenção da Missão Evangélica Caiuá”. Esta é a empresa terceirizada responsável pela contratação de funcionários que prestam serviço na Terra Indígena Yanomami e Yekuana. (mais…)

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Um novo retrato da desigualdade global

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Distância entre nações reduziu-se, mas elite de super-ricos isolou-se ainda mais. Tornou-se claro: injustiças não são “naturais”, mas cuidadosamente produzidas

Por Joseph Stiglitz, no blog The Great Dividedo New York Times | Imagem: Javier Jaen | Tradução: Antonio Martins – Outras Palavras

Sabe-se perfeitamente hoje que as desigualdades de renda e riqueza na maior parte dos países ricos, e especialmente nos Estados Unidos, dispararam, nas últimas décadas e, de modo trágico, agravaram-se ainda mais desde a Grande Recessão. Mas e no resto do mundo? A distância entre os países está se reduzindo, à medida que potências econômicas como a China e Índia resgatam centenas de milhões de pessoas da pobreza? E no interior das nações pobres e de riqueza média, a desigualdade está piorando ou sendo reduzida? Estamos caminhando para um mundo mais igual ou mais injusto? (mais…)

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Feira indígena promove troca de sementes nativas entre 30 etnias do Brasil e do exterior

Luciano Nascimento* – Agência Brasil

Brasília – Cerca de 3 mil índios de mais de 30 etnias do Brasil e do exterior vão participar, até o dia 18, de uma feira sobre compartilhamento de sementes e conhecimentos de cultivos sobre diversas espécies agrícolas. A 9ª Feira Krahô de Sementes Tradicionais, foi aberta ontem (14) em Itacajá, no Tocantins. O evento também objetiva desenvolver ações para incrementar a segurança alimentar indígena, incentivar à conservação local das variedades agrícolas tradicionais e promover a capacitação nas áreas de agroecologia e artesanato, entre outros.

Os krahôs habitam a região de Cerrado do Centro-Oeste com uma população de 3 mil indivíduos, vivendo em 28 aldeias. A Feira Krahô de Sementes Tradicionais ocorreu pela primeira vez em 1997. Na última edição, em 2010, o evento reuniu cerca de 2.500 pessoas de dez etnias. O evento foi idealizado dois anos após os representantes dos krahôs terem procurado a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília, em busca de sementes tradicionais de milho e amendoim, que estavam nas câmaras de conservação da Embrapa, onde mais de 100 mil amostras de sementes são mantidas a uma temperatura negativa de 20 graus Celsius (ºC).

Os índios queriam reintroduzir nas suas roças as variedades tradicionais, substituídas por sementes tradicionais, comerciais e híbridos, durante o processo de aculturação, e não adequadas ao seu sistema de cultivo às suas necessidades alimentares.

*Edição: Aécio Amado

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O policial cumpriu seu dever. As redes sociais é que estão fora de si, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

Um rosário de leitores pediu minha opinião sobre o caso do policial militar que deu voz de prisão a dois bandidos que haviam acabado de roubar uma moto a mão armada. Como um deles esboçou uma reação, o policial atirou duas vezes, ferindo-o na perna e no abdômen. Toda a ação foi gravada por uma câmera da vítima.

Sobre o ato em si, não há muito o que dizer. Na minha opinião, o policial cumpriu seu dever.

Não gosto de assaltos a mão armada e não gosto de pessoas baleadas. Não quero que vítimas sejam abatidas, nem policiais, nem assaltantes. Aliás, não quero ninguém ameaçando a vida de ninguém. Mas não importa do que gostemos, a vida acontece independentemente disso. Diminuir a chance de assaltos e de pessoas baleadas está a nosso alcance, mas isso é outra história.

De qualquer forma, é um caso trágico em todos os sentidos, que não deveria ser comemorado. (mais…)

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Jornada pela soberania alimentar mobiliza camponeses em todo o Brasil

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Emily Souza – Adital

Entre os dias 14 e 18 de outubro o tema da soberania alimentar será a pauta principal de manifestações camponesas no Brasil. É a Jornada Nacional de Lutas por Soberania Alimentar, evento organizado pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e que promete mobilizações em 15 estados brasileiros. O objetivo é fomentar o diálogo com a sociedade sobre a soberania alimentar, entendida como a produção e comercialização da comida local, vinculada à cultura e ao modo de vida do povo e livre dos grandes mercados do ramo de alimentação. (mais…)

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As pegadas do BNDES na Amazônia

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A hidrelétrica-de Dardanelos concluída – Foto: divulgação Governo Federal, junho de 2008

Parceria entre Agência Pública e O Eco vai mapear o aumento dos investimentos do BNDES em projetos de infraestrutura na região. Obras financiadas pelo banco são acusadas de disfarçar impactos ao meio ambiente, populações indígenas e trabalhadores

Por Bruno Fonseca e Jessica Mota – Agência Pública

Em uma das onze aldeias dos índios Arara do Rio Branco no noroeste do Mato Grosso, Anita Vela Arara, a mais velha da sua comunidade (tem 89 anos), está inconsolável. É que a “tia Nita”, como é conhecida, assistiu à construção de um gigante de concreto sobre o cemitério tradicional da aldeia, onde estavam alguns de seus familiares. Entre eles, sua mãe e sua avó. Segundo Audecir Rodrigues Vela Arara, um dos líderes indígenas e presidente do Instituto Maiwu, sua tia sabe quem é o culpado: a hidrelétrica de Dardanelos, obra de cerca de R$ 745 milhões, mais da metade desse valor financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). (mais…)

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