O atual Modelo Energético Brasileiro

por Gilberto Cervinski, da coordenação nacional do MAB

O conceito de Modelo Energético tem significados diferentes para atores situados em polos antagônicos. Para nós, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), “modelo” significa a Política Energética necessária ao desenvolvimento das forças produtivas que sirva ao conjunto da nação, com respeito ao meio ambiente e à soberania nacional. No entanto, para os setores que controlam a energia no Brasil, Modelo Energético refere-se às fontes/matrizes de produção da energia, porque esses setores já têm clara a finalidade da energia: responder à demanda do mercado, à voracidade das grandes corporações que controlam a indústria de eletricidade, à indústria eletrointensiva e no aumento da produtividade a qualquer preço.

É inegável que a energia é a locomotiva do desenvolvimento das forças produtivas e que o resto é vagão. Sua importância estratégica está relacionada à produção de valor na sociedade capitalista. Na sociedade atual, a energia é central para reprodução do capital, pois é utilizada como forma de acelerar a produtividade do trabalho dos trabalhadores. (mais…)

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Manifesto em defesa da fábrica de cimento Portland de Perus

Raquel Rolnik*

Compartilho aqui o manifesto em defesa da desapropriação, conservação e uso público da fábrica de cimento Portland, no bairro de Perus, São Paulo. O documento foi enviado este mês ao prefeito Fernando Haddad. Esta foi a primeira fábrica de cimento do país, inaugurada em 1926. A fábrica, que já é tombada pelo patrimônio municipal, é marcada por lutas históricas de trabalhadores, e hoje está completamente abandonada. Confiram abaixo o manifesto.

Situação da antiga fábrica de cimento Portland, em Perus
Situação da antiga fábrica de cimento Portland, em Perus

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Nota Pública da Aty Guasu de 1º de outubro de 2013: Mobilização Nacional Indígena frente ao avanço de prática do genocídio moderno do século XXI contra os povos indígenas

Basta de genocídioEsta nota da Aty Guasu é para explicitar os fundamentos da Mobilização Nacional Indígena frente ao avanço de prática do genocídio moderno do século XXI contra os povos indígenas, no Brasil, originados e amplificados pelos políticos ruralistas anti-indígenas.

Como já é sabido, após redemocratização do atual Brasil em meados de 1980, graça à mobilização nacional histórica dos povos plurais brasileiros (as), na Constituição Federal/1988 são garantidos os direitos indígenas, portanto os direitos indígenas são resultados de demandas dos povos indígenas, povos tradicionais diversos e, sobretudo dos movimentos sociais e civis que lutaram intensamente para inaugurar e efetivar a democracia.

Importa muito destacar que esses direitos indígenas constitucionais, a partir de 1988, evitam a continuidade de genocídio antigo e violências diversas contra os povos indígenas no Brasil, garantindo: o direito às sobrevivências indígenas de forma humana e digna, direito ao reconhecimento da parcela dos territórios tradicionais indígenas, direito à educação escolar diferenciada, direito à saúde, entre outros.  (mais…)

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Atenção – Piada/ameaça do dia: “Basta! Produtores rurais [sic] estão cansados de esperar e prometem novos confrontos”

indígenas_mortes_latuff2013Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

“Seria cômico se não fosse trágico”, como escreveu Dürrenmatt. Segundo nota de ontem, 30, da Famasul, “cem dias depois da promessa de compra de áreas para atender a reivindicação dos índios Terenas de ampliar a Aldeia Buriti, em Sidrolândia, e sem perspectiva de cumprimento por parte do Governo Federal, um grupo de produtores rurais [sic] da região se reúne para externar sua preocupação com a possibilidade de novos atos violentos no campo” (ver detalhes importantes sobre a reunião em notícia republicada abaixo).

Ora, há quantas décadas os povos indígenas esperam que seus direitos sejam respeitados, cumpridos e garantidos? Se considerarmos a Constituição de 1988, são duas décadas e meia. Se levarmos em conta documentos pontuais de governantes, desde o império, há muitas décadas. Agora, se formos pensar na invasão feita pelo Cabral português e pelos saques subsequentes, então estamos mesmo é falando de séculos! Por isso estão desde ontem em Brasília, juntamente com quilombolas, representantes de comunidades tradicionais e outros brasileiros e brasileiras que com eles se solidarizam, agora e sempre.  (mais…)

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