Vazamento de informação expõe espionagem da Vale

 

André Almeida, funcionário demitido da Vale, abre a caixa-preta da companhia (foto: Alexandre Campbell)
André Almeida, funcionário demitido da Vale, abre a caixa-preta da companhia (foto: Alexandre Campbell)

A Pública – Emails, planilhas, fotos e denúncias de ex-gerente de segurança, que representa contra a companhia no MPF, mostram que a Vale espiona os movimentos sociais e grampeia funcionários – e até jornalistas – para defender seus interesses

Por Marina Amaral

“Tem que deixar o buraco do rato, não pode encurralar, isso eu aprendi no Exército”. A frase crua expressa a revolta de André Luis Costa de Almeida, 40 anos, ao explicar por que decidiu revelar o que sabe sobre a área de vigilância e inteligência da Vale S.A, onde trabalhou durante oito anos – nos dois primeiros como terceirizado e depois como funcionário do Departamento de Segurança Empresarial. Ele era responsável pelo serviço de inteligência e gestor de contratos da Vale com empresas terceirizadas da área, quando foi demitido, em março de 2012.

“Eu tentei conversar, mandei e-mails, nada: eles prometeram que não iam me demitir por justa causa, voltaram atrás, depois disseram que manteriam sigilo sobre o assunto mas chamaram meu novo chefe para dizer que minha presença dificultaria a relação comercial dele com a Vale. Tive que sair, não podia prejudicar o cara. Agora eu não me importo com mais nada: só quero que a verdade apareça”, disse logo no primeiro encontro com a Pública, em meados de maio. (mais…)

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Estudo indica que indústria do alumínio no Brasil prejudica saúde pública

Para especialistas, a cadeia do alumínio causa risco e dano em todo o processo
Para especialistas, a cadeia do alumínio causa risco e dano em todo o processo

Instituto Evandro Chagas estuda impactos da produção do metal em Barcarena, Pará, há 4 anos. Relatório em fase de conclusão aponta a degradação ambiental e contaminação da água como principais problemas.

Magali Moser, em DW

A exploração de alumínio se tornou um problema de saúde pública no município de Barcarena, no estado do Pará. A cidade, de 120 mil habitantes, concentra a maior refinaria do metal do mundo. Toda a movimentação em torno da atividade industrial seria responsável por problemas ambientais, sociais e trabalhistas. A qualidade da água nas áreas do entorno das atividades industriais foram reprovadas em mais de 90% dos casos por fatores de controle químico ou microbiológicos. Esta é uma das principais constatações do relatório parcial feito pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), ligado ao Ministério da Saúde. Os resultados finais só devem ser divulgados em outubro. (mais…)

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No Dia de Luta dos Acidentados por Fontes Radioativas, repudiamos acordo atômico Brasil/Japão

Luto

Por Zoraide Vilasboas*

Oficialmente hoje é o Dia Nacional de Luta dos Acidentados por Fontes Radioativas. Hoje, também, lembramos o pesadelo de Goiania, que assustou o Brasil há 26 anos com o acidente do césio-137, que causou a morte imediata de 4 pessoas, contagiou milhares de outras, contaminou o ambiente e deixou toneladas de lixo atômico, depositados em Abadia de Goiás.

Redes, entidades e movimentos sociais e populares de vários estados entregam, hoje, uma Declaração, contra um acordo Brasil/Japão de cooperação na área da tecnologia nuclear, aos governos brasileiro e japonês, e também aos representantes da diplomacia nos dois países. Este fato está ocorrendo hoje, num gesto simbólico de solidariedade às vítimas de Goiania, sobreviventes do maior acidente radioativo em zona urbana do mundo e às milhares de vítimas de Fukushima, cuja contaminação causada por seus reatores segue sem controle, dois anos e meio depois da tragédia.

Esta Declaração já foi entregue pela Articulação Antinuclear Brasileira (AAB), no Consulado Honorário do Japão, em Salvador. Mas também em solidariedade à todas os afetados por fontes radioativas do mundo, informamos que já estão no youtube (www.youtube.com/ArtAntNuclearBrasil/), os dez vídeos antinucleares realizados pela AAB, com o fim de democratizar as informações sobre as atividades nucleares e dar visibilidade aos perigos que representa o Programa Nuclear Brasileiro para as gerações presentes e futuras. Eles fazem parte da Mobilização Nacional por um Brasil Livre do Nuclear (mais…)

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Tribos indígenas na Amazônia Peruana sofrem por contaminação de mercúrio

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As pessoas dessas áreas tem o nível de mercúrio 5 vezes maior do que o máximo aceitável

Projeto Gota D’Água – A fonte de contaminação é o peixe, a origem do mercúrio vem da mineração ilegal que o governo do Peru tenta, sem sucesso, controlar. Mineradores separam o ouro do mercúrio e depois descartam o metal tóxico no meio ambiente, contaminando os rios e peixes e, por consequência, todos os que o consomem.

“As crianças são 10 vezes mais sensíveis aos efeitos do mercúrio”, explicou Fernandez após a apresentação do estudo ao Ministério do Meio Ambiente do Peru. Segundo a pesquisa do Instituto de Ciência Carnegie dos Estados Unidos, as crianças, particularmente, são as que mais sofrem com o problema. Os números apontam que o índice de mercúrio está 2,3 vezes maior nas comunidades indígenas do que naquelas que estão em comunidades mais urbanizadas e se alimentam de carne bovina ou de frango.

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Semana anti-índigena

“Os ruralistas querem acabar de vez com a política de demarcação de terras indígenas. O lema dos ruralistas é ‘nenhum hectare de terras aos índios’”. O comentário é de Cesar Sanson, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN em artigo para o IHU On-Line, 13-09-2013. Eis o artigo

IHU On-Line – Impressionante a ofensiva do agronegócio contra os indígenas. Nessa semana, que sequer terminou, o braço parlamentar do negócio no campo, os ruralistas, agiram simultaneamente em três frentes para aniquilar qualquer progresso na política de demarcação de terras indígenas: no judiciário, no parlamento e junto ao executivo.

Na segunda-feira, os ruralistas bateram à porta do Supremo Tribunal Federal – STF. Em reunião com o ministro Luís Roberto Barroso pediram que o mesmo negue mandado de segurança impetrado pela Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas para suspender a tramitação da PEC 215 que transfere a demarcação de terras indígenas ao Congresso em tramitação no Câmara dos Deputados.

No dia seguinte, terça-feira, receberam um presente de um aliado histórico. O presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves (PMDB/RN) instalou a Comissão Especial que vai analisar proposta – PEC 215, a mesma que querem que o STF não considere inconstitucional. (mais…)

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Desvelando falácias em teses anti-indígenas do latifúndio no Brasil

Foto trancamento de rodovia

Cleber Buzatto – Cimi

No processo de ataque sistemático contra os povos indígenas e seus direitos, além da violência física, executada por meio de assassinatos seletivos de líderes indígenas e expulsões extra-judiciais de comunidades por grupos paramilitares, o velho latifúndio, no intuito de manter e ampliar a posse e a exploração das terras tradicionais destes povos, tem feito uso de diferentes instrumentos legislativos e administrativos, bem como, de teses diversas por meio das quais buscam justificá-los.

Quanto aos instrumentos de ataque, se tem falado, dentre outros, sobre as Propostas de Emendas Constitucionais números 038/99, 215/00 e 237/13, o Projeto de Lei 1610/96, o Projeto de Lei Complementar 227/12, as Portarias 419/11 e 303/12 e o Decreto 7957/13. (mais…)

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89,5% dos brasileiros inscritos para atuar em áreas indígenas desistem

ilustracao-para-infografico-sobre-numero-de-medicos-no-brasil-e-sobre-o-programa-mais-medicos-1377553210468_300x300Do UOL, em São Paulo

Desde 2 de setembro até a manhã de quarta-feira (11), 34 dos 38 médicos selecionados para trabalhar em 15 distritos indígenas desistiram de assumir o posto, o que equivale a 89,5% do total, segundo balanço preliminar feito com base nas informações prestadas pelas prefeituras ao Ministério da Saúde, apresentado quarta-feira (11) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Neste período, 127 médicos brasileiros já pediram, diretamente ao Ministério da Saúde, desligamento do programa. Quem não se apresentou até quinta-feira (12), entre os demais 458, será excluído do programa e se tornará impedido de uma nova seleção pelos próximos seis meses, segundo o ministério.

A um dia do fim do prazo para se apresentarem aos municípios onde trabalharão por meio do programa Mais Médicos, 53% dos médicos brasileiros selecionados pelo programa ainda não apareceram para trabalhar. Ao todo, 47% – 511 profissionais em um universo de 1.096 – dos já iniciaram suas atividades nas unidades básicas de saúde. (mais…)

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Indígenas, quilombolas, meio ambiente e o desmonte da Constituição Brasileira, artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)*

Brasília, 11/09/2013 – O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, se reúnem com integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e da Comissão de Integração Nacional da Câmara para tratar das demarcações de terras indígenas. Foto de José Cruz/ABr
Brasília, 11/09/2013 – O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, se reúnem com integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e da Comissão de Integração Nacional da Câmara para tratar das demarcações de terras indígenas. Foto de José Cruz/ABr

EcoDebate – Uma das constatações da 5ª Semana Social Brasileira, com assombro, é o desmonte da Constituição Brasileira de 1988, particularmente em tudo que se refere aos direitos das comunidades indígenas, quilombolas e ao meio ambiente. Estamos voltando a um Estado absolutista – autocrático e ditatorial – conforme denúncia feita recentemente pelo Conselho Missionário Indigenista-CIMI. (mais…)

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Awá: Comissão Interamericana de Direitos Humanos demanda respostas do Brasil

A tribo Awá enfrenta a extinção devido ao fracasso do Brasil em proteger a sua floresta © Fiona Watson/Survival
A tribo Awá enfrenta a extinção devido ao fracasso do Brasil em proteger a sua floresta
© Fiona Watson/Survival

Survival – A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), líder de direitos humanos nas Américas, pediu uma resposta do governo brasileiro sobre a condição dos Awá, a tribo mais ameaçada do mundo, a qual enfrenta a extinção devido ao fracasso do país em proteger a sua floresta.

Seguindo uma petição urgente enviada à CIDH pela Survival International e a ONG CIMI em maio de 2013, a entidade de direitos humanos tem pressionado as autoridades brasileiras a fornecer detalhes das medidas que estão sendo tomadas para garantir a sobrevivência dos Awá. (mais…)

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