No Sul da Bahia, fazendeiros disseminam racismo, incitam à violência contra os Tupinambá, e o governo nada faz!

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

A foto acima foi feita e enviada por Edson Silva para a lista do NEPE com o seguinte comentário: “O outdoor está em uma das estradas do Sul da Bahia onde fazendeiros são invasores das terras Tupinambá que se mobilizam pela demarcação. Racismo e preconceito explícito!”

Vale chamar a atenção para outro detalhe fundamental, entretanto: os dois ‘brancos’ que se escondem atrás do desenho arrredondado amarelo onde está escrito “Falsos Índios” portam, ambos, espingardas voltadas para direções opostas. No meu dicionário de imagens isso é uma clara incitação à violência, partindo de dois jagunços que, curiosamente, apontam para palavras que quase todas elas definem coisas que estão sendo impostas aos indígenas em boa parte dos estados brasileiros: injustiça, miséria, fome, morte, desemprego… Talvez desemprego não seja das coisas mais dramáticas que vêm ocorrendo com os povos originários, uma vez que sua concepção de mundo não é a mesma. Mas não há dúvida de que, de todas, genocídio é a que melhor se aplica diretamente a eles!

Afinal, o que o governo da Bahia e o federal estão esperando para mandar retirar e punir quem mandou fazer e quem está espalhando esse tipo de convite ao assassinato e à violência? Que morram mais indígenas? Quantos?

“Responda[,] governador[,] antes que seja tarde demais!”

Comments (3)

  1. Morei por 12 anos em Itabuna, no Sul da Bahia, e sei bem como é o clima por lá entre indígenas, falsos indígenas e proprietários rurais. Posso garantir que tem picaretas para todos os gostos: indígenas picaretas, falsos indígenas (que só por isso já não merecem crédito) e fazendeiros pequenos e grandes também picaretas. Creio que generalizar, numa luta do bem (indígenas) contra o mal (proprietários rurais) é desonesto e muito simplista. Antes que me acusem de ser um racista contrário à causa indígena, asseguro que não sou. Só gostaria de alertar que fatos como o ocorrido este ano, quando tupinambás invadiram um hotel-fazenda em Una, depredaram as instalações e roubaram roupas, bebidas e até pranchas de surfe, colaboram para o preconceito num cenário já historicamente problemático. Nessa briga, podem acreditar, não tem mocinho contra bandido. Infelizmente, tem gente mau caráter entre índios e fazendeiros, sem distinção.

  2. Sou contra qualquer tipo de violência, do mesmo jeito que sou contra a corrupção, roubos, assaltos… Se alguém de bom senso aqui conhecer essa região norte do ES e sul da BA, há de concordar comigo que tem muito, mas muito falso índio por lá… Pra piorar a situação, muitos deles se acobertam dessa carapuça de índio para aproveitar e cometer crimes, pois apenas Polícia Federal poderia intervir em tal situação…. Então, se liguem, o outdoor é ridículo, incita à violência, mas a situação é bem diferente do que está relatado, o texto foi omisso do real problema da região…

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.