Senado torna crime de tortura violência contra a mulher

nao_a_violencia_contra_a_mulherDa Redação Sul21

O Senado aprovou, nesta quinta-feira (29), por unanimidade, projetos que ampliam o enfrentamento da violência contra a mulher. Os quatro projetos aprovados da CPI mista da Violência contra a Mulher foram votados graças a um acordo entre senadores e serão submetidos à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara de Deputados (CCJ) antes de seguirem para o Plenário da Câmara.

Entre os projetos aprovados está o que classifica a violência doméstica como crime de tortura (PLS 293/2013). A proposta altera a Lei de Crimes de Tortura, que define como tortura o constrangimento de pessoa “com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental”, para tratar a discriminação de gênero como caracterizante desse crime. Com a aprovação do PLS, o crime estará caracterizando quando alguém, em qualquer relação familiar ou afetiva, vivendo ou não sob o mesmo teto, submeter alguém a intenso sofrimento físico ou mental como forma de exercer domínio, “com emprego de violência ou grave ameaça”.

Também foi aprovado o atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS) às mulheres vítimas de violência. A proposta define como obrigação do Estado “organizar serviços públicos específicos e especializados” que assegurem acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras às vítimas de violência doméstica. (mais…)

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CE – Prefeitura é autorizada a continuar obra dos viadutos no Cocó

Foto: TV Verdes Mares/Reprodução
Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

Município pode tomar as “medidas necessárias” para tirar manifestantes do Parque do Cocó, afirma desembargador

O POVO

A prefeitura de Fortaleza foi autorizada ontem a continuar a obra dos viadutos do Cocó e a adotar “as medidas necessárias” para desocupar a área onde estão acampados manifestantes contrários ao projeto. A decisão foi do presidente em exercício do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), Edilson Pereira Nobre Júnior.

O desembargador estendeu os efeitos da liminar que concedeu no dia 14 de agosto autorizando a construção, argumentando que inexiste “qualquer fato novo hábil a ensejar nova paralisação das obras”. Com isso, ele derrubou a decisão do juiz Francisco Roberto Machado, da 6ª Vara Federal, que, no dia 21, suspendeu a autorização da Secretaria do Patrimônio da União para a obra, ao acatar recurso do Ministério Público Federal, que constatara desmatamento no Parque do Cocó maior do que o autorizado pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma). (mais…)

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Carta das organizações de direitos humanos à Ministra Maria do Rosário sobre a Política de Direitos Humanos do Governo Federal

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) foi resultado de amplo debate nacional, que culminou com a realização da 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos em dezembro de 2008. Diferentemente dos programas nacionais que o antecederam, os quais focavam em questões temáticas, o PNDH3 destaca-se pela transversalidade temática e ações programáticas, na perspectiva da universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos.

Essa característica o faz uma importante ferramenta para a base de uma Política de Estado para os Direitos Humanos. Contudo, infelizmente, o Programa não deslanchou e o importante papel que deveria cumprir como instrumento orientador das ações programáticas e dos planos de ação do Governo Federal e como ferramenta fundamental para a construção de uma agenda política que contribuísse para o avanço dos direitos humanos no Brasil, ficou somente na lembrança e esperança daqueles que acompanharam a sua construção.

Ao contrário do esperado, passados quase quatro anos da publicação do Decreto do PNDH3, a sua execução ainda está em suspenso pelo Executivo Nacional. Contribuíram para isto, a desconstituição do Comitê Interministerial de Acompanhamento e Monitoramento ainda no ano de 2010 e o tratamento burocrático que tem sido dado ao Programa. (mais…)

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MPF/BA ouve lideranças Tupinambás e sociedade civil sobre manifestações em Buerarema

Cacique Babau
Cacique Babau

Para o Cacique Babau, há um tratamento discriminatório na região contra os índios, reforçado pelos fazendeiros locais, que os tratam indevidamente como usurpadores de uma terra que em verdade é indígena.

Na tarde da última terça-feira, 27 de agosto, o Ministério Público Federal (MPF) em Ilhéus (BA) realizou reunião com lideranças dos índios Tupinambás e representantes da sociedade civil para tratar das recentes manifestações anti-indígenas realizadas em Buerarema (BA), no sul do estado, a 450 km da capital. A região vem sendo afetada por uma série de conflitos e ataques que têm como pano de fundo a disputa por terras e, segundo os indígenas, também apresentam objetivos políticos.

Entre os casos relatados na reunião estão a compra ilegal de armas; atos de vandalismo; ameaças e ataques a funcionários e prestadores de serviços que servem às comunidades indígenas; e até a distribuição de entorpecentes a dependentes químicos em troca de “ataques” a alvos pré-determinados pelos mandantes. (mais…)

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Réu da Chacina de Unaí confessa ter atirado nas vítimas e aponta mandante

Norberto Mânica foi acusado de ter pago R$ 500 mil a dois pistoleiros
Norberto Mânica foi acusado de ter pago R$ 50 mil a dois pistoleiros

Alex Rodrigues, Repórter Agência Brasil

Brasília – Erinaldo de Vasconcelos Silva, um dos oito acusados de participar do assassinato de três auditores fiscais do Trabalho e de um motorista do Ministério do Trabalho, confessou ter atirado nas vítimas da chamada Chacina de Unaí, ocorrida em 28 de janeiro de 2004. Ele é um dos três réus do caso que estão sendo julgados em tribunal do júri iniciado terça-feira (27) em Belo Horizonte.

Além de admitir ter participado do crime, Silva confirmou perante os jurados que Rogério Allan Rocha Rios e William Gomes de Miranda, que também estão sendo julgados agora, participaram dos assassinatos. O réu também disse que o crime foi encomendado pelo fazendeiro Norberto Mânica mediante pagamento de R$ 50 mil ao trio. Segundo o réu, o fazendeiro ainda lhe ofereceu dinheiro para sustentar a versão de que foi crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

Na quarta-feira (29), outro réu do processo, o empresário Hugo Alves Pimenta, ao depor como testemunha, também disse que Norberto Mânica encomendou a contratação de matadores de aluguel para assassinar os fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva, além do motorista Aílton Pereira de Oliveira. (mais…)

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“Índio sem Terra, Terra com Sangue”, de Pedro Alves, sobre a luta pelos Territórios Indígenas em MS (para ler online)

Foto capturada do livro "Índio sem Terra, Terra com Sangue", online
Foto capturada do livro “Índio sem Terra, Terra com Sangue”, online

Por Pedro Alves

Estou compartilhando com vocês o pequeno livro-reportagem que escrevi sobre a situação dos indígenas Guarani Kaiowás no Mato Grosso do Sul, intitulado ÍNDIO SEM TERRA, TERRA COM SANGUE. A grande-reportagem está centrada nas mortes matadas, ou seja, nos assassinatos de indígenas e lideranças feitos por jagunços contratados, na sua maioria, a mando de fazendeiros. Nomes de empresas privadas que atuam como milicia no MS, nomes dos mandantes dos assassinatos e relatos dos crimes são denunciados nas páginas deste livro.

O texto que abre o livro é assinado pelo professor indígena Natanael Ñandeva Vilharva Caceres. O prefácio é assinado pelo jornalista e companheiro Fábio Nassif. O projeto gráfico é de autoria do desing João Henrique. Ainda não conseguimos publicar oficialmente, mas estamos tentando articular a publicação. O livro pode ser lido pelo link abaixo. Ainda não está disponível para baixar por conta de algumas questões, mas a leitura e a divulgação é de extrema necessidade. Boa leitura ! (mais…)

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RS – Governo enviará esta tarde ofício com medidas para tentar solucionar impasse indígena

Índios acamparam em frente ao Piratini para pressionar Executivo a acelerar demarcação de terras. Crédito: Jackson Zanini / Especial / CP
Índios acamparam em frente ao Piratini para pressionar Executivo a acelerar demarcação de terras. Crédito: Jackson Zanini / Especial / CP

Índios acamparam em frente ao Piratini para pressionar Executivo a acelerar demarcação de terras

Correio do Povo – O governo gaúcho vai encaminhar, na tarde desta sexta, um ofício aos representantes indígenas, que estão acampados em frente ao Palácio Piratini desde essa quinta-feira, anunciando as próximas medidas adotadas pelo Executivo para tentar solucionar o impasse que envolve a demarcação de terras para as tribos do Estado. A informação foi confirmada pelo secretário da Justiça, Fabiano Pereira.

De acordo com os caciques, há três meses ocorreu uma reunião com o governador Tarso Genro, porém as negociações não avançaram. Algumas áreas já foram demarcadas, mas outras permanecem ocupadas por agricultores. (mais…)

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Carta aberta à presidente Dilma contra as termoelétricas a carvão

IHU Online – Nove renomadas organizações da sociedade civil se uniram para escrever e protocolar carta aberta à presidente Dilma Rousseff em que argumentam que ainda dá tempo de rever a decisão quanto ao leilão A-5 . “Caso esse retrocesso não seja revisto, a sociedade arcará com pesados custos sociais e ambientais causados pelas emissões de CO2 e metais pesados provenientes das térmicas a carvão”, alerta o documento.

A contratação das termoelétricas – tanto a carvão quanto a gás natural – no novo Plano Energético Brasileiro pode render ao setor emissões de gases do efeito estufa equivalentes às emissões totais de um país como a Argentina, em 25 anos, como explica Tasso Azevedo no post Leilão de energia pode provocar aumento de emissões de CO2 no Brasil.

A informação é de Débora Spitzcovsky, publicada por Planeta Sustentável, 28-08-2013.

Eis a carta.

A Sua Excelência a Senhora
Dilma Rousseff
Presidenta do Brasil, (mais…)

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A saúde não chega ao Semiárido

No Semiárido baiano, a falta de médicos impõe um verdadeiro suplício à população em busca de assistência

Quando, no meio da noite, um homem bateu à porta do posto de saúde de Sítio do Quinto, município baiano a cerca de 400 quilômetros de Salvador, a técnica de enfermagem Maria Elba Felício Sales tremeu. O homem vinha com uma faca atravessada no pescoço. Em pânico, ela pressionou com força o ferimento, mas o sangue continuava a vazar. Além dela, só o vigia ainda estava no posto. “Gritei para ele me acudir, mas o homem estava desmaiado. Valei-me, Deus, pedi ajuda na rua. Um técnico de enfermagem me acudiu. Mas num teve jeito não”, relembra, enquanto atende uma idosa petrificada com a história. Nem mesmo as duas moscas pousadas na testa incomodam a paciente.

Gabriel Bonis – Carta Capital

Três anos após o episódio funesto, a saúde pública piorou na pequena cidade de 12.592 habitantes e chão de paralelepípedos cobertos por lama seca. Naquela noite, não havia um plantonista no posto. Atualmente, exceto às quintas e sextas, quando um doutor aparece em Sítio do Quinto, é impossível encontrar um médico. A população conta apenas com enfermeiros. (mais…)

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