Palmério revela o Príncipe da Privataria: FHC pode olhar nos olhos do “Senhor X”?

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“Olha, Fernando, quando você conversar comigo, por favor, nivele teus olhos aos meus” (quem foi o homem que acusava FHC de ser um príncipe esquivo e escorregadio?) “Rameira, ponha-se daqui para fora” (quem disse essa frase principesca, após um ataque de cólera dentro do Senado Federal?)

por Rodrigo Vianna, em Escrevinhador

Quem conhece a história recente do Brasil (e também o passado ‘republicano’ de nossas elites – com Convênio de Taubaté, Encilhamento etc…) sabe bem que o tal “mensalão do PT” está longe de ter sido o “maior escândalo da história política brasileira” – como pretendem augustos, mervais e outros quetais do jornalismo elitista. Mas quem ainda tinha dúvidas ganha, agora,  mais uma chance para desfazê-las: o novo livro do jornalista Palmério Dória.

Se Amaury Ribeiro Jr (com “A Privataria Tucana“) já havia lançado luzes sobre a vertente serrista do tucanismo, Palmério agora vai ao centro do esquema: “O Príncipe da Privataria” (Geração Editorial) traça, em quase 400 páginas de texto saboroso, o perfil de um homem vaidoso, simpático, com fama de mulherengo, e que dirigiu o Brasil com o propósito declarado de “enterrar a Era Vargas”. Fazia parte do pacote tucanista vender estatais a preços ridículos e, se fosse preciso, mudar as regras do jogo democrático usando todos os artifícios possíveis. FHC foi o presidente que fez o Real? Não. Este foi Itamar Franco. Mas FHC foi o presidente que quebrou o Brasil, vendeu nosso patrimônio público e transformou o Congresso Nacional numa feira de mascates. (mais…)

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Nota de apoio do Cimi-Sul aos Caciques e Povo Guarani e aos funcionários da Funai da CTL de Guaíra, Paraná

cocarOs missionários, missionárias, representantes dos povos indígenas da Região Sul junto com o secretário executivo do CIMI Nacional, Cleber Buzatto, manifestam seu apoio e solidariedade ao povo Guarani das aldeias situadas nos municípios de Terra Roxa e Guaíra frente às ações hostis promovidas contra eles por setores do agronegócio e políticos da região oeste do Paraná.

O CIMI repudia toda e qualquer forma de violência, preconceito e racismo levados a cabo, nesses últimos meses, por algumas organizações que têm, como intento, impedir o direito dos Guarani habitar seus territórios tradicionais.

Assumindo a responsabilidade evangélica de proclamar a Boa Noticia da “vida plena para todos”, o Cimi assume o compromisso de denunciar toda e qualquer ameaça à existência dos Pequenos do Reino. Movidos pela solidariedade com o povo Guarani, queremos somar forças para que o Direito e a Justiça sejam restabelecidos, e conclamamos a sociedade dessa região a abraçar a causa em defesa do direito à vida e à garantia da permanência indígena em seus territórios tradicionais.

Frente às agressões sofridas por Guarani e funcionários da Funai, nós, missionários e missionárias do Cimi- Regional Sul, nos comprometemos a defender o princípio constitucional que garante a todos a livre escolha da maneira de viver, cada um seguindo sua forma cultural reconhecida pela Carta Magna.

Laranjeiras do Sul
30 de Agosto de 2013

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Município sergipano de Brejo Grande é considerado território quilombola*

Em verde, área considerada ‘Quilombo Brejão dos Negros’, equivalente a oito mil hectares (Reprodução: Ministério Agrário)
Em verde, área considerada ‘Quilombo Brejão dos Negros’, equivalente a oito mil hectares (Reprodução: Ministério Agrário)

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), através do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), emitiu um parecer técnico conclusivo, garantido que o município de Brejo Grande, localizado a 137 km da capital sergipana, é território remanescente de quilombo. O laudo indiscutível batizou a região que fica entre Brejo Grande e Pacatuba, de território da comunidade remanescente do ‘Quilombo Brejão dos Negros’.

O relatório antropológico já foi concluído. Caso a Presidenta Dilma Rousseff (PT), homologue o reconhecimento de área de oito mil hectares, como sendo de remanescente de quilombo, já declarado por órgãos federais, a município de Brejo Grande pode deixar de existir. Assinando o decreto, a Polícia Federal e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), irão tirar todos que estão dentro das terras reconhecidas.

Se assinado o Decreto Presidencial, 50 propriedades, entre sítios, ilhas, fazendas e casas, passarão a título de posse, uso fruto, para a Associação Quilombo Brejão dos Negros, equivalente a cerca de oito mil hectares de área, rural e urbana. (mais…)

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Sem Terra ocupam mais três áreas no estado de São Paulo

Foto1 MST SP

Por Jade Percassi, da Página do MST

Dando continuidade às atividades da jornada nacional unificada, o MST ocupou mais três áreas no estado de São Paulo que não cumprem sua função social na manhã deste sábado (31).

A fazenda Martinópolis, em Serrana (SP), foi ocupada pela 8ª vez por cerca de 350 famílias do acampamento Alexandra Kollontai.

Outras 200 famílias ocuparam a fazenda São José, no município de Penápolis, à beira da rodovia Marechal Rondon. E na Grande São Paulo, 150 famílias ocuparam uma área urbana, conhecida como Bela Vista, no município de Itapevi. (mais…)

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RS: universitária gera revolta nas redes sociais após comentário racista

Os comentários de uma aluna do curso de Publicidade e Propaganda da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) no Twitter revoltou internautas e gerou repercussão nas redes sociais na noite desta sexta-feira. Chamada de racista, Marina Ceresa chegou a ser repreendida pelo Centro Acadêmico da universidade e teve que se explicar em outra publicação.

Tudo aconteceu quando a jovem estava a caminho da universidade quando, segundo ela, um carro com um casal negro quase a atropelou. “Acabei de quase ser atropelada por um casal de negros. Depois vocês falam que é racismo né, mas TINHA QUE SER, né?”, disse a estudante, que completou em outra mensagem: “E estavam num carro importado, certo que é roubado”. (mais…)

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Relato do ato em solidariedade aos médicos cubanos na Escola de Saúde Pública em Fortaleza

Por Geová Alencar

Nos reunimos na entrada da escola de saúde pública. Éramos cerca de 20, não levamos cartazes nem flores e quando se aproximou do fim da aula ficamos nos questionando sobre o que faríamos quando da saída do médicos. Alguém sugeriu que entrássemos no auditório para dar as boas vindas. Quando entramos a Cristina Fonsêca pediu para falar no microfone e nos chamou para frente. No meio de pedidos de desculpas e de boas vindas víamos sempre largos sorrisos. Incrível a sensação de empatia e igualdade para com esses médicos. Depois de muitas palmas e agradecimentos todos fomos para as cadeiras e nos misturamos para tirar uma foto. Imediatamente a pessoa que estava do meu lado colocou o braço sobre o meu ombro. O que pude notar e acredito que certamente foi a impressão geral: Quanta humanidade e simplicidade naquelas pessoas! Aquela mesma impressão de quando vamos numa cidade pequena do interior, em que as relações humanas não foram destruídas pelo capitalismo selvagem. (mais…)

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Tentativa de golpe já esperada: K.Abreu quer lei impedindo demarcação de terras “invadidas” por três anos

Kátia-Abreu-petição

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Viva a argúcia de uma amiga cujo nome acho melhor omitir, mas a quem homenageio! No dia 8 de agosto, do lado de fora da Casa de Reza da Aldeia Jaguapiru, em Dourados, no momento em que acabamos de ouvir o relato da proposta do governo para a regularização das Terras Indígenas no MS, ela falou, lembrando o exemplo do MST: “o próximo passo será querer proibir que as terras retomadas sejam demarcadas”.  Demorou três semanas e dois dias, mas aí está o golpe tentando se configurar.

Acontece que ontem, durante a abertura da 36ª Expointer, em Esteio, Rio Grande do Sul, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, anunciou que segunda-feira, 2 de setembro, apresentará um projeto de lei determinando que “áreas invadidas” não possam ser demarcadas nos três anos subsequentes. A intenção da vencedora do Troféu Motoserra de Ouro 2009 pode ter outros resultados, entretanto…

Ora: até onde sei, quem saiu invadindo e ocupando territórios foram exatamente os não indígenas! Peguemos a História do Brasil, e o que vemos são portugueses, bandeirantes, colonos importados para ‘embranquecer’ nosso povo, madeireiros, pecuaristas, ruralistas, mineradoras etc, nacionais e internacionais, nessa ordem e na maioria absoluta dos casos com total apoio dos governos – estaduais e federal -, inclusive via incentivos fiscais e régios financiamentos. (mais…)

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Chacina de Unaí: Condenar pistoleiros foi o óbvio. Que venham os mandantes

Por Leonardo Sakamoto

Quem diz que um jornalista não deve se envolver demais com um caso para evitar que sentimentos pessoais contaminem o seu trabalho é porque nunca fez reportagem ou cobertura longas, daquelas que a gente se entrega por inteiro. E, por isso, não consegue entender que é exatamente esse envolvimento que leva a carregar o tema pelo tempo que for. A Chacina de Unaí, no Noroeste mineiro, é um desses casos. Pelo que foi, pelo que representa.

Desde aquele infame 28 de janeiro de 2004, muitos jornalistas acompanharam de perto os desdobramentos do assassinato de quatro funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego durante uma fiscalização rural de rotina na região de Unaí. O motorista Aílton Pereira de Oliveira, mesmo baleado, conseguiu fugir do local com o carro e chegar à estrada principal, onde foi socorrido. Levado até o Hospital de Base de Brasília, Oliveira não resistiu e faleceu no início da tarde. Antes de morrer, descreveu uma emboscada: um automóvel teria parado o carro da equipe e homens fortemente armados teriam descido e fuzilado os fiscais. Erastótenes de Almeida Gonçalves, Nelson José da Silva e João Batista Soares Lages morreram na hora. O caso ganhou repercussão nacional e internacional.

Ao longo desta semana, três pistoleiros contratados para a matança foram julgados e, na madrugada deste sábado (31), considerados culpados pelo júri popular em Belo Horizonte. (mais…)

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RJ – Oito PMs podem ser denunciados por tortura

Entre eles, três estão sendo investigados pelo desaparecimento do pedreiro Amarildo

Agência Estado, no Estado de Minas

Pode chegar a oito o número de policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha que serão denunciados à Justiça acusados de tortura contra moradores da favela situada na zona sul do Rio. Até esta sexta-feira, três haviam sido identificados apenas por apelidos. Em relação aos outros cinco, o Ministério Público do Rio já conseguiu levantar nome completo e matrícula na PM. Pelo menos três policiais desse grupo também são investigados pelo suposto assassinato do pedreiro Amarildo de Souza, de 43 anos, morador da comunidade desaparecido desde 14 de julho.

A promotora Marisa Paiva, da 15ª Promotoria de Investigação Penal, instaurou três procedimentos criminais para apurar denúncias de tortura contra moradores da Rocinha. O primeiro foi aberto na semana passada, após um menor de 17 anos, filho de um primo de Amarildo, ter contado em depoimento ao Ministério Público que foi torturado por PMs da UPP em três ocasiões. O rapaz citou cinco policiais que teriam participado dos crimes.

Antes de oferecer denúncia à Justiça contra os policiais, a promotora vai ouvir mais uma testemunha. Ela ainda vai solicitar que os PMs acusados sejam ouvidos na 15ª DP. (mais…)

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Encontro de Jornalistas, mais uma vez, amordaçado

mesa rioPor Mario Sousa*, Em Elaine Tavares – Palavras Insurgentes

A atual direção da  Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), com a realização do XIX  Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa, no Rio,   mais uma vez,  perdeu a  oportunidade de fazer um encontro para debater com seriedade os problemas que afetam os jornalistas em Assessoria de Imprensa no País,  como a precarização da profissão,  a pluralidade das questões regionais e a diversidade do pensamento na Comunicação.

Dessa vez, a Fenaj se superou. Além de acabar com os grupos temáticos de debate, organizou mesas meramente expositivas, e, como em todos os últimos encontros, predominou a imposição das teses guias  e o controle imperativo do presidente da Fenaj.

O encontro foi burocrático, engessado, sem o calor do debate, sem diálogo, sem o contraditório, sem a manifestação livre e democrática das idéias. E, pasmem, o presidente da Fenaj, Celso Scroder, agrediu grosseiramente o jornalista Cláudio Monteiro, chamando-o de moleque, pelo simples fato dele cobrar os 50% de abatimento para os aposentados nas inscrições do Enjai, proposta aprovada no Congresso do Acre.  (mais…)

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