Por Redação Bhaz
A jornalista Micheline Borges, do Rio Grande do Norte, despertou a ira de internautas de diversas regiões do país, na manhã desta terça-feira (27), após fazer um comentário em seu Twitter sobre a aparência das médicas de Cuba, selecionadas para o programa Mais Médicos. As profissionais chegaram ao Brasil durante o fim de semana para trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) em cidades do interior por meio do programa do governo federal.
Na mensagem postada na rede de microblogs e compartilhada pelo Facebook, Micheline afirmou que as médicas “tem (sic) uma cara de emprega doméstica” e ainda questiona se elas realmente estudaram para exercer a profissão. “Será que são médicas mesmo?”, escreveu.
Uma usuária do Facebook chegou a rebater o comentário da potiguar que, ainda assim, continuou defendendo sua opinião. Segundo ela, a aparência conta em diversas situações e as pessoas devem ter paciência caso não concordem com o que ela diz.
A blogueira Clara Averbuck foi uma das primeiras a repercutir o caso. Para ela, várias formas de preconceito se apresentaram de uma só vez no comentário de Micheline. ”Xenofobia mandou beijos, racismo mandou abraços, sexismo mandou um joinha, que vergonha, brasil, que VERGONHA”, escreveu.
Após a repercussão do fato, a jornalista bloqueou seus perfis no Facebook e no Twitter. Antes disso Micheline chegou a discutir com um usuário da rede de microblogs e pediu desculpas. “Minha gente, errar é humano. Reconheço o erro. Ponto. Mudemos o foco. Paz, perdão”, finalizou.
O Mais Médicos rende polêmicas desde que foi anunciado no início de julho. O mais recente caso aconteceu na noite dessa segunda-feira (26), em Fortaleza, no Ceará, quando um grupo de profissionais estrangeiros foi vaiado, humilhado e hostilizado aos berros de “escravos”, entoados por médicos brasileiros.
Apesar de ter clareza de que o “Mais Médicos” não vai resolver o gravíssimo problema da saúde no Brasil, sou completamente contra o preconceito e a discriminação contra os(as) médicos(as) que chegam de Cuba. Por mais que não queiram, a situação da saúde em Cuba é melhor que no Brasil. E o ensino da medicina em Cuba não é elitizada como na maioria dos outros países, por isso trabalhadores(as) são médicos(as) e não apenas burgueses(as).
Paz, perdão!??? Essa criatura não merece nenhum dos dois. Só repulsa. Nojo!
Repito: El@s não são seres humanos, simplesmente! São ‘coisas’ abjetas.
Tania Pacheco.
Essas duas matérias – a da jornalista do RN e a dos médicos insultando os cubanos em Fortaleza – são repugnantes e nos envergonham. Vêm justamente do nordeste, região onde a enorme desigualdade social do país é ainda maior. É incrível como a educação superior não acrescentou nada à visão de mundo dessas pessoas, estúpidas, grosseiras e inconsequentes. Muito triste.
Porque essa mulher não foi demitida ainda? Tem que responder processo na Justiça também. Vergonha nacional!