Carlos Latuff é ameaçado por criticar a polícia

LatuffIMPORTANTE DENUNCIA DO CARTUNISTA CARLOS LATUFF:

Era de se esperar que houvesse reação violenta diante da minha provocação de que o garoto que matou o pai, um policial da ROTA, merecia atendimento psicológico e uma medalha. No estado policial em que vivemos no Brasil, as organizações da repressão são alçadas a condição sacrossanta. Quem ousar denunciar seus abusos corre sério risco de vida. Isso não é novidade pra mim, desde 1999, quando fiz meu primeiro protesto contra a violência policial, realizando uma exposição virtual de charges intitulada “A Polícia Mata”. Ao longo dos meus 23 anos de profissão como cartunista já fui detido três vezes por desenhar contra a truculência da polícia brasileira, e já recebi inúmeras ameaças, seja de judeus sionistas por conta de minhas charges em favor dos palestinos, seja de extremistas muçulmanos pelas minhas charges sobre a questão egípcia e síria. Portanto, ameaças fazem parte do meu trabalho.

Dessa vez, com as redes sociais, estas ameaças são potencializadas, graças a comunidades relacionadas a organizações policiais, que reúnem não só membros ativos das forças de repressão, como também simpatizantes com perfil fascista, anti-comunista, anti-petista, machista e homofóbico. É sabido que dois desses perfis, Fardados e Armados e Rondas ostensivas tobias de aguiar “Rota” estão incitando seus membros a tomarem ações violentas contra mim. E é bem possível que isso aconteça, afinal de contas, a polícia mata! Não seria eu o primeiro, e muito menos o último. Essa é a característica de nossas polícias, de nosso estado. E se acontecer, que sejam responsabilizados os administradores destas comunidades e o estado brasileiro. (mais…)

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O que parecia um avanço se transformou em um retrocesso: Projeto que proíbe uso de amianto vai a Plenário em 2º turno na Assembleia Legislativa de Minas Gerais

O deputado Jayro Lessa (ao centro) foi o relator do projeto de lei (Foto: Lia Priscila)
O deputado Jayro Lessa (ao centro) foi o relator do projeto de lei (Foto: Lia Priscila)

Produtores terão prazo de até oito anos para se adaptar à nova lei que bane produto, considerado como carcinogênico.

ALMG

Projeto de Lei (PL) 1.259/11, que proíbe o amianto no Estado, produto considerado carcinogênico, recebeu, nesta quarta-feira (7/8/13), parecer favorável de 2º turno da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O relator do projeto, deputado Jayro Lessa (DEM), opinou pela aprovação na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O projeto é de autoria do deputado Leonardo Moreira (PSDB) e segue agora para Plenário em 2º turno.

O substitutivo nº 1 alterou a data de vigência de alguns dispositivos da futura lei, com vistas a conceder um prazo maior para que os fabricantes, atacadistas e varejistas possam enfrentar o banimento do uso do amianto. De acordo com o parecer lido pelo relator, foi oferecido maior prazo de transição aos consumidores, produtores e distribuidores de produtos que contêm amianto. Assim, ao mesmo tempo em que se deve desestimular e proibir o uso do amianto, é necessário, segundo o parecer, oferecer tempo maior para que ocorra a transição. A proposição inicial estabelecia um prazo de 90 dias, para os casos de importação e transporte de amianto. Agora, com a nova redação, esse prazo foi ampliado para oito anos. (mais…)

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Pedido de prisão de mulher de Amarildo é tentativa de criminalizar a vítima, diz advogado

Elizabeth Gomes da Silva, esposa do pedreiro Amarildo Souza, morador da Rocinha desaparecido desde 14 de julho, em ato no Rio (Daniel Marenco/Folhapress)
Elizabeth Gomes da Silva, esposa do pedreiro Amarildo Souza, morador da Rocinha desaparecido desde 14 de julho, em ato no Rio (Daniel Marenco/Folhapress)

Paula Bianchi, do UOL, no Rio

Para o advogado João Tancredo, que defende a família do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, 43, o pedido de prisão temporária de Elizabete Gomes da Silva, mulher do morador da favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, feito pelo delegado Ruchester Marreiros, da 15ª DP(Gávea), é uma tentativa de “criminalizar a vítima”. Amarildo está desaparecido desde o dia 14 de julho, quando foi levado algemado por policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha.

Marreiros, ex-adjunto da 15ª DP e atualmente na DRCI (Delegacia de Repressão a Crimes de Informática), solicitou a prisão temporária de Elisabeth por associação ao tráfico, pedido desconsiderado pelo titular da delegacia, Orlando Zaccone, e pelo Ministério Público.

“Isso é uma clara tentativa de criminalizar a vítima, não tenho dúvidas”, afirmou o advogado, ao lembrar um momento da investigação do caso da engenheira Patrícia Amieiro, também desaparecida, em que surgiu uma testemunha dizendo que ela havia ido comprar drogas em uma favela. “Você fala que a pessoa tinha ligação com o tráfico como se assim pudesse justificar a morte.” (mais…)

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O que signica “Emergência” em Fukushima Daiichi

Situação março 2013 por Ken Buesseler
Situação março 2013 por Ken Buesseler

Em Fukushima Over Blog

O que significa a palavra “emergência” no Fukushima Daiichi? Esta palavra tem sido tão empregada por dois anos e meio que é difícil acreditar que uma situação de emergência, enquanto Fukushima preocupe muitas pessoas por um longo tempo. E, no entanto, esta palavra tem sido usada por alguém que é responsável pela segurança nuclear no Japão, de acordo com a agência Reuters , o chefe de um grupo de trabalho em Fukushima ARN – Autoridade Reguladora Nuclear Japão – anunciou segunda-feira que Fukushima estava em um estado de “emergência”. Shinji Kinjo no entanto, não é o tipo que se preocupa habitualmente: 15 Março de 2011, após a terceira explosão na usina de Fukushima Daiichi, o perito disse que o aumento da radioatividade não teria “efeitos imediatos para a saúde.  Para entender por que esse homem fora de seu tema, questionou severamente a operadora Tepco, devemos voltar para os eventos que começaram no mês passado. Este é o objetivo deste artigo que vai tentar tirar o status de água contaminada na usina de Fukushima Daiichi. (mais…)

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Feminismos e justiça social: as lutas das mulheres negras não cabem em uma única palavra

Ana Claudia Pereira, em Adital

No século XVIII, negras alforriadas nascidas na Costa da Mina formavam, em solo brasileiro, domicílios compostos basicamente por mulheres. As que conseguiam acumular alguns bens deixavam heranças para escravas, ex-escravas e filhas. Muitas delas registraram em seus testamentos histórias de solidariedade em momentos de dificuldade material e doença, como mostram estudos da historiadora Sheila de Castro Faria. A palavra “feminismo”, para elas, não existia.

Na cultura iorubá, “ialodê” é um título conferido a mulheres de reconhecido valor para a comunidade, funcionárias de Estado, representantes das mulheres em instâncias de poder e governo, além de ser atribuído às orixás Oxum e Nanã. Jurema Werneck analisou o destaque e a liderança conquistadas por sambistas como a cantora Alcione junto às brasileiras negras, associando-as às ialodês. Para ialodês e sambistas, “feminismo” não é uma referência central.

“Feminismo” consolidou-se como o termo mundialmente conhecido para falar da luta das mulheres pela emancipação a partir da mobilização de europeias e norte-americanas. Reivindicando melhores condições de vida, imaginavam um mundo melhor a partir de suas próprias experiências sociais: para as operárias, a prioridade era adquirir direitos, enfrentar a exploração capitalista, melhorar as condições de trabalho nas fábricas; para as mulheres de elite, o termo muitas vezes esteve associado à demanda de mulheres brancas e ricas pela participação no mundo de privilégios sociais de homens também brancos e ricos. “Feminismo” foi, desde sempre, um termo disputado por diferentes projetos de sociedade, alguns mais igualitários, outros menos. (mais…)

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MA – Após denúncia do quilombo Depósito, SEMA multa proprietária por desmatamento ilegal

Quilombola Manoel Natal, presidente da associação do quilombo Depósito,  incluído no Programa Nacional de Proteção a Defensores de Direitos Humanos desde 2012 (foto retirada da internet)
Quilombola Manoel Natal, presidente da associação do quilombo Depósito, incluído no Programa Nacional de Proteção a Defensores de Direitos Humanos desde 2012 (foto retirada da internet)

Por Igor Almeida, no Blog Outros Olhares

Em Ofício encaminhado à Ouvidoria Agrária Nacional, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais – SEMA informou que foi realizada, no dia 26 de março deste, vistoria na fazenda Depósito, no município de Brejo,  e constatou o desmatamento ilegal que avançou sobre Área de Preservação Permanente – APP, sem autorização do órgão ambiental competente.

Em fevereiro deste ano, a comunidade quilombola de Depósito (localizada no interior da Fazenda), a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e o Deputado Domingos Dutra denunciaram à Ouvidoria Agrária Nacional e aos Ministérios Público Estadual e Federal a ocorrência de crime ambiental no território quilombola, com o desmatamento de vegetação nas proximidades de igarapés que abastecem a comunidade, além de cerceamento do direito de servidão e ameaças contra os quilombolas. Relembre aqui .

Na época, as denúncias resultaram em uma força tarefa composta pelo INCRA, Delegacia Agrária e Equipe Técnica do Programa Federal de Proteção a Defensores de Direitos Humanos Ameaçados, que também constaram o desmatamento, além dos obstáculos ao direito de ir e vir impostos aos quilombolas. (mais…)

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Pública lança financiamento coletivo para ampliar microbolsas

frameA Pública – A nova versão do concurso de pautas da Pública vai financiar dez reportagens através de doações no Catarse; doadores vão eleger as matérias que serão realizadas

Hoje, dia 8 de agosto, a agência Pública lança seu primeiro projeto de crowdfunding, o Reportagem Pública, com o duplo objetivo de ampliar as bolsas concedidas aos repórteres e a participação do público, que vai poder votar nos projetos que serão selecionados para o financiamento. O prazo para contribuir com a “vaquinha” vai até o dia 20 de setembro. (mais…)

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Frente Indígena impetra Mandado de Segurança para abolir PEC 215 da Câmara

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Por Mara Paraguaçú, em Chico Terra

Integrantes da Frente Parlamentares de Apoio aos Povos Indígenas e Direitos Humanos vão ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (8) protocolar Mandado de Segurança para impedir a criação de comissão especial na Câmara para avaliar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 215/00). A PEC, defendida amplamente pela bancada ruralista, transfere para o Legislativo o poder de decidir sobre a homologação das terras indígenas.

Na ação judicial a Frente pede também para extinguir da deliberação da Câmara dos Deputados matéria que “leva em consideração não os interesses indígenas, mas os interesses dos Estados-Membros” e “interessados na exploração das terras indígenas”. (mais…)

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Científicos y ambientalistas indignados por este premio Nobel a Monsanto

El perverso modelo de las corporaciones del agronegocio sólo ha multiplicado el hambre, la miseria, y el dolor...
El perverso modelo de las corporaciones del agronegocio sólo ha multiplicado el hambre, la miseria, y el dolor…

¿Cómo puede ser que se conceda un galardón a una compañía que ha sido denunciada en el mundo entero, porque sus productos son considerados altamente dañinos para la salud? 

Sylvia Ubal – Kaos en la Red

Robert T. Fraley, vicepresidente ejecutivo de Monsanto, de la trasnacional conocida como la gigante de los transgénicos, fue galardonado con el prestigioso Premio Mundial de la Alimentación, por su mejora de la oferta mundial. ¿Cómo puede ser que se conceda un galardón a una compañía que ha sido denunciada en el mundo entero, porque sus productos son considerados altamente dañinos para la salud?

Vivimos en un mundo al revés, en el que se premia a las multinacionales de la agricultura transgénica, mientras acaban con la agricultura y la agrodiversidad. El día 19 de junio, se dieron a conocer los ganadores del Premio Mundial de la Alimentación 2013, lo que algunos llaman el Nobel de Agricultura, que se otorgó a tres ejecutivos de compañías de la industria transgénica, Robert T. Fraley, vicepresidente ejecutivo de Monsanto y director de tecnología, compartirá los 250 mil dólares del Premio Mundial de la Alimentación con los científicos Mary-Dell Chilton de Syngenta y el tercer galardonado ha sido Marc Van Montagu de la Universidad de Gante (Bélgica), autores de un método que permite insertar genes ajenos en las plantas y que promueven un modelo agrícola que genera hambre, pobreza y desigualdad.  (mais…)

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CNJ aponta 9 áreas prioritárias para resolver conflito fundiário em MS

Grupo foi formado por juízes, índios e fazendeiros. (Foto: João Garrigó)
Grupo foi formado por juízes, índios e fazendeiros. (Foto: João Garrigó)

Aline dos Santos – Campo Grande News

Das 53 áreas em disputa entre índios e fazendeiros, nove foram consideradas prioridades pelo relatório da Comissão sobre a Questão Indígena em Mato Grosso do Sul, realizado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Criado em junho de 2011 e reativado em abril deste ano, o grupo aponta como prioritárias as áreas Arroio Korá (Paranhos), ÑandeRuMarangatu (Antônio João), Panambi (Dourados e Itaporã), Potrero Guaçu (Paranhos), Taquara (Juti), Taunay Ipegue (Aquidauana), Tekoha Ypoi (Paranhos), Buriti (Sidrolândia) e Cachoeirinha (Miranda).

O ranking de prioridade foi criado levando em consideração quatro aspectos: nível de tensão do conflito, segurança, litigiosidade e interesse dos envolvidos. Para as soluções, os 15 mil hectares da terra Buriti, que engloba 12 fazendas, aparece em primeiro lugar. (mais…)

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