Índios lutam por saúde no Pará

Cimi Regional Norte II

Há 10 dias, indígenas das etnias Gavião, Surui, Xikrim, Asurini e Tembé interditam duas rodovias da região sudeste do estado, em protesto contra péssimo serviço de atendimento à saúde dos povos indígenas no Pará. As rodovias ocupadas foram a BR-15, que liga a localidade de São Domingos do Araguaia a São Geraldo do Araguaia, e a BR-222.

É a segunda manifestação de indígenas em menos de um mês. Os indígenas denunciam a precariedade do atual sistema de saúde no Pará. Especificamente, o oferecido pelo Distrito Sanitário Especial Indígena – Guamá-Tocantins e é coordenado atualmente por Daniela Cavalcante, a quem os índios exigem a exoneração.

No final do mês de Abril, os índios Tembé, Gavião e Xicrim ocuparam o DSEI e a CASAI em Belém como protesto e reivindicando mudança na atual coordenação. Os índios denunciam que, há um ano após o início da atual gestão, os procedimentos de saúde nas aldeias pioraram com a total e ou parcial paralisação da atenção à saúde indígena, como a interrupção da construção de postos, compra de veículos sucateados e sem condições de uso, falta de medicamentos básicos nos postos, perseguição política e assédio moral a servidores indígenas e não indígenas. Os indígenas denunciam que precisam pagar do próprio bolso as passagens para tratamentos na Capital (Belém), além dos medicamentos e exames. (mais…)

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Ruralista senadora Kátia Abreu pede ajuda à CNBB para “brancos produtores rurais” e acusa Cimi de “criar conflitos entre brancos e índios”

O (sem comentários) discurso da senadora ruralista, que também é presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), foi feito na tribuna do Senado. Como é bem curto – 52 segundos -, gasto um tempo transcrevendo-o, para que fique duplamente registrado. (Tania Pacheco)

“O Cimi, que representa PARTE da Igreja Católica… Eu quero dizer a MINHA Igreja Católica. Sou cristã e católica… Que os brancos produtores rurais na sua grande maioria são católicos… Eu peço ajuda à CNBB, ao presidente da CNBB, ao secretário-geral, que não deixem o Cimi criar esse conflito entre brancos e índios. Porque também nós somos cristãos, e queremos a proteção da Igreja, senhor presidente. Nós somos católicos na nossa grande maioria, e tem uma parte da Igreja que protege apenas os índios! E quem vai nos proteger? Será que até a Igreja vai nos virar as costas? Eu não acredito que isso possa acontecer. Eu não acredito que isso é o pensamento geral da Igreja. Da MINHA Igreja, que eu frequento e congrego…”.

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Nota da Aty Guasu Guarani-Kaiowá é para governo e justiça do Brasil

Prisão aos assassinosEsta Nota das lideranças Guarani-Kaiowá visa analisar os relatos e demandas dos fazendeiros/políticos do Estado de Mato Grosso do Sul divulgados na mídia. Além disso, é fazer uma breve análise sobre o pronunciamento da senadora Katia Abreu, apresentado no Congresso Nacional.

Nós lideranças Guarani-Kaiowá observamos que na última semana, no Estado de Mato Grosso do Sul, a maioria dos políticos/fazendeiros locais, estaduais e federais reafirma que os povos indígenas do Mato Grosso do Sul seriam invasores de terras, violentos temidos e não deveriam mais obter os seus direitos constitucionais. Portanto, as atuações enérgicas desses políticos/fazendeiros em Brasília-DF são e serão basicamente o de apagar os direitos indígenas, sobretudo para violentar e até exterminar/dizimar nos povos indígenas do Mato Grosso do Sul. Frente ao fato, queremos comunicar a todos (as) que esses discursos racistas, discriminantes e preconceituosos divulgados com frequência por meio da mídia geram mais ódios e violências contras as nossas vidas no Mato Grosso do Sul.  (mais…)

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Nota da ABA: Em defesa dos Direitos Territoriais do Povo Indígena Caxixó

Nota da ABA

Em 26 de março de 2013, foi publicado, no Diário Oficial da União, o resumo do Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação da Terra Indígena Caxixó, uma área de aproximadamente cinco mil hectares, situada às margens do rio Pará, municípios de Martinho Campos e Pompéu, Minas Gerais.

Desde então, o histórico contexto de opressão vivido pelos indígenas se intensificou. No dia 30 de abril, o povo Caxixó divulgou documento denúncia de ameaças feitas contra eles por fazendeiros da região. Em paralelo a isso, matérias publicadas na imprensa regional com depoimentos de fazendeiros e políticos têm fortalecido o ambiente hostil e tenso. (mais…)

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