RJ – Ex-moradores do João Goulart, em Manguinhos, compram casa em locais de risco

Novos locais de moradia dos indenizados podem ser destruídos para dar lugar às obras do PAC. Fotos: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil
Novos locais de moradia dos indenizados podem ser destruídos para dar lugar às obras do PAC. Fotos: Douglas Shineidr / Jornal do Brasil

Íris Marini, Jornal do Brasil

Antigos moradores do Parque João Goulart, na favela de Manguinhos, Zona Norte do Rio, que deixaram as suas casas e optaram por receber uma indenização da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop) estão usando o dinheiro recebido para construir ou comprar casas em ruas próximas. O problema da medida, segundo José Geraldo Ramalho, de 56 anos, morador que resiste à saída do parque, é que os novos locais de moradia dos indenizados podem ser destruídos para dar lugar ás obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A possível demolição das novas moradias de alguns é comentada pela vizinhança do local, que está apreensiva. A atual moradora da Rua Nova Cap, na Beira Rio, Cenira Reginalda da Silva, de 59 anos, morava antes no outro lado do bairro, na Rua Santa Helena, na Vila Turismo, ambas regiões da favela de Manguinhos. “Eu passei para o outro lado [de Manguinhos] porque o dinheiro que me deram só deu para comprar aqui. E agora estou ouvindo comentários de que aqui também será demolido. Nem quem me vendeu, nem autoridade alguma me alertou sobre isso. Espero que tenham a consciência de que, se derrubarem aqui também, vou precisar de uma nova indenização”, declara Cenira, que há cerca de três anos recebeu do Governo do Estado a indenização no valor de R$ 35 mil. (mais…)

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Livro apresenta 1.200 casos de camponeses mortos e desaparecidos na ditadura militar

Luciano Nascimento, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Cerca de 90 trabalhadores rurais sem terra acompanharam, nesta sexta-feira (24), o  lançamento do livro Camponeses Mortos e Desaparecidos: Excluídos da Justiça de Transição. A obra pretende auxiliar a Comissão Nacional da Verdade (CNV) no reconhecimento oficial de 1.196 casos de camponeses mortos e desaparecidos no campo em função das diversas formas de repressão política e social entre setembro de 1961 e outubro de 1988, período indicado pela Lei 9.140/1995 – a primeira a reconhecer que pessoas foram assassinadas pela ditadura militar (1964-1985).

Apesar do número expressivo (3,5 vezes acima do total de reconhecidos oficialmente como mortos por perseguição política), apenas 51 casos foram analisados pela Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) e, desses, 29 tiveram a causa da morte relacionada à questão política.

“É importante para os trabalhadores rurais, para os camponeses brasileiros recuperar essa história, porque muito dessa história ainda é atual e o estado tem a responsabilidade de apurar os crimes e, com a Comissão da Verdade, fazer com que isso seja colocado a limpo”, disse o coordenador do projeto Direito à Memória e à Verdade, Gilney Viana, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), que elaborou o estudo que resultou no livro em parceria com a Comissão Camponesa da Verdade.  (mais…)

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Quem tem medo dos editais para as iniciativas culturais afro-brasileiras?

Por Vilma Reis*

No contexto das forças políticas, os Movimentos Negros e de Mulheres Negras se organizam no país contra a reação conservadora que se levanta contra as diferentes formas de reparação, seja no mercado de trabalho, no acesso à educação ou no acesso a recursos, para que um grupo majoritário da sociedade brasileira, a população negra, possa apresentar suas narrativas para as gerações atuais e deixe seu legado, na dramaturgia, na dança, na música ou em outra forma de manifestação da cultura, para as gerações vindouras. Essa manifestação do conservadorismo quando não permite a equidade, através de ações afirmativas, impede a partilha dos bens e recursos produzidas por todo povo brasileiro, evidenciando que é o racismo que estrutura o Brasil, onde o medo branco da onda negra permanece como um fenômeno longevo.

O Ministério da Cultura, conhecido como MinC, uma instituição com apenas 28 anos de existência, tão jovem como o recente período que o Brasil vive de intervalos de regimes autoritários, até 2012 o MinC seguia como se não houvesse divergência e vontade por parte daqueles e daquelas que produz a cena cultural negra em sua diversidade, à demanda por acessar os recursos do Ministério. Fóruns, Conferências, Painéis locais e nacionais foram organizados, Cias, Coletivos, Grupos, Posses foram erguidas, sempre cumprindo uma missão secular de ofertar a cultura, não como produto da indústria mas como reflexão, alimento, transmissão, para nossas dores, respostas contundentes diante das tragédias, das alegrias e celebrações da memória.  (mais…)

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Bolivia: YPFB explotará petróleo y gas natural en las áreas protegidas

Radio Fides
Radio Fides

García dice que se gastará lo que sea necesario para evitar el daño al medio ambiente. La estatal hará una campaña de concientización al interior de los pueblos indígenas.

Carlos Corz y Miguel Lazcano, La Razón

El vicepresidente Álvaro García anunció, durante el III Congreso Internacional Gas & Petróleo que se realiza en la ciudad de Santa Cruz, que YPFB ingresará a parques nacionales para explorar y explotar recursos hidrocarburíferos, porque son áreas “altamente petroleras y gasíferas”. Esas tareas —complementó el segundo mandatario del país— estarán acompañadas por una política de mitigación de daños ambientales.

En su discurso, durante la inauguración del evento internacional, García destacó el crecimiento económico del país y las proyecciones para encaminar y consolidar la industrialización de los recursos naturales como el gas natural, el litio, la energía eléctrica y la agroindustria, en lo que consideró “un ciclo largo de expansión y crecimiento”. (mais…)

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RJ – Ato contra homofobia!

homofobiaNa noite de 18 de maio, o jornalista Fernando Soares sofreu uma agressão homofóbica na Sinuca do Bico, Lapa, altura do Bairro de Fátima, entre a Rua Riachuelo e a Rua do Resende. Ele foi espancado covardemente com socos e um na cabeça até cair no chão. Sem saber ao certo, testemunhas disseram que foram em torno de 5 homens que estavam provocando-o e um que fisicamente era o mais forte o teria espancado.

De acordo com o próprio Fernando, a provocação teria sido em torno de xingamentos preconceituosos, insinuando de forma pejorativa que ele seria homossexual que, apesar de não o ser, teria criticado o preconceito do grupo. Foi então espancado a ponto de ficar internado no Miguel Couto com lesão no cérebro devido a pancada na cabeça e com a mandíbula fraturada.

Sabemos que esse não é um ato isolado: os ataques são constantes, levando até a morte, não apenas na Lapa, mas em toda cidade do Rio de Janeiro, e não apenas no Rio, mas em todo país.
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Hungria destrói plantações com sementes transgênicas da Monsanto

milhotransgenicoNesta semana foram queimados cerca de 500 hectares das lavouras de milho

Opera Mundi

A Hungria decidiu eliminar todas as plantações feitas com sementes transgênicas da Monsanto. De acordo com o ministro do Desenvolvimento Rural, Lajos Bognar, foram queimados nesta semana cerca de 500 hectares das lavouras de milho – equivalente a cinco milhões de metros quadrados. A intenção é que o país não tenha nenhum fruto com origem de material geneticamente modificado.

Segundo informações do portal Real Pharmacy divulgadas nesta quinta-feira (23/05), as plantações de milho destruídas estavam espalhadas pelo território húngaro e haviam sido plantadas recentemente. Assim, o pólen venenoso do milho ainda não estava a ponto de ser dispersado no ar, não oferecendo, então, perigo à população.

Os húngaros são os primeiros a tomar uma posição contundente na União Europeia em relação ao uso de sementes transgênicas. Durante os últimos anos, o governo da Hungria vem destruindo diversas plantações oriundas dos materiais da Monsanto. O ministro Bognar afirma que os produtores do país são obrigados a certificarem que não usam sementes geneticamente modificadas. (mais…)

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Defensoria Pública questiona atitude do Iphan em obras no Maracanã

O recém-construído estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Foto: Governo do Rio de Janeiro CC BY 3.0
O recém-construído estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Foto: Governo do Rio de Janeiro CC BY 3.0

Terra

Por conta do processo de liberação da demolição do Parque Aquático Júlio Delamare e do Estádio de Atletismo Célio de Barros no complexo do Maracaña, a Defensoria Pública da União (DPU) pediu que o Ministério Público Federal (MPF) apure a “atuação nebulosa” do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Rio de Janeiro (Iphan-RJ) nesta sexta-feira, de acordo com o Estadão.

Em abril, o Iphan-RJ aprovou as demolições das duas praças esportivas e da escola municipal Friedenreich, alegando que “sob o ponto de vista do tombamento, não agregam valor ao bem tombado”.

A visão da DPU, porém, difere da do instituto. A Defensoria Pública da União citou um estudo de 1983, votado e aprovado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural no processo de tombamento do estádio, para argumentar que os locais, e não apenas o Maracaña, deveriam ser defendidos pelo Iphan-RJ.

“O Iphan ocultou informações importantes da Defensoria Pública e faltou com a verdade quando disse que o processo de tombamento do Maracanã não indicava que o Célio de Barros e o Júlio Delamare também fossem protegidos”, declarou o defensor público André Ordacgy.

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Obras escritas na língua indígena serão lançadas em Roraima

Dicionário Wapichana e gramática Macuxi foram escritos por estudiosos. Lançamento será neste sábado, na comunidade indígena da Malacacheta.

Do G1 RR

Quando se fala em língua de um povo, logo faz-se referência a uma parte da cultura e da história, portanto, foi pensando em revitalizar a língua indígena que o Instituto Insikiran da Universidade Federal de Roraima, por meio do programa de valorização línguas e cultura Macuxi e Wapixana, desenvolveu duas obras escritos nas línguas nativas.

Neste sábado (25), na comunidade indígena da Malacacheta, região Serra da Lua, no município do Cantá, será realizado o lançamento dos dois livros, o dicionário Wapichana / Português ‘Paradakary Urudnaa’ e uma gramática ‘Senuwapainîcon’.

Segundo o professor Silas Cavalcante, o livro passou por vários processos de pesquisa, devido a questão da importância da língua e as variações de comunidades existentes no estado. “Em conformidade da questão de fazer valer a língua Macuxi, por mais que esteja quase extinta. Mas a partir deste momento, eles estão trazendo novamente esta valorização da cultura Macuxi e Wapixana”, disse. (mais…)

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Ruralistas ameaçam ocupar com tratores rodovias nacionais, dia 14, para exigir paralisação de demarcações de terras indígenas e quilombolas

Terras divididas

Valor/UOL – Os ruralistas aderiram à estratégia dos índios [SIC]. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que reúne mais de 200 parlamentares, organiza uma paralisação nacional de rodovias por todo o país.

O objetivo é fechar as estradas no dia 14 de junho. O ato de protesto, segundo o deputado federal Alceu Moreira (PMDB/RS), cobra a paralisação imediata dos processos de demarcação de terras indígenas e quilombolas.

“Vamos discutir os detalhes dessa paralisação em reunião na próxima terça-feira, que vai parar as vias principais de transporte do país. Vamos acertar os horários”, diz Alceu Moreira (PMDB/RS), que é o autor do pedido da CPI da Funai e do Incra. (mais…)

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