“O Lobo, o Cordeiro e os Munduruku”. Ótima!

Ilustração de Milo Winter, retirada da internet
Ilustração de Milo Winter, retirada da internet.

Antônio Claret Fernandes*, em Combate Racismo Ambiental

Jean de La Fontaine conta, na sua fábula O Lobo e o Cordeiro, que o animal, embora decidido a comer sua apetitosa presa, precisava arranjar uma desculpa para não parecer injusto.

Achando-se os dois a sós à beira de um riacho, numa queda d’água, o Lobo faminto, um pouco acima, começa acusando o Cordeiro sedento de que ele estaria sujando a ‘sua’ água. O Cordeiro defende-se, afirmando que isso seria impossível, já que ele estava abaixo. A fera, para a qual o argumento era só uma formalidade, nem raciocina e segue suas acusações: ‘você falou mal de mim há pouco mais de um ano’.  Mas o Cordeiro defende-se de novo: ‘não pode ser, ainda não completei dez meses’.

O lobo, esfomeado e diante de carne tão tenra, vai soltando acusações a quatro ventos: ‘então foi algum seu parente, ou pastor, alguém de vocês me destratou’.

Por fim, com os olhos arregalados de apetite, salta sobre o Cordeiro, abocanhando-o com seus dentes afiados, e foi saboreá-lo sob a sombra da floresta, como se fora, ali, um palacete. (mais…)

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Brasil vai discutir com mais cinco países situação de imigrantes haitianos

AgenciaBrasil131112_MCA9941Renata Giraldi* – Agência Brasil

Brasília – A melhoria na situação de vida dos haitianos que tentam a sorte fora de seu país passa por uma série de ações conjuntas dos governos da América Latina, segundo especialistas. Com o objetivo de discutir medidas de cooperação está marcada para amanhã (15), a partir das 9h30, no Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, uma reunião com representantes do Brasil, do Haiti, da República Dominicana, do Peru, do Equador e da Bolívia.

O foco da reunião é a adoção de medidas que ampliem o controle nas áreas de fronteira e impeça a ação dos intermediários, os chamados coiotes – pessoas que cobram pela travessia de imigrantes. As autoridades querem intensificar as parcerias em dois eixos: barrar a ação dos coiotes e promover o intercâmbio de dados migratórios, de inteligência e de informações policiais.

A reunião, no Itamaraty, ocorre três semanas depois de o governo brasileiro promover uma força-tarefa no Acre. O diretor do Departamento de Imigração e Assuntos Jurídicos do Ministério das Relações Exteriores, o diplomata Rodrigo do Amaral Souza, disse à Agência Brasil que a proposta é aumentar os esforços para melhorar a situação dos haitianos. (mais…)

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A quem interessa, neste momento, brigar pela Presidência da Funai?

Foto - Mário Vilela (Funai)

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

Desde a manhã de ontem, pelo menos um saite ostensivamente ruralista (soube de outro hoje, mas confesso que não quis checar) noticia a nomeação de Marcos Terena para a Presidência da Funai, em notícia grande, com dados sobre sua vida etc e tal. Trata-se do mesmo saite, aliás, que passou uma semana informando da demissão da atual presidente, Marta do Amaral Azevedo, baseada num comentário da Folha de São Paulo.

Paralelamente, na noite de ontem foi lançada uma Petição na Avaaz com o título “POR UMA PRESIDÊNCIA INDÍGENA DA FUNAI”. Neste segundo caso, conheço o bastante algumas das pessoas envolvidas para saber que não se trata de mais uma jogada ruralista. Não entanto, não assinei. E não o fiz conscientemente, pois não tenho em absoluto claro que essa seja a melhor solução. (mais…)

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Pesquisa reforça desconfiança de que novas barragens chegarão ao Xingu

O estudo da equipe liderada por Britaldo Soares-Filho, da Universidade Federal de Minas Gerais, na revista da Academia Nacional de Ciência dos EUA, acrescenta um grão de dúvida sobre o ponto nevrálgico da usina de Belo Monte: sua eficiência

Marcelo Leite – Folha de S. Paulo

A perda adicional de energia prevista no trabalho torna mais plausível a ideia de construir outras barragens no Xingu, de modo a aproveitar melhor seu potencial. Para isso, seria preciso revogar decisão de 2008 do Conselho Nacional de Política Energética de que Belo Monte seria a única usina no rio.

No cerne da questão está a sazonalidade do Xingu. Da estação chuvosa para a seca, a vazão da bacia cai 90%, de 20,8 mil m3 para 1.280 m3.

Sem um reservatório de grande porte – são 500 km² – para armazenar água e manter a geração de eletricidade na estiagem, Belo Monte só garantiria, na média, 40% da energia registrada como capacidade instalada, 11.233 megawatts (MW). Pelo projeto anterior, um colar de barragens alagaria 18 mil km² para gerar cerca de 20 mil MW. (mais…)

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ONU: El lunes 20 se inicia XII sesión del Foro Permanente para las Cuestiones Indígenas

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Servindi, 14 de mayo, 2013.- Del 20 al 31 de mayo se celebrará el Duodécimo Periodo de Sesiones del Foro Permanente para las Cuestiones Indígenas de las Naciones Unidas, en sus sede de Nueva York. Por tratarse de un año de revisión, se tratará con especial énfasis la ejecución de las recomendaciones del Foro Permanente con relación a salud, educación y cultura. (mais…)

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MPF/AC: Incra é condenado a promover regularização ambiental de assentamentos

Novos assentamentos estão proibidos até a conclusão da regularização; assentados deverão receber assistência técnica em 60 dias 

Ministério Público Federal (MPF/AC)

A Justiça Federal atendeu parcialmente os pedidos do Ministério Público Federal no Acre (MPF/AC) em ação civil pública que responsabiliza o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) pelo desmatamento irregular promovido em projetos de assentamento (PA) da reforma agrária promovidos pelo órgão.

O MPF/AC alegou que o Incra é omisso quanto à questão ambiental nas terras da reforma agrária, entregando os lotes sem demarcação da reserva legal, sem identificação das áreas de proteção permanente, sem o devido licenciamento ambiental e sem prestar a mínima assistência técnica aos assentados, o que acaba gerando incremento na taxa de desmatamento e a consequente responsabilização criminal dos assentados. (mais…)

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Senado aprova plantio de cana-de-açúcar em áreas de Cerrado e da Amazônia Legal

Marcos Chagas* – Agência Brasil

Brasília – A Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou hoje (14) o projeto de lei que autoriza o plantio de cana-de-açúcar em áreas alteradas de Cerrado e da Amazônia Legal. O cultivo, pelo projeto, terá que respeitar os dispositivos previstos no Código Florestal aprovado em 2012 pelo Congresso.

Como tramitou em caráter terminativo, o projeto de lei segue para apreciação na Câmara. O relator Acir Gurgacz (PDT-RO) destacou que os plantios só poderão ocorrer em 20% de áreas, autorizados pelo Código Florestal.

Segundo o senador Gurgacz, existem no país 64 milhões de hectares em todo o território nacional prontos para o plantio de cana-de-açúcar, ocupados atualmente pela pecuária de baixa produtividade.

*Edição: Talita Cavalcante

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